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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008


sábado, 20 de dezembro de 2008

Feliz Natal e Muito $uce$$o em 2009

Olá amigos leitores do Blog do Prof º Carlos Pérez,
Muito obrigado pelos acessos, pelos comentários e pela participação em todos os fórum que realizamos durante todo esse ano. Espero contar sempre com todos vocês. Feliz Natal e muito $ucesso em 2009.

Carlos Pérez

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Risco dos emergentes aumenta

Muita cautela e atenção senhores administradores públicos e empresários, para a economia em 2009. A agência de classificação de risco Fitch, que graduou o Brasil como “investment grade” em março, afirma que o risco dos países emergentes aumentou drasticamente desde o começo da crise e continua a se deteriorar. As nações em desenvolvimento têm sido excessivamente penalizadas pela queda no fluxo de investimentos e financiamentos dos bancos internacionais, além da redução no preço das exportações, que afeta principalmente os produtores de commodities. No caso do RN, a redução dos royalties do petróleo já é um péssimo sinal.

Concorrência

Inaugurada terça-feira, no Natal Shopping, a primeira HP Store do Nordeste. Hoje serão inauguradas as lojas de Recife, Fortaleza e Salvador. A iniciativa faz parte da estratégia de expansão de negócios da empresa no país, baseada na abertura de HP Stores em parceria com revendas (Work Informática), além da ampliação das “Store in Stores” no canal de varejo. O projeto prevê a abertura de 50 lojas em parceria com as revendas ao longo de 2009.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Marca do Banco Real será substituída pela do Santander

O que o mercado especulava desde que o Santander adquiriu a operação do Banco Real no Brasil, no ano passado, já está acontecendo. A marca do Real será mesmo substituída pela do Santander. Não haverá uma ruptura, entretanto. Na prática, os dois bancos mantêm suas marcas até 2010, quando está marcado o início da troca de bandeira.
Até lá, um grupo coordenado pelo Diretor de Marketing Fernando Byington Egydio Martins trabalha em diversos estudos e ações para transferir todos os atributos da marca do Real para o Santander. Os serviços e agências dos bancos já estão sendo integrados. A sustentabilidade, marca registrada do Real, já está servindo de referência até para projetos na Espanha, sede mundial do Santander.
Este é um caso raro de uma empresa comprada que está levando a sua cultura para a compradora. Fernando Martins, então Diretor Executivo de Estratégia da Marca e Comunicação Corporativa do Banco Real, foi promovido ao comando da nova diretoria no Santander que incorpora também a Ouvidoria.
Em entrevista exclusiva ao Mundo do Marketing, Fernando Martins explica como está sendo a integração e a mudança que haverá com as marcas. Ele comenta ainda sobre o processo que levará a morte da marca do Banco Real, que, segundo a consultoria Top Brands, tem o maior número de defensores, aqueles clientes que além de consumir recomendam e defendem a marca.
Desde a compra do Real pelo Santander, o mercado vem se perguntando como ficarão as marcas dos dois bancos no Brasil. Você tem uma resposta?As duas marcas vão coexistir enquanto integramos os produtos, os serviços e as equipes, num prazo mínimo de dois anos. Queremos transferir para a nova marca, que será a do Santander, o melhor dos dois mundos. Acreditamos que seja possível transferir os atributos da marca do Real para o Santander. Isso já vem sendo feito através de um alinhamento de visão. Vamos fazer esta mudança com calma, de forma paulatina, para trazer benefício para os clientes e funcionários dos dois bancos.
Não vai haver uma ruptura de marca?Não. Vamos fazer uma evolução do que é o Santander hoje incorporando o que de bom tem no Real. Na prática as agências e produtos do Real serão substituídos por essa integração e levarão a marca Santander. Devemos começar este movimento no segundo semestre de 2010, mas ainda estamos definindo.
A marca do Real é muito forte no Brasil. Como vocês vêem a morte desta marca?Na realidade não é a morte de uma marca, mas de um nome. Haverá a transferência de valores, práticas e do jeito de fazer negócio para o Santander. Não é uma ruptura. É uma evolução, uma integração. O fato do Fábio (Barbosa, Presidente do Grupo Santander no Brasil) estar conduzindo esta operação garante que mantenhamos o foco no cliente. Não vejo conflito nenhum. Não há fantasmas e fantasias. Este processo será muito bom e não tenho dúvidas de que vamos conseguir posicionar a marca Santander unindo o melhor das duas.
O Santander tem sua marca ligada fortemente com o esporte, enquanto o Real é lembrando pelo foco na sustentabilidade. Esses dois mundos também serão integrados?Com tempo vamos construir este posicionamento. O Santander tem como slogan “O valor das idéias”, e o Real, “O banco da sua vida”. Acreditamos que as idéias são boas quando são executadas em benefício da vida das pessoas. Então, achamos perfeitamente harmônico a integração destes dois conceitos.
Há algumas linhas mestras. O Santander patrocina o GP de Fórmula 1 e o Real patrocina as transmissões da F-1 na Globo. Nossa intenção é veicular anúncios dos dois bancos nas mídias que estamos comprando. Tudo está sendo feito de forma estudada. O Santander tem um instituto cultural em Porto Alegre que é muito ativo e o Real tem um em Recife também muito ativo. Como juntamos isso e criar um caminho em que as duas marcas vão se alinhar, é o desafio.
O Santander enfatiza muito a questão de inovação e o Real o do relacionamento. Relacionamento a partir da visão de mundo de desenvolvimento sustentável. Já fizemos dois workshops sobre práticas sustentáveis com clientes institucionais dos dois bancos e foi um sucesso. As pessoas começam a perceber que é possível unir duas culturas que pareciam ser muito distintas, mas que não são antagônicas. São complementares. O Real era patrocinador do Museu do Futebol e passamos para a marca do Santander porque ele patrocina a Copa Santander Libertadores de Futebol.
Como está sendo feito este trabalho de integração além de workshops? Que tipos de estudos vocês estão desenvolvendo?Há muitas ações. Tem um escritório de integração que coordena toda a parte operacional, onde temos uma frente de comunicação que está verificando quais são as complementações entre as agendas, desde a área de RH até a de Negócios. Já estamos integrando as políticas de RH com benefícios para os dois lados da organização. Estamos fazendo a interoperabilidade, que é o uso dos caixas automáticos de forma integrada, entre outras frentes. Tudo está sendo feito através de grupos multidisciplinares. Continuamos tocando a vida, fazendo a comunicação dos dois bancos e com campanhas novas para cada um deles, mas identificando o caminho para a convergência.
Como está sendo administrar as diferenças culturais entre as duas empresas?Está sendo surpreendentemente bom. A afinidade entre as equipes, em todas as áreas, está sendo muito boa. O processo está correndo de forma muito transparente. Há um interesse comum.
O Santander e o Real têm clientes com perfis diferentes. Como está sendo unir dois tipos de clientes? Somos todos seres humanos e muito parecidos. Os produtos têm nuances diferentes, mas começamos a conversar e a ver práticas como esta da sustentabilidade, que já começam a fazer parte dos dois perfis. Aos poucos estamos unidos as características das duas marcas. Evidentemente, dá muito trabalho porque ele duplica do dia para a noite.
O mercado brasileiro vive um momento de forte consolidação. Como o Santander vai se diferenciar?Pela nossa proposta de valor, começando pelos produtos, serviços e pela rede disponível em todo o Brasil. Temos uma rede muito forte não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. Estou muito otimista que conseguiremos ter um banco mais enxuto, com melhores serviços e maior eficiência. O mercado está se movimentando e cada um vai enfrentar estes desafios para atender cada vez melhor o cliente. Estamos confiantes porque largamos na frente.
Como vocês estão planejando o ano de 2009 diante desta crise?Estamos enxergando esta crise como oportunidade. Evidente que estamos atentos e que o Brasil e o Santander não estão totalmente imunes, mas estamos numa posição privilegiada. O banco tem tido um desempenho ótimo, um dos três melhores resultados no mundo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Vai viajar com o seu notebook? Então tome cuidado


Cada vez mais as estatísticas são exageradamente ruins para notebooks de turistas e viajante. Segundo o Gartner Group, um portátil é roubado a cada 53 segundos. Quase inacreditável!! Então, quais os cuidados que você deve ter?
Vamos começar pelo backup. Muitas vezes os dados armazenados no notebook valem muito mais do que o próprio hardware. Assim o backup deveria ser uma rotina. Se este não é o seu caso pelo menos faça uma cópia completa dos dados armazenados no micro antes de sair de viagem. Você pode utilizar um HD externo ou discos de DVD. É claro que você deve deixar as cópias de segurança em casa antes de viajar.
Não se esqueça de que os dados que estão armazenados no notebook também são um risco para sua segurança. Para a proteção destas informações, caso o notebook seja roubado você pode utilizar ferramentas de proteção e criptografia como o Cryptainer (http://www.cypherix.com).
Muito cuidado com Aeroportos. Eles rapidamente se tornaram uma espécie de "buraco negro" para estes equipamentos, principalmente para os apressados para pegar o próximo vôo. Imagine as longas filas para embarque com turistas apressados para não perderem seus vôos. Cenário perfeito para o desaparecimento dos pequenos computadores.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Casas Bahia abre sua primeira loja em favela


A Casas Bahia, a maior rede varejista de móveis e eletrodomésticos no País, inaugura amanhã a sua primeira loja dentro de uma favela. A comunidade escolhida foi a de Paraisópolis, que fica na zona sul de São Paulo e é a segunda maior favela da cidade e a quinta do País. Da compra do terreno para a construção de uma loja de dois pavimentos, com mais de 2 mil metros quadrados, até o abastecimento do ponto-de-venda com mercadorias, os investimentos superaram R$ 2 milhões. A expectativa é de que a loja fature entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão por mês a partir de janeiro. Foi o potencial de mercado que levou a rede a fincar bandeira em Paraisópolis. A favela tem uma população de 80 mil pessoas e 20 mil domicílios, a maioria das camadas de menor poder aquisitivo, com renda média mensal na faixa de R$ 600 por mês, segundo o presidente da União dos Moradores e Comerciantes de Paraisópolis, Gilson Rodrigues. O potencial de consumo de Paraisópolis equivale, para a Casas Bahia, a uma cidade de médio porte, com a vantagem de não ter grandes concorrentes instalados no local. "Aqui não tem crise", diz Rodrigues. Segundo ele, cerca de dez caminhões das Casas Bahia circulam diariamente pela favela para entregar as mercadorias compradas pelo moradores. Além das Casas Bahia, ele conta que as Lojas Marabraz e o McDonald's o procuraram com a intenção de abrir pontos-de-venda na região. O Bradesco, que já tem uma agência na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, informa que estuda abrir uma unidade própria em Paraisópolis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Consumidores compram menos, mas se esforçam para manter status

Por Guilherme Neto
guilherme@mundodomarketing.com.br
A crise mundial pode estar reforçando a atitude do consumidor em países desenvolvidos em preterir algumas categorias às quais não ignoravam em favorecimento de outras. É o chamado “trading up” e “trading down”, conduta que a The Boston Consulting Group (BCG), consultoria em estratégia e gestão empresarial, analisa regularmente há alguns anos em 14 países, quatro deles emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China.
O “trading up” consiste na tendência do comprador por pagar preços mais elevados por produtos com maior valor agregado. Esse tipo de compra movimentou nos Estados Unidos, em 2006, US$ 735 bilhões - ou 21% do consumo total naquele ano. Por outro lado, o “trading down” é a prática de pechinchar em outros segmentos de bens e serviços para compensar o gasto maior em outros, sendo responsável por US$ 1,2 trilhão em compras dos americanos – 51%.
Esses dados levaram as companhias com produtos fora dessa tendência, ou seja, sem produtos com valor agregado ou preço atraente, a se espremerem em um buraco negro cada vez mais estreito: se em 2004 respondiam por 51% do consumo nos Estados Unidos, o número baixou para 46% em 2006.
Comportamento é reflexo de conjuntura sócio econômicaPara entender melhor esse comportamento e servir como referência às marcas, a BCG entrevistou 21 mil consumidores sobre 117 categorias de produtos e traçou o seu comportamento em relação a gastos diários e relação com a natureza, moradia e energia.
O levantamento reforçou a consolidação dessa tendência, que seria guiada de acordo com a conjuntura sócio-econômica global, incluindo aumento da qualidade de vida e educação, a influência da mulher no trabalho e o crescimento do varejo focado em preço baixo.
As categorias escolhidas para o “trading up” são aquelas que agregam maior valor emocional e que os caracterizem dentro da sociedade, expressando seu estilo pessoal. Para isso, são preferidos produtos que continuamente agreguem inovação e alta diferenciação, com a maior parte dos entrevistados escolhendo uma ou duas categorias para essa prática, de forma a transparecer ostentação.
Pesquisa ordenou conceitos de valor dos consumidoresPara compensar o luxo, os consumidores gastam menos em outras categorias não apenas por uma questão de economia, mas também de consciência, já que se vêem gastando sabiamente e sem exageros. As categorias escolhidas pelos consumidores nessa tendência diferem de região para região. Na China, Japão e Russia, fast-foods e lanches então entre os mais citados, enquanto que nos Estados Unidos e Europa, além da própria nação nipônica, são bastante citados serviços postais e de telefonia celular.
O estudo separou os atributos de um produto em ordem de agregação de valor. O menos valorizado, curiosamente, é o preço, seguido de conveniência, embalagem, qualidade, design, entre outros quesitos inerentes ao produto em si. Em seguida vêm a segurança reforçada pela marca do produto, sua consistência e serviços de pós-venda. Já os conceitos mais valorizados são os intangíveis, como sensação de status e influência, seguidos do valor integrado do ponto-de-venda e ações de Marketing no momento da compra.
Crise reforçará o “trading down”Os países emergentes diferem dos países desenvolvidos quanto à propensão de gastos. Enquanto que europeus, japoneses e americanos estão privilegiando compras de “trading down”, os chineses, indianos e russos estão privilegiando compras de “trading up”. O Brasil, por sua vez, se destaca na primeira tendência, o que pode ser explicado, segundo a Boston Consulting Group, por uma preocupação dos brasileiros em relação à economia instável do país, além da preferência por comprar em promoção.
Com a crise, os consumidores se dizem preocupados com a redução do poder de compra, como afirmam mais de 60% dos entrevistados na Europa e no Japão e 44% na Rússia, por causa do aumento no preço dos alimentos e dos combustíveis. Levando isso em conta, a BCG acredita que a prática do “trading down” seja ainda mais reforçada, já que os consumidores vão precisar comprar menos, ao mesmo tempo em que não querem perder status na sociedade.

Decoração de natal

A Prefeitura entrega hoje a iluminação natalina e acende a maior árvore de Natal do Brasil. O prefeito Carlos Eduardo vai inaugurar a iluminação natalina na Praça da Árvore, no bairro de Mirassol, às 18 horas, quando será acesa a grande árvore, de altura de 130 metros. A Prefeitura investiu R$ 3 milhões na iluminação natalina da capital.

Mais demissões

A Embraer prepara-se para demitir 4 mil funcionários, Na mineração e na siderurgia, as dispensas já atingem 25 mil. Com a menor demanda no mundo, as empresas exportadoras vão sofrer mais com o aprofundamento da crise.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Novos hábitos de consumo na China


Por Priscila Gambale
redacao@mundodomarketing.com.br
Para atender aos desejos e necessidades dos consumidores chineses, as empresas precisam estar sempre desenvolvendo estratégias de Marketing para atrair a população que está cada vez mais exigente. Os chineses estão aderindo novos hábitos de consumo, a preocupação com o meio ambiente está crescendo, e o cuidado com a saúde e bem-estar são as novas tendências entre os consumidores.
Com 1,3 bilhão de pessoas e crescimento superior a 10% nos últimos cinco anos, a China representa um enorme potencial de consumo. É baseado nesse crescimento que inúmeras empresas estão criando ações para alavancar as vendas. Na China de hoje, os consumidores demandam mais que atributos funcionais. A importância do design cresce em todas as categorias de produto e se torna um fator-chave de diferenciação das marcas.
A preocupação com a saúde e bem-estar, por exemplo, aumenta a cada dia e abre um leque de oportunidades para as empresas. Uma pesquisa realizada pela TNS apontou que os chineses são atentos às questões saudáveis. Cerca de 80% da população considera que ser saudável é a principal característica avaliada na compra de alimentos. Quase 60% declararam ter a intenção de pagar mais por comidas saudáveis.
Destaques das novas tendências de consumo chinêsOutro segmento que vem ganhando espaço no mercado é a demanda por produtos de luxo. Os chineses desejam se destacar da massa através da compra de produtos e serviços exclusivos e requintados. De acordo o estudo The China Source Book, a China será responsável por 25% do mercado de luxo em 2016. Atualmente, este mercado representa 12% do consumo de luxo Global. Segundo o assessor da presidência da Câmara de Comércio e Desenvolvimento Brasil-China, Ulisses Vega, com o amadurecimento do mercado de luxo, não há mais um grupo homogêneo de consumidores naquele país. Para aumentar a demanda pelos artigos de luxo, as empresas precisam atender as diferentes necessidades dos consumidores. “As empresas estão aumentando os pontos-de-venda e ampliando o portfólio de produtos”, diz Vega em entrevista ao Mundo do Marketing.
Os hipermercados também estão criando uma nova cultura de compras na China. Com lojas que ultrapassam 4 mil m2 e com uma infinidade de produtos, fazer compras está se transformando em passeio para os chineses da classe média. Além de estratégias tradicionais como localização e preço baixo, os hipermercados adoraram o “Total shopping experience”, que incorpora ao espaço restaurantes, cinemas, lojas de departamentos e cafés.

RF libera consulta ao último lote do IR; veja se caiu na malha fina

A Receita Federal liberou a consulta ao sétimo e último lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2008 (ano-base 2007). O dinheiro estará disponível na conta dos contribuintes na outra segunda-feira, dia 15. Se não foi incluído em nenhum dos sete lotes, o contribuinte caiu na malha fina.A consulta pode ser feita pelo site da Receita Federal ou pelo número 146, bastando informar o número do CPF.
Saiba o que fazer se caiu na malha fina De acordo com a Receita Federal, 451.062 pessoas estão incluídas nesta fase.

Norte Shopping

O Norte Shopping deverá vender entre 30% a 40% a mais neste Natal. A expectativa é do diretor do estabelecimento Antônio Barandas. “Estamos atualmente com muito mais lojas do que no Natal de 2007, por isso temos uma expectativa tão otimista”, explica Barandas. O shopping foi inaugurado com cerca de 30 lojas e hoje conta com 75. Este ano o shopping também ganhou uma decoração natalina de alto nível, feita por uma empresa de São Paulo.

Novidades no varejo

A Leader – loja de Departamentos abre amanhã, às 9h, a nova filial do grupo em Natal, no local onde funcionou o cinema Nordeste, no Centro. A loja possui 4 mil metros quadrados e vai gerar 100 empregos. Entre os atrativos para conquistar os clientes está a promoção de 10% de desconto em qualquer peça para os clientes que comprarem com os cartões Leader e Leader Visa. O grupo tem 43 lojas no país incluindo a de Natal. No Nordeste tem lojas apenas em Maceió, Aracaju e Recife. A loja já abre com a campanha “Já É Natal na Leader”.

MOTIVE A SUA EQUIPE


O arco-íris não é, apenas está. Assim como ele, podemos desenvolver estados específicos que nos ajudam a superar desafios. Um desses estados é a flexibilidade.
O Coala é um bicho charmoso e especializado em comer folhas de uma variedade muito particular de eucalipto. É seu único alimento.
Suas garras são perfeitas para subir nesse tipo de árvore, em nenhuma outra.
Sua cara encantadora e aparência que inspira carinho revelam uma singular vulnerabilidade. O Coala especialista só sobe naquela árvore e só come aquela folha.
Imagine o que aconteceria com ele se esse tipo de eucalipto fosse destruído por alguma catástrofe…
Não seja um coala. Seja flexível e adaptável.
A qualquer momento a estrutura à qual você está acostumado pode ser substituída por outra, nova e diferente, que exigirá adaptação.
Desvie-se das lanças da turbulência e atue em várias áreas ao mesmo tempo. Aprender a adaptar-se é encontrar novas trilhas e novas formas de atuar, mantendo o foco no propósito.
É perfeitamente possível ajustar suas estratégias e atitudes sem, necessariamente, perder seus valores. Cultive a flexibilidade e a imaginação para fazer isso, mesmo num momento de crise, mesmo que duvide de si próprio.
(Eduardo Carmello – Supere! A arte de lidar com as adversidades – Ed. Gente)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vale demite 1.300 empregados para se adequar à crise

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Vale informou nesta quarta-feira que vai demitir 1.300 empregados no mundo inteiro devido à retração da demanda mundial, que vem reduzindo o volume de vendas da companhia.
Desse total, 20 por cento trabalham no Estado de Minas Gerais, onde ficam algumas das minas da companhia.
Segundo a área de comunicação da mineradora, 5,5 mil empregados serão colocados em férias coletivas até fevereiro em sistema de rodízio, 80 por cento deles pertencentes ao quadro de trabalhadores de Minas Gerais. Mais 1.200 empregados serão realocados em outras funções depois de treinados.
A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, possui 62 mil empregados e está presente em todos os continentes. Em outubro a empresa anunciou uma redução de 10 por cento na produção de minério de ferro, devido à queda na demanda global pela commodity, matéria-prima do aço.
"Não vai haver demissão indiscriminada. É um esforço na tentativa de se adequar às reduções de encomendas de siderúrgicas", disse uma assessora da Vale.
Um executivo da empresa disse nesta quarta-feira, em Paris, que não espera alta de preços para o minério de ferro em 2009 por conta da desaceleração econômica global.
"Nós temos uma crise de crédito, contração na economia, grandes processos de redução de estoques de matérias-primas em andamento e a demanda está realmente fraca", afirmou mais cedo Fidel Blanco, diretor administrativo de vendas de minério de ferro da Vale durante conferência em Paris.
Nas últimas semanas, várias siderúrgicas anunciaram corte de produção de aço e acordos com mineradoras, entre elas a Vale, para redução de embarques de minério.
A ArcelorMittal, principal cliente da mineradora brasileira, anunciou semana passada a demissão de 9 mil empregados em resposta à crise.
Em 2008, a Vale obteve aumento entre 65 e 71 por cento para o minério, abaixo das rivais BHP e Rio Tinto, e pretendia conseguir recuperar a diferença ainda este ano, iniciativa que foi frustrada pelo agravamento da crise no segundo semestre.
As ações da companhia operavam em queda de 0,5 por cento por volta das 14h35, enquanto o Ibovespa operava estável.
(Por Denise Luna; Edição de Marcelo Teixeira)

sábado, 29 de novembro de 2008

Rossi, PDG e Klabin Segall sofreram menos com a crise, diz Santander

No geral, vendas do setor de construção tiveram queda representativa com a escassez do crédito

Portal EXAME Rossi, PDG Realty e Klabin Segall são as empresas do setor imobiliário que sofreram menos com a crise financeira mundial, segundo a corretora do Santander. O segmento foi fortemente atingido pela escassez de crédito e a pela queda da confiança dos consumidores diante de uma "contaminação" da economia nacional. "Acreditamos que os melhores desempenhos, combinando maiores vendas e menor consumo de caixa, (...) foram apresentados pela Rossi, Klabin Segall e PDG", dizem os analistas da corretora.
Considerando apenas os lançamentos, apenas seis empresas do setor não anunciaram que vão adiar novos projetos. A MRV e a Rodobens já cumpriram cerca de 80% de suas previsões de lançamentos para o ano e estão mais próximas de atingir as metas. Em relação às vendas, Rossi, PDG e Abyara se destacaram nos nove primeiros meses deste ano, enquanto a Company/Brascan e a Inpar apresentaram os piores resultados. Já no quesito redução de caixa, os piores desempenhos foram da Inpar e Abyara, ainda segundo o Santander.O Santander que o terceiro semestre deste ano marcou "um ponto de inflexão no setor" devido à crise. Tal cenário caracteriza-se, segundo a análise, pela cautela dos clientes e maior seleção das empresas ao tentar atrair novos compradores, sobretudo para lançamentos de alto padrão. O Portal Exame informou nesta semana que as construtoras e imobiliárias lançam nesse fim de ano mão de inúmeras promoções para aumentar a clientela diante da escassez de crédito no Brasil. As estratégias são as mais variadas: de desconto em prestações, isenção de impostos, cobertura da taxa de escritura até presentes como móveis novos para o apartamento e um carro 0 km na aquisição de um imóvel. O Santander também afirma que houve uma série de cortes nos lançamentos do setor, iniciados no segundo trimestre do ano e intensificados nos três meses seguintes. Para este ano, a expectativa das construtoras com ações na Bovespa é de lançar 32 bilhões de reais, uma redução de 22% em relação ao que se previa de lançamentos para 2008 há alguns meses. Já o ritmo de vendas atingiu 22% no terceiro trimestre, "o que ainda é um saudável nível, embora sete pontos percentuais abaixo do que no segundo trimestre (29%)". Para o futuro, o banco diz acreditar que vendas e lançamentos imobiliários tendem a "se abrandar" diante de consumidores mais cautelosos. Porém, seus analistas afirmam esperar um melhor desempenho em segmentos "mais acessíveis", ou seja, "com preço unitário menor do que 350 mil reais".

Regras do call center

A partir da próxima segunda-feira todas as empresas que oferecem Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) via telefone no País terão que atuar dentro das novas regras da Lei do Call Center. A nova lei determina que o cliente, ao ligar para o serviço, deve ser atendido em no máximo dois minutos; que apenas um atendente poderá pedir a confirmação dos documentos pessoais; que não será permitido comercial ou música durante a espera e, ao desejar fazer qualquer tipo de cancelamento, o cliente terá o pedido imediatamente aceito. Outros aspectos importantes são que o tempo estabelecido para o atendimento a solicitações de serviços passa a ser de cinco dias úteis e que a ligação feita para o SAC deve ser gratuita. As empresas mais afetadas serão aquelas que prestam serviços por telefone, com a finalidade de resolver demandas dos consumidores sobre informação, dúvidas, reclamações suspensão ou cancelamento de contratos e serviços, como operadoras de telefonia, internet, TV a cabo, bancos, cartões de crédito, concessionárias de energia elétrica e água, seguros e aviação.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Empresa vai construir centro empresarial de R$ 500 mi ao lado de Viracopos

Empreendimento será construído pela Bracor, que tem como sócios o bilionário Sam Zell, o Morgan Stanley e a família real de Abu Dhabi

Portal EXAME
A Bracor, líder em terceirização imobiliária no Brasil, anunciou nesta terça-feira investimentos de 500 milhões de reais em um centro empresarial que será instalado em um terreno de 1 milhão de metros quadrados ao lado do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Localizado na rodovia Santos Dumont, a menos de um quilômetro do acesso para a rodovia dos Bandeirantes, será o maior empreendimento da Bracor desde sua inauguração em 2006. No local, a companhia prevê construir galpões, centros de distribuição, prédios de escritórios e um complexo hoteleiro. "A maior parte das construções deverá ser no modelo “build-to-suit”, onde o imóvel é feito sob medida para a empresa que irá alugá-lo." A Bracor pretende reunir nessa área aproximadamente 20 empresas e o local tem capacidade para empregar em torno de cinco mil pessoas. Além do Brapark Viracopos, a empresa está com outros projetos de centros empresariais em desenvolvimento na rodovia dos Imigrantes, em São Bernardo do Campo (SP), Manaus (AM) e Irajá (RJ). A Bracor foi criada em 2006 por meio de uma sociedade entre a Equity International - empresa de private equity focada no mercado imobiliário internacional pertencente ao bilionário americano Sam Zell - e o empresário brasileiro Carlos Betancourt. No começo deste ano, a empresa anunciou a entrada de quatro novos investidores internacionais: o Morgan Stanley Real Estate, a holding da seguradora norte-americana W.R. Berkley Corporation, a holding administrada pelo The Olayan Group, e o Royal Group (conglomerado controlado pela família real do Emirado de Abu Dhabi). Além de ser a líder na terceirização no Brasil, a companhia também atua na construção de imóveis sob encomenda, na aquisição de imóveis já existentes e no desenvolvimento de condomínios logísticos e industriais (os Braparks).

Erro em anúncio causa confusão nas Casas Bahia

Um erro num anúncio das Casas Bahia, a maior rede de varejo de produtos eletroeletrônicos do País, causou confusão hoje em lojas da empresa no Rio, onde tem 91 unidades. Na rua Uruguaiana, centro da cidade, pelo menos 200 pessoas queriam comprar à vista uma TV de LCD de 26 polegadas por R$ 119. O preço real era R$ 1.399,00, mas foi publicado erradamente num encarte publicitário. Por causa do tumulto de clientes que lotaram a loja, a polícia teve de ser acionada e a gerência decidiu baixar as portas horas antes do fim do expediente. A direção das Casas Bahia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o anúncio foi veiculado em 10 Estados do País, mas apenas no Rio houve registro de reclamações. "A Casas Bahia informa que houve um erro no encarte enviado aos jornais na condição a prazo para a compra da TV 26 polegadas LCD, a ser comercializada a partir do valor de R$ 1.399,00 à vista. O valor de R$ 119,00 refere-se ao plano para pagamento a prazo em 20 parcelas, conforme consta no anúncio e não para aquisição à vista. A rede já providenciou e colocou errata do anúncio em todas as lojas do Rio de Janeiro e o fará novamente amanhã nos jornais", informou a rede de varejo.

var enviaAmigo = new EnviaAmigo();

Seu dinheiro

A hora dos grandes bancos
A fusão do Itaú com o Unibanco e a perspectiva de uma grande consolidação do setor diminuem a concorrência, o que deve trazer melhores resultados às instituições financeiras — e a seus acionistas. Comprar ações do Itaú é uma recomendação quase unânime entre os analistas de mercado. Das dez corretoras que cobrem o setor consultadas por EXAME, nove recomendam investir no papel. A principal explicação é que a fusão com o Unibanco trará ganhos de escala após a integração e permitirá que a nova instituição conquiste espaço no exterior. “Agora, eles têm porte para explorar o mercado internacional e podem aproveitar o momento de reacomodação do setor bancário mundial para ampliar a atuação”, diz Ricardo Martins, gerente de pesquisa da Planner Corretora. A preferência dos analistas é pela ação da Itausa, holding com participação direta no novo banco, que está sendo negociada a preços atrativos. Os papéis do Unibanco também são indicados como bom investimento por sete analistas. As ações ordinárias, que possuem direito a voto, podem voltar a ter altas valorizações quando forem trocadas pelos papéis do novo banco, porque há um prêmio previsto para esses acionistas. O momento também é favorável para investir nos outros grandes bancos brasileiros, como Bradesco e Banco do Brasil, que até o fechamento desta edição ainda estudavam como reagir ante o surgimento do novo megabanco nacional.

Estratégias para atendimento diferenciado no Natal

Dalmir Sant’Anna
Considerada como a data mais importante para o varejo, o Natal é sinal de fé, emoção, recordação e de homenagens, além de representar o final de mais um ano. Com a aproximação do período natalino, o profissional de vendas, indiferente da área de atuação, precisa conciliar ações e palavras para demonstrar que o Natal é um momento determinante para atrair novos clientes e apresentar resultados coerentes.
Vender no período atual exige disponibilidade de tempo, organização, controle emocional, vontade de vencer e capacidade para superar objeções, bem como, o treinamento de praticar continuamente o exercício de falar menos e ouvir mais.
Alguns empresários e profissionais do setor varejista podem alegar que, em decorrência da crise econômica mundial, não há possibilidade de investir em decoração natalina. Crie opções inovadoras observando e testando o que realmente funciona para atrair novos clientes. Você já pensou na possibilidade de colocar uma árvore de Natal decorada substituindo os enfeites tradicionais, por um cartão com o nome de cada cliente ou a fotografia de cada funcionário da sua organização? Além de valorizar seu cliente, com esta sugestão, estará melhorando o clima de trabalho.
Outro ponto importante a ser observado, para inovar neste período natalino é um atendimento coerente com o clima e sentimentos provocados por esta data. Não existe uma fórmula mágica, ou uma poção retirada da cartola de um mágico, capaz de transformar uma pessoa de forma adjacente, eficaz e imediata, no melhor vendedor de uma organização da noite para o dia. Não existe uma solução pronta, capaz de fazer um atendimento ser o mais diferenciado, se não existir treinamento, empatia e respeito ao cliente.
Trabalhar o clima do Natal como fator diferencial - Ao usar uma touca vermelha na cabeça, ou trabalhar diariamente com uma camisa estampada com o tema da campanha promocional, o profissional de vendas fortalece mais uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes, que pouco ou nada fazem, para oferecer uma maior identificação do período natalino. O sistema de som da loja pode ser utilizado como uma ferramenta estratégica para contribuir no atendimento, pois em determinados momentos o gerente, supervisor ou o líder de vendas, podem realizar uma saudação em nome de toda a equipe aos clientes que estão naquele momento dentro da loja, contribuindo para criar um canal de comunicação, impulsionando o relacionamento com o cliente e enfatizando o clima natalino. O cliente ao perceber que toda a loja está comprometida em oferecer um atendimento diferenciado, se encanta com a receptividade, retorna posteriormente para realizar novas compras e, traz consigo novos clientes.
Fortalecer a competência de lidar com pessoas – Levando em consideração, o desgaste físico e emocional gerado por horários estendidos de jornadas de trabalho, compostas de oito, dez, ou até mesmo, de doze horas diárias, o profissional de vendas precisa, neste período natalino, encontrar disposição para atuar com um grau de emoção ainda maior junto aos clientes, fortalecendo a competência de gostar de lidar com pessoas. Como o desenvolvimento das competências ocorre por meio de aprendizagem, o profissional neste cenário contemporâneo necessita assumir iniciativas, seguindo além das atividades prescritas e tendo a capacidade de compreender e dominar novas situações de trabalho. De nada adianta, investir em uma vitrine, colocar uma imensa árvore natalina, se o atendimento oferecido ao cliente é ineficaz, incoerente e inapropriado. O profissional de vendas necessita fortalecer a competência de oferecer o que há de melhor, mesmo sabendo que será preciso mostrar vários produtos.
Coerência entre a vitrine e o atendimento apresentado – Deixe para o seu concorrente a oportunidade negativa de fazer o cliente entrar na loja e refletir se deve esperar o atendimento ou sair para procurar outra loja. Um atendimento prestativo, gentil e com um sorriso leal de cordialidade, gera resultados surpreendentes permitindo ao cliente perceber que há uma coerência entre o que está apresentado na vitrine e o que está sendo oferecido na parte interna da loja. Toda a equipe precisa trabalhar unida, demonstrando que além da vitrine, o atendimento apresentado oferece um papel determinante e um poder de sedução absolutamente inquestionável. Acredite que quando há uma sintonia entre a vitrine e o atendimento, ocorre uma identificação do cliente com o produto, permitindo uma maior flexibilidade para expandir seu potencial de venda.
Quando um estabelecimento comercial realiza a decoração natalina de forma adequada ao perfil do público alvo e oferece um atendimento diferenciado, está gerando uma maior identificação na mente do consumidor, até mesmo, porque promoção há inúmeras neste período, entretanto, comprometimento para fidelização do cliente há pouco. O profissional de vendas neste período contemporâneo necessita servir com flexibilidade todas as expectativas, gostos, vontades, hábitos e desejos de cada consumidor, pois quando um cliente entra em um ambiente motivado pela decoração da vitrine, não deseja somente avaliar o produto ou questionar o valor, mas espera o mesmo sentimento de encanto no visual apresentado. Observe que ao realizar e oferecer um atendimento diferenciado, o profissional de vendas estará encerrando o ano dentro das previsões de ascensão pessoal e contribuindo para que o movimento do estabelecimento comercial seja mantido nas próximas datas comemorativas.
* Dalmir Sant’Anna é autor do livro "Menos pode ser Mais" (editora Odorizzi), mágico profissional, pós-graduado em Gestão de Pessoas e bacharel em Comunicação Social. Especialista e pesquisador na área de Gestão com Pessoas. Site: www.dalmir.com.br

Consumidor é racional, mas comete irracionalidades, afirma Provar/Fia

Info Money Pessoal
SÃO PAULO - Os consumidores são racionais, mas, na prática, acabam cometendo algumas irracionalidades. A afirmação é do coordenador do Provar/Fia (Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração), Nuno Fouto, ao explicar o comportamento dos brasileiros quando saem às compras.
"Nosso País tem consumidores muito racionais. Por exemplo, a maior parte deles, se tivesse condições, faria suas compras somente à vista, sem comprometer salários que ainda virão. Porém, na prática, a falta de renda faz com que eles dividam suas compras em diversas vezes".
Poder de compra
Para Fouto, é a vontade, o desejo e o impulso que levam os consumidores a agirem diferentemente do que haviam planejado. "Nos últimos anos vivemos um momento de crescimento econômico, com maior quantidade de crédito disponível no mercado. E, com isso, o poder de compra do brasileiro aumentou".
O professor explica que, com o aumento do poder de compra, as aquisições "irracionais" também cresceram. "Imagina alguém que sempre sonhou em comprar algo de repente poder comprar? Tínhamos uma sociedade com uma demanda muito represada por consumir. Nos últimos anos, o mercado de crédito permitiu que cidadãos de classes D e E comprassem um carro, dividindo o valor em 80 vezes. Por mais que essa pessoa viva um dilema entre o devo e o quero, muitas vezes ela acaba comprando".
Ainda de acordo com Fouto, além do maior poder de compra, quando saem às ruas, os consumidores se deparam com ambientações que despertam ainda mais as aquisições por impulso. "O comércio utiliza muitas técnicas para vender: a maneira como um produto é disponibilizado na loja ou um comercial que o relaciona a um estilo de vida. Tudo isso desperta o desejo de possuir determinado produto".
Elevação da inadimplência
Porém, as compras feitas por impulso podem levar o País a registrar patamares maiores de inadimplência no próximo ano.
"Quando você parcela uma compra, é quase uma aposta. Você está comprometendo um valor que ainda não ganhou, acreditando que vai ganhar", disse o presidente da Serasa, Francisco Valim, em evento sobre perspectivas para o crédito em 2009. "E como para o próximo ano já se cogita elevação da taxa de desemprego e redução na massa salarial, muita gente pode não ganhar o que estava planejando".
Mas, para o economista da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), Istvan Kasznar, o brasileiro soube lidar com o crédito e não se endividou excessivamente. "Devemos realmente ver um aumento da inadimplência, mas o brasileiro não se endividou muito, tanto que não alcançaremos números vistos nos Estados Unidos e na Europa. Nossa sociedade está lidando melhor com as dívidas, um exemplo é que o número de superendividados no Brasil é de 7% de acordo com os dados mais recentes; nos EUA esse número sobe para 38%".

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

País perde com feriados

O Brasil vai perder até 5% do Produto Interno Bruto, ou R$ 155,6 bilhões, com as paralisações para os feriados nacionais e estaduais em 2009. Ao contrário do que aconteceu em 2008, das 12 datas nacionais do próximo ano, 11 vão cair em dias úteis. Das 39 datas estaduais, 29 vão cair em dias úteis. O cálculo está na nota técnica “Custo Econômico dos Feriados”, divulgada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Em 2009, alguns feriados nacionais cairão nas terças e quintas-feiras, o que incentiva a prática de pontos facultativos e enforcamentos, não contabilizada no levantamento. Também não entraram na conta os feriados municipais. O valor diário estimado para as perdas por dia parado, em 2008, é de R$ 11,6 bilhões. Para 2009, com a correção e o crescimento previsto do PIB, esse valor aumenta para R$ 12,9 bilhões.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Executivo da Disney revela como superar as expectativas dos clientes

Empreendedor
Jim Cunningham, ex-coordenador da Disney University e responsável por formar equipes de alto desempenho para os maiores parques da Disney está no Brasil para ensinar, através do seminário "A magia da Disney e os segredos da excelência em serviços", a arte de criar serviços inesquecíveis. Depois de mais de 30 anos de existência, a Disney World busca constantemente superar as expectativas dos visitantes, com uma equipe treinada e motivada para encantar clientes. "Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo, mas ele necessita de pessoas para fazer do sonho uma realidade”, declara o gerente dos programas de desenvolvimento profissional do Disney Institute e facilitador dos cursos de liderança para executivos da Disney University em Orlando.
O executivo, que acredita que há segredos para o sucesso, apesar de eles serem óbvios, destaca que para se obter a máxima satisfação nos serviços é preciso buscar a excelência nos detalhes, principalmente naqueles que fazem ir além das expectativas. Mas para atingir essa excelência é necessário contar com uma equipe de alto desempenho. “No passado, não existia nenhum tipo de processo seletivo, os primeiros que apareciam eram contratados. Hoje a Disney contrata com base na personalidade das pessoas”, explica. Segundo ele, as habilidades dessas pessoas são trabalhadas e treinadas posteriormente. “Primeiramente se escolhe a personalidade e depois as habilidades são treinadas para alcançar o nível que é necessário”, defende.
Na visão de Cunningham, a qualidade dos serviços prestados por uma corporação é que vai determinar se o cliente será fiel. “Ele só retornará se a empresa oferecer o melhor serviço, por isso afirmo que em uma operação comercial 10% correspondem aos produtos e 90% aos serviços”, justifica. De acordo com ele, para alcançar a máxima qualidade são necessários profissionais motivados que podem ser selecionados conforme o grau de afinidade com os valores seguidos pela empresa, por isso a escolha baseada na personalidade do candidato.
A Disney, juntamente com outras grandes empresas, busca constantemente oferecer serviços excelentes para superar as expectativas dos clientes. Outra ação desenvolvida pela Disney citada por Cunningham para atingir a excelência é a proteção de suas marcas. “Uma estratégia utilizada para proteger a marca é o comportamento sempre familiar do personagem Mickey Mouse”, revela.
Atuando como gerente dos programas de desenvolvimento profissional e facilitador dos cursos de liderança para executivos, Cunningham destaca que seu foco recai fortemente na responsabilidade. “O líder toma decisões que afetam, alteram e definem uma situação, por isso a preocupação em ser responsável”, afirma. Ele enfatiza também que o executivo de sucesso é aquele que usa a arte máxima de se comunicar, transmitindo informações de forma alinhada com a cultura da empresa em que ele trabalha.
Como exemplo de excelência em serviços no Brasil, Cunningham cita o hotel Marina Palace, no Rio de Janeiro. Ele conta que esqueceu no cofre US$ 100,00. Depois de uns dias ele foi avisado pelo hotel sobre o ocorrido e que o dinheiro seria devolvido. “A camareira que encontrou o dinheiro no cofre poderia ter ficado com o valor e não ter informado a ninguém, mas ela estava alinhada com os valores éticos da empresa e por isso agiu corretamente, transmitindo uma imagem de credibilidade e excelência nos serviços”, conclui.
Sobre Jim Cunningham
Jim Cunningham é o principal líder no desenvolvimento da cultura voltada para serviços da Eurodisney e é responsável por formar equipes de alto desempenho em serviços para os grandes parques da Disney. Foi coordenador da Disney Universtiy durante 14 anos e atualmente é gerente dos programas de desenvolvimento profissional do Disney Institute, além de facilitador dos cursos de liderança para executivos da Disney University em Orlando – USA.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Crise não deve afetar o comércio no final do ano


ACEB
De acordo com pesquisa realizada pela Fecomercio – RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), apesar de a crise econômica internacional começar a impactar determinados segmentos no Brasil, os comerciantes aguardam por um Natal aquecido este ano. O estudo foi realizado em 70 cidades e em nove regiões metropolitanas.
Para a ACEB, esse otimismo é natural se a melhora da situação financeira da população em geral for levada em consideração. “Como houve aumento na renda e melhora nas condições de vida em uma parcela significativa da população, naturalmente essas pessoas terão mais condições de consumo e de se prepararem para o Natal deste ano”, afirma Irineu de Ascenção, diretor de relações institucionais da ACEB.
Os dados da pesquisa comprovam a opinião do executivo: se no ano passado 30% da população apresentava falta de dinheiro, em 2008 esse percentual diminuiu para 26%. Enquanto isso, neste ano 52% da população chega ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento das despesas, enquanto em 2007, 48% dos trabalhadores conseguiam cobrir todas as despesas contando apenas com o salário.
Em relação ao consumo, o estudo da Fecomercio – RJ revelou que apenas 18% das pessoas pretendem consumir bens duráveis, como móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Em 2007, 24% intencionavam consumir esse tipo de produto.
Para Ascenção, esse resultado não deve afetar as vendas e os lojistas podem ficar despreocupados, pois a procura por outros itens será grande. “A diminuição da procura por bens duráveis não significa que o consumo, como um todo, tende a cair, uma vez que outros produtos, como roupas, calçados e brinquedos estão entre a preferência dos consumidores para esta data”, afirma o diretor da ACEB.

Oscilações no mercado

Durou muito pouco a euforia do mercado de ações, após a eleilão de Barack Obama. Ontem, na Ásia e na Europa, as oscilações surpreenderam. Para os analistas, há um misto de desconfiança com especulação (realização de lucros). Analisando a conjuntura e, no longo prazo, há quem aposte na superação do pior da crise já passou, o chamado “núcleo do furacão” estaria se dissipando. Mais dinheiro no mercado e novas reduções de taxas de juros estão sendo anunciados pelos governos de vários países. Vem aí, também, uma força quase que incontrolável, o das compras por impulso, durante o natal. No sobe e desce da economia, a Ambev ganhou com o câmbio e viu o lucro disparar 61% no terceiro trimestre, enquanto a Toyota prevê queda de 68% no lucro e adverte para crise “sem precedentes.”

Desaceleração


A Gafisa revelou em seu balanço, o primeiro do setor de construção, os primeiros sinais de desaceleração este ano. O recuo da companhia, no entanto, ficou abaixo da média do setor. As vendas contratadas da Gafisa somaram R$ 504 milhões, queda de 9% sobre o trimestre anterior. Já a velocidade de vendas foi de 18%, abaixo de todas as grandes que divulgaram prévia. A da Cyrela e da Rossi foi de 25%, MRV, 22% e PDG Realty, 31%.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Diretor de Marketing pode receber R$ 1 milhão por ano

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br
Um Diretor de Marketing pode receber de R$ 168 mil a R$ 600 mil por ano no Brasil. Isso, sem contar os bônus, como participação nos lucros da empresa e salários extras por metas alcançadas. Com companhias pagando até 20 salários como recompensa, ou sete a mais, este valor pode chegar a R$ 1 milhão.
Este é um mundo para poucos profissionais, com mais de 15 anos de carreira e empregados em grandes empresas, mas é real, segundo pesquisa realizada pela Robert Half com 1.500 profissionais de Marketing. O estudo obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing mostra também que um profissional em início de carreira recebe, em média, a metade do salário de quem é mais experiente.
Substituir um profissional sênior por um junior, portanto, é uma questão que tem a ver com custo. “Certamente o sênior custa mais caro, mas ele traz mais experiência e pode ajudar na operação. O problema é que as empresas não têm como pagar tantos profissionais sêniors. Elas acabam promovendo profissionais que às vezes não estão preparados para assumir certos cargos”, aponta Adriana Cambiaghi, especialista em recrutamento da Robert Half.
Menos salário fixo, mais bônusPara não onerar a folha de pagamento, as empresas optam por fazer menos reajuste nos salários fixos e aumentam o número de bonificações por resultado. De acordo com um estudo feito pela consultoria Hay Group, os bônus podem chegar a 56% do salário base, que incluem até distribuição de opções de ações das companhias. “Cada vez mais os salários variáveis são maiores”, ratifica Adriana.
O pacote de remuneração desses executivos, entretanto, nem sempre é tão vantajoso assim. “Existe um número cada vez maior de profissionais que reclamam que as empresas fazem reestruturação achatando salários”, aponta a especialista da Robert Half. Este foi um dos motivadores da pesquisa, que serve como um balizador para os profissionais e para as empresas da média salarial do mercado.
O levantamento feito Robert Half mostra ainda que as empresas de pequeno e médio porte estão com maior demanda por profissionais de Marketing. Entre as funções que mais se destacaram, agora entre as grandes companhias, neste primeiro guia desenvolvido pela consultoria está a de Trade Marketing. Um Gerente de Trade Marketing recebe um salário fixo equivalente a um Gerente de Marketing, entre R$ 10 e 25 mil por mês, dependendo da experiência e do tamanho da empresa.

domingo, 2 de novembro de 2008

Brasil "sem-teto" nos EUA


O estouro da "bolha imobiliária" e a paralisação do mercado de construção de novas residências nos EUA atingiu em cheio uma das maiores comunidades de brasileiros nos EUA, na cidade de Newark, no Estado de Nova Jersey.
Marcelo Costa, que perdeu duas casas, que chegaram a valer US$ 1,1 milhão, e o emprego de corretor; agora trabalha como motorista
Nos últimos meses, dezenas de famílias deixaram Newark, muitas para voltar ao Brasil. Entre os brasileiros, a maioria dos homens trabalha ou trabalhava na construção. Eles não só perderam os empregos. Agora, perdem em massa as suas casas.
Há pouco mais de um ano, o mineiro Marcelo Costa, 37, estava comprando financiadas duas casas em Newark. Quando tomou os empréstimos, em 2004, os valores dos imóveis eram de US$ 400 mil e US$ 290 mil. Há pouco mais de dois anos, chegaram a US$ 620 mil e US$ 500 mil, no pico do "boom" imobiliário norte-americano.
Na época, Costa surfava nessa boa onda trabalhando como corretor de imóveis, o que lhe garantia um rendimento superior a US$ 10 mil ao mês. "Em dois anos, minha vida virou de ponta-cabeça", afirma.

Mario Damião, da Castle Home Mortgage, que chegou a ter 97 corretores e agora tem 22; no "boom" sua empresa girava US$ 25 mi ao mês
Os preços dos imóveis que ele estava comprando começaram a desabar com o estouro da "bolha". Seu rendimento despencou junto. Como no período de alta os compradores usam a valorização para levantar novos empréstimos, Costa ficou na seguinte situação: duas prestações muito altas, relativamente ao valor dos imóveis (eles hoje valem quase o mesmo que há quatro anos), e sem a renda de antes.
Resultado: teve de devolver os imóveis aos bancos. Hoje, Costa mora na casa de um ex-cunhado e luta para ganhar entre US$ 2.500 e US$ 3.000 por mês dirigindo uma limosine entre Newark e Manhattan, na vizinha Nova York. "Aqui não é como o Brasil. Vou me levantar de novo, pode apostar", diz Costa, há 17 anos nos EUA.
Em Newark, há prédios e ruas inteiras com imóveis fechados, grande parte deixados para trás por brasileiros, que somam cerca de 30 mil nesta cidade de 280 mil habitantes.
Casa que pertencia a brasileiros em Newark para alugar ou vender; eles perderam o emprego e não pagaram os empréstimos
Segundo o corretor brasileiro Valtair Souza, da Exit Realty, quase 70% dos brasileiros que compraram casas em Newark durante o "boom" perderam ou estão em vias de perder os seus imóveis.
Quem perde a casa e não vai embora acaba alugando muitos dos imóveis disponíveis, que passam a ser administrados por bancos ou corretoras. Enquanto o valor de uma prestação ("mortgage", em inglês) mais taxas de propriedade em Newark estão hoje em US$ 5.000, em média, é possível alugar imóveis grandes por menos de US$ 2.000. É o que muitos acabam fazendo.
O "boom" imobiliário foi tão intenso em Newark que muitas casas que chegaram a valer mais de US$ 600 mil foram construídas, por falta de terrenos, em áreas de indústrias e galpões abandonados, degradadas e violentas. Hoje, estão vazias, para alugar ou vender, e valem um terço do que custavam no auge do mercado.
Prédio fechado em Newark, onde quase todos os apartamentos foram retomados por bancos
Quando estava em sua "grande fase", Costa trabalhava para outro brasileiro, o "Dr. Mortgage", como é conhecido Mario Damião, 44, âncora do programa de TV "Casa Nova" (agora suspenso), exibido nos EUA e Canadá, de orientação sobre o mercado imobiliário.
Há 20 anos no país, o paulistano Damião tem há dez anos uma licença para "mortgage banking" nos EUA. No auge do "boom" passou a ter, além de Costa, outros 95 corretores na sua empresa. Na boa fase, a Castle Home Mortgage chegou a girar US$ 25 milhões vendendo 60 imóveis por mês.

Cartaz anuncia festa de Halloween brasileira em Newark, sorteio de um Beatle "carregado de cerveja"
Hoje, trabalha com apenas 20 pessoas e fechou quatro de seus oito escritórios na região. "Na época do 'boom' era assim: 'O sujeito respira?'. Então tem financiamento", diz Damião.
Como os preços não paravam de subir, o negócio era muito pouco arriscado para os bancos, que tinham imóveis em forte valorização como garantia caso o comprador ficasse inadimplente. Até o mercado inverter e embicar para baixo.
Hoje, Damião diz ter vários imóveis para alugar vazios. Ele não confia em alugá-los a quem diz trabalhar, por exemplo, no setor de construção, caso da maioria dos brasileiros. "É um emprego em extinção", diz.
Damião calcula "uns dez anos" para que a demanda para a compra de imóveis volte a se ajustar à oferta em Newark.
A crise imobiliária que acertou os brasileiros já deprime também outros negócios, como as várias lojas de Newark voltadas a eles. Na cidade, há ruas inteiras delas, onde o português predomina.
Segundo Marta Martins, da Pantanal, especializada em artigos importados do Brasil (de CDs de forró a balas 7 Belo), o movimento caiu "pela metade" no último ano.
"Muita gente já foi embora ouvindo dizer que as coisas estão melhores no Brasil. Acho que agora em dezembro e janeiro, quando o frio apertar, vai mais uma boa leva", diz.
Loja de produtos brasileiros em Newark vende Dadinho, Serenta de Amor, Hall´s, bala 7 Belo e Doce de Leite para matar a saudade do Brasil
Bancos com problemas
A perda em massa de casas por famílias norte-americanas e de imigrantes nos EUA gerou um problema gigantesco para os bancos no país.
Além de deixar de receber as prestações pelos financiamentos concedidos, os bancos estão tendo que administrar milhares de imóveis que acabam retomando dos seus clientes --uma atividade que nada tem a ver com o seu negócio.
Enquanto não encontram solução para os imóveis, a tendência é que eles se deteriorem e percam ainda mais valor. Há centenas de relatos de casas abandonadas e que acabaram sendo vandalizadas ou infestadas por insetos e ratos por causa de restos de alimentos deixados para trás.
Só no terceiro trimestre deste ano, 765,5 mil famílias nos EUA tiveram ordens de despejo concedidas pela Justiça (o site http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/fernandocanzian/www.foreclosure.com dá uma boa idéia do tipo de imóvel retomado e agora à venda). O problema já obriga os bancos a aceitar valores muito baixos para se livrar dos imóveis.
A operação, conhecida como "short sale" (venda rápida), é a seguinte: o comprador inadimplente do imóvel tenta encontrar, via um corretor, alguém interessado em sua casa.
Fernando Canzian/Folha Imagem
Karina Freitas passava lista pedindo dinheiro entre brasileiros em Newark na semana passada para ajudar amigo que será deportado
Esse potencial comprador faz uma oferta à vista, na maioria das vezes muito baixa.
As partes vão ao banco e oferecem o negócio. Se o banco aceitar, fica com o dinheiro à vista. O novo comprador, com o imóvel. E o antigo comprador, sem nada (mas livre da sua dívida).
Depois de terem suas carteiras abarrotadas por imóveis devolvidos, os bancos também estão partindo para a ofensiva e oferecendo o refinanciamento das dívidas, especialmente depois que o Fed (o banco central dos EUA) inundou o mercado financeiro com dinheiro a juros muito baixos.
Nesse caso, o banco reduz, por exemplo, o juro do financiamento de 8% ao ano para 3,5% por um prazo de normalmente cinco anos, dando fôlego ao comprador.
Fernando Canzian/Folha Imagem
Escritório da Coisas do Brasil, que presta serviços a brasileiros; em várias ruas de Newark só se ouve português e espanhol
Na sexta, o JP Morgan, maior banco dos EUA em valor de mercado, anunciou que passará a refinanciar cerca de US$ 110 bilhões de sua carteira de empréstimo imobiliário.
Disse ainda que suspenderá por até 90 dias os pedidos judiciais de despejos contra seus clientes inadimplentes, até que consiga uma renegociação com eles.
A FDIC, agência federal garantidora dos depósitos bancários nos EUA, também vem pressionando o Tesouro para que use parte do pacote de US$ 700 bilhões aprovado no Congresso para ajudar os compradores inadimplentes.
O plano prevê a utilização de até US$ 50 bilhões a serem usados no refinanciamento, a juros menores, de US$ 500 bilhões em dívidas não pagas. Mais de 4,5 milhões de famílias têm financiamentos imobiliários em atraso hoje.
Fernando Canzian, 42, é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006.Escreve às segundas-feiras. E-mail: fcanzian@folhasp.com.br

Mercado lento em celulares ameaça Natal

O Globo Online
HELSINQUE (Reuters) - Os principais fabricantes mundiais de celulares estão preparados para uma queda nas vendas depois de uma desaceleração acentuada do crescimento do terceiro trimestre, quando apenas a Samsung Electronics avançou significativamente em participação de mercado, por meio de cortes de preços.
Ainda que o mercado em geral não tenha começado a se contrair, o crescimento mundial se reduziu a apenas 3 por cento nos três últimos três meses, ante os 10 por cento nos trimestres recentes, e os fabricantes de celulares estão sentindo o aperto da desaceleração econômica e da crise de crédito.
As vendas em mercados europeus importantes continuaram a cair no terceiro trimestre e nas semanas subseqüentes, enquanto cresce o temor sobre vendas natalinas fracas e quedas ainda maiores na demanda, no ano que vem.
"Com os ciclos de renovação se alongando, os mercados maduros não devem contar com o ímpeto dos gastos natalinos que caracterizou natais passados", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight no Reino Unido.
"A América do Norte e a Europa Ocidental sofreram os efeitos mais agudos do clima econômico mundial (em deterioração)", ele afirmou, acrescentando que as condições nos mercados de celulares dessas regiões se agravariam ainda mais no quarto trimestre e em 2009.
Jari Honko, analista do eQ Bank, de Helsinque, afirma esperar que os volumes continuem a cair na Europa e América do Norte, em 2009, mas que o crescimento nos mercados emergentes conduziria o mercado como um todo a uma expansão de dois por cento. Em termos de valor, entretanto, o mercado cairia ante os 190 bilhões de dólares faturados neste ano.
No começo do mês, a maior fabricante mundial de celulares, Nokia, previu crescimento de 13,5 por cento ao mercado como um todo no quarto trimestre, pouco abaixo do total de anos recentes, mas ainda assim reconfortante para os investidores.
Mas depois de registrar crescimento de volume de 27 e 21 por cento nos dois primeiros trimestres, a Nokia só conseguiu cinco por cento de expansão no terceiro, com queda de vendas - de mais de cinco por cento -na Europa, e queda também na América do Norte.

Vendas contratadas da Cyrela somam R$ 1,053 bi

JB Online
A Cyrela Brazil Realty informou hoje que as vendas contratadas atingiram R$ 1,053 bilhão no terceiro trimestre deste ano, uma redução se comparado com igual período de 2007, quando foram negociados R$ 1,058 bilhão. Apesar disso, de janeiro a setembro, as vendas contratadas cresceram 89% em relação ao mesmo período de 2007, saltando de R$ 2,145 bilhões para R$ 4,045 bilhões.
Os lançamentos da companhia também diminuiram entre julho e setembro, face igual período do ano passado, caindo de R$ 1,574 bilhão para R$ 1,053 bilhão. Já no acumlado dos nove primeiros meses do ano houve 64% mais lançamentos (de R$ 2,4 bilhões para R$ 3,9 bilhões).
Os dados são uma prévia do balanço do terceiro trimestre deste ano que será divulgado em 13 de novembro de 2008, após o fechamento do mercado.

Crise? Que crise?

Shoppings esperam vender mais neste Natal
Diário do Grande ABC
Os shoppings do Grande ABC estão otimistas com o Natal deste ano. A expectativa é de aumento nas vendas de entre 15% e 21%, se comparado com 2007. Para isso, eles investiram em ações, como campanhas publicitárias, promoções para alavancar os resultados.
O Mauá Plaza Shopping investiu aproximadamente R$ 950 mil e tem uma como expectativa aumentar suas vendas em 21%. Quanto ao fluxo de público, o shopping espera um incremento de até 32% em relação ao Natal de 2007.
No ABC Plaza Shopping, em Santo André, a expectativa é de 15% a mais nas vendas neste Natal, frente ao mesmo período do ano passado. Entre novembro e dezembro, o fluxo de público esperado é da ordem de 2,5 milhões de clientes. Segundo Márcia Pacheco, gerente de marketing do shopping, foi feita uma sondagem de expectativas junto aos lojistas. O otimismo é unânime.
Para atingir as metas, o ABC Plaza conta com diversas ações, entre elas, uma promoção que vai sortear um carro Citröen C3. Em parceria com rede de cartões Visa, o ABC Plaza realizará, entre 6 de novembro e 28 de dezembro, a promoção "Enfeite sua garagem neste Natal".
Esse ano, o shopping investiu 10% a mais do que o ano passado, afirma Márcia, na decoração cujo tema é "Contos de Natal", que será inaugurada no próximo dia 6.
No Shopping ABC, que fica também em Santo André, o tema desse ano é "Natal em Neve", onde o Papai Noel vai mostrar seus dotes artísticos e tocar flauta transversal, acompanhado de um coral de pingüins dançarinos. O complexo também realizará uma promoção, na qual, a cada R$ 250 em compras o cliente ganhará um pingüim de pelúcia. O shopping investirá, neste Natal, R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil na decoração e o restante na campanha.
Segundo a gerente de Marketing Elizabete Henriques, ainda é cedo para dar qualquer parecer sobre expectativas, mas o shopping espera receber cerca de 9% a mais de público em relação a 2007.
O Shopping Metrópole, de São Bernardo, também tem boas expectativas para a data. Segundo a assessoria de imprensa é esperado um crescimento de vendas de 18%, e de 13% no fluxo de público, em relação a 2007. Para atrair o público, o shopping vai realizar oficinas de Natal, onde crianças entre 4 e 12 anos aprenderão a confeccionar biscoitos em formatos de Papai Noel, anjos e bonecos.
CAUTELOSOS - O vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Octavio Leite Vallejo, o comércio deve ficar mais cauteloso com relação a grandes expectativas.
Para presidente da Acisbec (Associação de São Bernardo), Valter Moura o Natal será bom, mas as pessoas estão cautelosas, porque a crise está na cabeça de cada um.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Fusão da Tenda e Gafisa pode parar na Justiça

SÃO PAULO - A negociação envolvendo a compra da construtora mineira Tenda pela então concorrente Gafisa pode resultar em ações judiciais movidas por acionistas minoritários da Tenda. Isso porque a transação entre as duas construtoras segue um formato denominado aquisição originária, que resulta na troca de controle da empresa, sem a oferta de aquisição das ações detidas pelos acionistas minoritários da Tenda. Isso, segundo especialistas ouvidos pelo DCI, fere os princípios da governança corporativa.A negociação, ainda em análise pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi anunciada no início do mês de setembro e a compra da construtora Tenda seria realizada por meio da Fit Residencial, controladora da Gafisa. A Fit injetou R$ 300 milhões nessa negociação.O advogado Gustavo Viseu, do Viseu Cunha & Oricchio Advogados, afirmou que já foi procurado por sócios minoritários da Tenda que pretendem questionar a transação. Para Viseu, o embate jurídico será inevitável se, a partir da confirmação do negócio pela CVM, for verificado prejuízo aos acionistas minoritários, por conta da diluição de sua participação acionária. Além disso, segundo o advogado, apesar de não ter havido venda de ações, a transação representa evidente troca de controle, que passará a ser detido pela Gafisa, o que daria aos acionistas minoritários o direito de venda de suas ações."A grande questão é se essa alteração implica ou não na transferência de controle. Deveria ter sido oferecido aos minoritários o direito a alienação. O acionista majoritário Henrique de Freitas Alves Pinto tem, hoje, 51% das ações [entre participações de pessoa física e jurídica com o nome dele]. Com a transação, ele ficaria com 20% e estaria livre de fazer a oferta aos acionistas", explica o advogado.Nas entrelinhasDe acordo com Viseu, a negociação infringe o direito conhecido como Tag Along, que é regra para as empresas que participam do Novo Mercado, do qual a Tenda faz parte. Trata-se de um instrumento que promove a extensão do prêmio de controle aos acionistas minoritários.Segundo a Lei das Sociedades Anônimas, quando uma empresa é vendida, os minoritários detentores de ações ordinárias têm o direito de receber por suas ações, no mínimo, 80% do valor pago aos acionistas controladores da empresa."Os minoritários teriam direito à venda no mesmo preço que o majoritário. De acordo com a Lei das S.A., no Novo Mercado esse percentual é de 100%", disse Manoel Monteiro, especialista em mercado de capitais do Viseu Cunha e Oricchio Advogados.Monteiro explica que o Novo Mercado foi criado para assegurar que as empresas participantes observem princípios de Governança Corporativa, melhorando o tratamento dado aos acionistas minoritários. Essa prática tornou o mercado de capitais atraente para o capital estrangeiro."Tag Along é uma garantia assegurada aos minoritários. O Novo Mercado foi desenvolvido com o ambiente de negócios que prima pela transparência com os minoritários, mas essa postura das construtoras foi um verdadeiro chapéu nesse grupo", completa Gustavo Viseu. No entendimento dele, se a CVM aprovar a transação, pode frear investimentos estrangeiros no País.OpçãoA Gafisa pode ter encontrado um caminho para contornar os direitos dos minoritários, mesmo em casos de empresas dentro do Novo Mercado. Se o processo da aquisição originária for viável e atrair outros, as transações fariam com que empresas trocassem de mãos sem que minoritários recebessem qualquer compensação.Gustavo Viseu afirma que, caso a negociação seja aprovada pela CVM, os minoritários poderiam mover ações pleiteando indenizações contra o sócio majoritário e ressarcimento também por conta da diluição da participação dos acionistas na empresa. "Se um entrar com a ação e ganhar, todos serão beneficiados ou podem aderir ao processo", conta.Em baixaA preocupação de sócios minoritários aumenta ao lembrar que a Tenda sofreu recentemente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por razões que vão de instabilidade financeira mundial à entrega de resultados trimestrais insatisfatórios. A Tenda já sinalizada para este caminho. Em seu site, a construtora publicou nota em agosto informando que a Companhia estava avaliando alternativas de captação de recursos. Já em 1º de setembro, em informe denominado "Integração societária das atividades de Tenda e de Fit", a construtora informou sobre as negociações com a construtora Gafisa."Após a Incorporação, a Gafisa passará a ser titular de ações representativas de 60% do capital total e votante de Tenda (...). A operação objeto deste Fato Relevante não acarretará direito de retirada para os acionistas da Tenda", diz trechos da nota.Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Gafisa informou que nenhum porta-voz da empresa está comentando sobre a negociação..marina diana

Construção nacional esbarra no caos externo

SÃO PAULO - O pânico da crise internacional começa a chegar ao Brasil pelo setor de construção civil, que agora pisa com os dois pés no freio, depois de um período fértil com recordes de lançamentos e de vendas. Prova da preocupação com a falta de crédito e o endividamento das empresas é que a Inpar reconhece ter reduzido a meta de lançamentos para 2008. A previsão era de R$ 2,5 bilhões no começo do ano, mas caiu agora para R$ 1,65 bilhão sob a justificativa de evitar endividamento.
A empresa está com o Credit Suisse fazendo a análise dos seus negócios, e fontes do setor dizem que ela será vendida. Procurada, a Inpar não quis se pronunciar sobre este assunto. Afirmou, porém, que, para 2009, reviu para baixo a previsão de lançamentos, de R$ 3 bilhões para R$ 1,85 bilhão. Além disso, outra movimentação que chocou o mercado foi a notícia das construtoras Cyrela e Agra, que informaram o cancelamento do acordo pelo qual visavam à integração de suas operações, anunciado em 23 de junho deste ano.
O ajuste faz parte de um novo cenário que se desenha no mercado de construção no Brasil, para João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Segundo ele, das 28 empresas que abriram o capital (fizeram IPO, na sigla em inglês), 23 ou 24 deverão ficar no mercado, e uma ou duas deverão ter resultados extraordinários. Outras duas ou três, porém, serão incorporadas. "Todo setor que entra no mercado de ações passa por crises. É um movimento de depuração, para os próximos 10 anos deve acontecer. Algumas vão sumir, outras, crescer muito e o mercado vai se arrumar", afirmou Crestana.
Para o presidente do Secovi-SP, devido à crise o processo de fusões no setor irá ser acelerado. As empresas fortes ficam no mercado e as que não estão, se não vierem a falir, serão incorporadas. Um exemplo é o braço imobiliário do grupo Brascan, que fechou a compra da construtora paulista Company, este ano "A primeira era exemplo de pontualidade nas entregas. A segunda estava capitalizada. Se uniram e fortaleceram-se", disse Crestana.
De acordo com o presidente do Secovi-SP, para uma empresa imobiliária dar lucro, tem-se que pensar a longo prazo, pois entre a escolha do lugar e a entrega das chaves há um intervalo de 3 a 5 anos. "Os analistas não entendem esta realidade", brinca.
Na análise de Ana Maria Castelo, consultora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Projetos, o problema no mercado de construção deve-se à ausência momentânea de crédito, mais caro agora devido à crise na América do Norte. "Isso é gerado pelo medo do mercado frente à crise americana. Todos estão se recolhendo, pela incerteza do cenário", lembra ela.
Na opinião da especialista, as obras em andamento já contam com recursos e os compromissos devem ser mantidos. "As obras em andamento já contam com recursos, pois quando as fundações se ergueram as incorporadoras já venderam boa parte dos espaços e quando se entrega uma obra se tem o retorno dos bancos e um acréscimo no caixa. O que acontece é que as empresas estão aguardando o crédito baixar, para voltar a se capitalizar", declarou.
A consultora da FGV explica que este é um movimento de precaução. Vale salientar que o setor é um mercado de longo prazo e precisa de crédito para sobreviver e o momento conjuntural é de escassez de crédito. O cenário de incerteza deve afetar as empresas no longo prazo. Ela compartilha a idéia de que a haja maior possibilidade de fusões ou até algumas empresas deixem de existir.
"O fato de as ações despencarem no pregão de hoje não quer dizer que amanhã não possam subir. Ainda não é possível saber qual será o movimento. As empresas que tiverem mais dificuldade vão se fundir, ou encolher", crê Ana.
A consultora da FGV crê que a médio e longo prazo, o cenário do Brasil continua favorável ao setor. "A economia está se saindo bem. Uma desaceleração já era desejável por causa da taxa Selic e do inchaço de demanda em alguns setores. Devido aos americanos, a desaceleração pode ser maior. É uma questão de conjuntura e tão logo cesse a crise, em 2010 deve haver um rearranjo econômico e a volta de um crescimento, mais lento. Mesmo assim é melhor que o passado recente. O problema de hoje está no curto prazo", estima ela.
Corretagem
Em 2010, devemos ter meia dúzia de empresas de capital aberto nesse mercado. A frase bombástica vem de José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), em entrevista exclusiva ao DCI. O especialista é mais um que engrossa o discurso de que o mercado deverá se readequar, havendo fusões e aquisições.
"Um exemplo foi a Construtora Tenda, vendida por 20% do que valia. Mas não tenho a visão negativa do mercado como estão se colocando. Os cancelamentos dos lançamentos são reorientações de mercado. Muitas vezes, chega a ser falta de planejamento das empresas que prospectaram mercados e viram que não fizeram os melhores negócios", explica Viana Neto.
O presidente do Creci-SP acredita que "o mutuário brasileiro consegue o dobro do dinheiro em qualquer lugar do mundo, por ser bom pagador". Para ele, o público vai continuar a buscar imóveis. "O Brasil não tem supervalorização, é um mercado sólido. O juro é predeterminado pelos bancos e estes não desrespeitam o mutuário. Estive reunido esta semana com os bancos para montarmos uma estratégia de busca de captação junto aos investidores."
Para João Crestana, presidente do Secovi-SP, que está há 30 anos no mercado, a crise internacional assusta e é incerta. "Não dá para ver o tamanho do estrago e não sabemos como o mundo e o Brasil deverão ser afetados. Mas por pelo menos 2 ou 3 anos o mercado imobiliário está seguro, pois a venda vive de Poupança e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)", afirmou.
A economia real começa a sentir os primeiros efeitos da crise financeira internacional: o setor de construção civil está pisando com os dois pés no freio. O pânico da crise internacional influenciou a Inpar, que acaba de reduzir a meta de lançamentos deste ano e de 2009 a quase metade, sob a justificativa de evitar endividamento. Para 2009, a Inpar reduziu lançamentos de R$ 3 bilhões, para R$ 1,85 bilhão. Outra movimentação que chocou o mercado foi das construtoras Cyrela e Agra, que cancelaram acordo, anunciado em junho, pelo qual integrariam suas operações.
No comércio varejista, o cenário é de alarde. As redes médias começam a adiar planos de abertura de capital e a rever investimentos. O Sonda Supermercados, que prevê faturar mais de R$ 1 bilhão este ano, freou a ida à Bolsa de Valores, programada para 2009, "por tempo indeterminado", diz Roberto Moreno, diretor.
Outra que mudou os planos é a rede mineira Bretas Supermercados, que teria R$ 120 milhões para expansão em 2009, mas "40% do valor viria de financiamento, portanto isso dependerá da disponibilidade de crédito no mercado", afirmou o presidente da rede, Estevam Duarte de Assis.
Na área de veículos, a crise financeira internacional poderá ter reflexos nas exportações, avaliou o presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, que mantém as previsões de aumento de 24,2% nas vendas internas. O otimismo do presidente Anfavea foi contrastado pelo do vice-presidente da Associação de Fábricas Argentinas de Componentes (AFAC), Fabio Rozemblum, que não se mostrou tão confiante. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, disse que a crise começa a chegar ao setor de produção de autopeças. Já para um setor como o farmacêutico, que importa mais de 80% dos insumos que utiliza, a alta do dólar é um motivo de "grande apreensão", disse o diretor presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Carlos Alexandre Geyer.
Em meio à crise, a Sadia informou o mercado de que trouxe de volta Luiz Fernando Furlan, que passa a ocupar a presidência do Conselho de Administração.
Fonte: DCI

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Lojas Renner desiste de comprar sua rival Leader


colaboração para a Folha de S.Paulo
A Lojas Renner anunciou ontem a suspensão do processo de negociação de compra da rede de varejo Leader como conseqüência da crise financeira internacional.
Por meio de comunicado enviado ontem à noite ao mercado, a empresa de varejo alega "relevante alteração no cenário econômico-financeiro brasileiro e mundial verificada nas últimas semanas" para justificar o encerramento do negócio com a Leader.
Veja a lista de medidas já anunciadas no Brasil para combater a criseEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA
De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada em caráter amigável e não implica multa por descumprimento de contrato.
A empresa afirmou ainda que os acordos anteriormente celebrados com o Bradesco, que seria acionista da Leader Administradora de Cartões de Crédito, foram igualmente cancelados sem que haja "quaisquer ônus ou encargos para ambas as partes".
O anúncio da aquisição da Leader ocorreu em setembro passado, mas sofreu um adiamento neste mês por conta do agravamento da crise. O negócio envolveria R$ 744 milhões, considerando-se ações e dívida da companhia.
Nas últimas semanas, em função das turbulências nos mercados e da queda nos preços das ações de empresas do setor de varejo, o valor da operação de compra acabou por se tornar muito elevado.

Dona da Brastemp cortará 5.000 empregos nos EUA até final de 2009


da France Presse, em Washington
A fabricante de eletrodomésticos norte-americana Whirlpool --dona, entre outras, das marcas Brastemp e Consul-- anunciou nesta terça-feira que cortará 5.000 postos de trabalho nos EUA até o final de 2009 devido a uma clara desaceleração da demanda para seus produtos na América do Norte e na Europa.
"Constatamos uma forte queda da demanda no terceiro trimestre na América do Norte e na Europa, e realmente não prevemos uma melhora a curto prazo", declarou em um comunicado o presidente da Whirlpool, Jeff Fettig.
Leia a cobertura completa da crise nos EUAEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUAVeja os países e instituições financeiras afetados diretamente pela crise
Fetting considerou que a crise mundial dos mercados de crédito "teve um impacto profundamente negativo sobre uma economia mundial já debilitada e muito frágil."
"A queda dos preços no setor imobiliário, o aumento do desemprego e os índices de confiança dos consumidores muito baixos provavelmente prolongarão este ambiente negativo para a demanda, pelo menos até meados de 2009", acrescentou.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Promover experiência. Este é o recado

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br
Parafraseando Vinicius de Moraes, desculpe-me todas as outras ações de Marketing, mas promover Experiência é fundamental. Nenhum dos 14 palestrantes que passaram pelo IV Seminário Marketing 360º deixou de falar sobre como as marcas devem conquistar seus clientes através de momentos únicos.
A crise financeira mundial também foi bem citada por todos. Ninguém, porém, está com medo dela. Nenhuma empresa fará menos investimento para 2009. Somente alguns setores serão mais afetados e, na média, manteremos o mercado aquecido. Em alguns segmentos, menos, mas em geral, a hora é de continuar trabalhando.
As novas fronteiras do Marketing, apontadas por Paulo Giovanni, da Mix Brand Experience e Pop Trade, situou a todos que a comunicação tradicional está perdendo espaço para novas formas e meios de se comunicar a cada dia. Fenômenos na internet podem ajudar ou atrapalhar as marcas. Ganhar espaço no ponto-de-venda nunca foi tão importante.

domingo, 19 de outubro de 2008

Virada do ano

Vários hotéis de Natal já lançaram a programação do reveillón. No hotel Imirá terá dois ambientes. Ao preço de R$ 250,00 por pessoa, o hóspede ou visitante ainda terá a opção de poder passar a virada de ano à beira da piscina, no espaço de eventos Cenarium Plaza, ou na Cervejaria Via Continental, anexo ao hotel.

Shopping

O grupo canadense Ivanhoe Cambridge elevou de 20% para 50% a sua participação no capital da Ancar, que possui atualmente em seu portfólio 15 shopping centers no Brasil, inclusive o Natal Shopping e está entre as maiores empresas do setor no país. A capitalização permitirá que a companhia, que é controlada e administrada pela família Carvalho, do Rio de Janeiro, realize novos investimentos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quem é e como vender para o novo consumidor

Por Bruno Mello
Da elaboração de um produto até a chegada dele nas prateleiras, todas as estratégias devem ser bem arquitetadas para conquistar o novo consumidor. De acordo com a TNS InterScience e com a Data Popular, consultorias que estudam o comportamento dos consumidores ao redor do mundo, quem compra hoje não adquire somente os atributos e benefícios de um produto, compra o acesso a ele e a sensação passada pela marca.A parcela da população que tem o maior poder de compra não está mais pautada por aspectos racionais, pois está saturada de metas e resultados a alcançar. Esse consumidor vive a Onda Humana, preocupado em satisfazer seus sentimentos. Já os consumidores de baixa renda, que representam a 77% da população e nada menos do que 71% do que se consumo no país, aspira ao acesso aos bens de consumo.Neste cenário, tratar o cliente de alto padrão como uma pessoa, e não como um consumidor, pode fazer a diferença. “São pessoas que buscam ser feliz e que a felicidade não é alcançada só com resultados e com ganho material”, aponta Karina Milaré, diretora de planejamento para consumo e varejo da TNS InterScience, em entrevista ao Mundo do Marketing.O caminho para conquistar esse cliente é através de experiências. “A marca deve carregar emoções e chegar no emocional do seu público alvo”, diz Karina. “As sensações que o produto carrega devem preencher as necessidades emocionais dessas pessoas, que estão carentes”, afirma a executiva.Aqui você podePara o público de menor poder aquisitivo, mas que no conjunto tem grande participação no mercado, o diálogo com a marca também é importante. As imposições de promoções podem afastá-lo das marcas e, para este segmento, o que importa é o acesso ao produto.Esta é a estratégia de sucesso das Casas Bahia, focada no parcelamento a perder de vista de seu estoque. “Quando eles dizem ‘aqui você pode’ e ‘dedicação total a você’, mostrando o valor da parcela do produto, atingem em cheio o cliente que procura satisfação, mas que não tem acesso por outras formas”, relata Renato Meirelles, diretor da Data Popular.Com o mapa do mercado se desenhando cada vez a partir das necessidades das classes C, D e E, as empresas que conhecerem este perfil de cliente melhor do que o seu concorrente terá uma vantagem competitiva. “A única forma de conhecer o consumidor é ter um relacionamento com ele diariamente”, adverte Meirelles, que impõe um desafio aos profissionais de marketing na hora de desenvolver um produto. “Todos devem sair de trás da tela de computador e entrar na pele do consumidor, vestir a camisa do consumidor”, conclui em entrevista ao Mundo do Marketing.

Wal-Mart aposta em mini lojas


De olho naqueles clientes que estão fartos de supermercados gigantes e pouco aconchegantes, o Wal-Mart está abrindo sua sexta mini loja no Estado do Arizona e vai abrir mais cinco na Califórnia. Enquanto a Fresh & Easy, da Tesco, já abriu centenas dessas lojas, com um investimento aproximado de 2.5 bilhões de dólares.

Postado por Delyse Braun, Direto dos EUA - 16/10/2008

Gillete: declínio de um exemplo de Marketing?


Nas minhas aulas a Gillette sempre foi o meu maior exemplo de marketing bem executado. Líder absoluta de mercado por décadas, sempre se auto-atacou para se renovar, e sempre conseguiu. Foram altíssimos investimentos que deram resultados para a empresa. Mas meu faro diz que depois que a Procter & Gamble a comprou as coisas têm mudado para pior. Enquanto deixo minhas barbas de molho, continuarei observando a história deles e, talvez tenha que trocar de exemplo nas aulas futuras.

Postado por Edson Zogbi, Direto da Europa - 16/10/2008

Tendências do comportamento de empresas e consumidores

Por Thiago Terra
thiago@mundodomarketing.com.br
A segunda palestra do Seminário Marketing 360º, que acontece em São Paulo hoje e manhã, foi ministrada por Beth Furtado, Diretora de Planejamento da QG Propaganda e autora do livro “Desejos Contemporâneos”. O objetivo de Beth foi trazer para os profissionais da área de Marketing presentes no evento inspirações e novas idéias. A apresentação foi baseada no livro, como o princípio que norteia a idéia de que os produtos não estão se tornando melhores, mas sim diferentes. Desta forma, segundo ela, percebe-se que o Marketing é, em sua essência, uma disciplina voltada para as pessoas.
A constante mutação da sociedade sob diversos aspectos faz com que o departamento de Marketing das empresas muitas vezes não perceba a necessidade do consumidor. “Acontecem diversas mudanças que nós não percebemos porque elas não acontecem de forma escandalosa. De repente, quando vimos, já aconteceu”, conta Beth.
Mudanças e paradoxosO livro mostra as mudanças mais perceptivas sobre a população brasileira, como a diminuição do número de pessoas que compõem uma família, já que as que moram sozinhas hoje chegam a 6 milhões, ou 11% dos lares brasileiros. A população com mais de 60 anos pulou de 2,6 milhões em 1950 para 19 milhões no ano 2000.
“Hoje vivemos mais e melhor, temos maior poder de compra e alternativas de bens e serviços. Os costumes estão mudando de forma acelerada assim como as pessoas”, afirma a Diretora de Planejamento da QG Propaganda. De acordo com ela, o mundo vive paradoxos contemporâneos. “Nesta realidade vemos países como EUA pedindo dinheiro para a Rússia, por exemplo, por causa da crise econômica”, compara.
A época liquida - como define Beth - em que vivemos tem como característica ser efêmera e transitória, já que se transformam de acordo com a variável presente na realidade das pessoas. “Antes os casamentos duravam a vida toda e as pessoas trabalhavam na mesma empresa por muitos anos e isso era motivo de orgulho”, aponta.
Segundo Beth, a sociedade convive diariamente com paradoxos. Um deles é a busca por esportes radicais hoje e serenidade no dia seguinte. “Somos confusos. Buscamos proteção e temos medo um dia, mas no outro procuramos a conexão com outras pessoas. Assim como a valorização do preço baixo versus os empréstimos cada vez mais comuns”, diz.
Transitoriedade, novidades e tendênciasA realidade atual aponta para a necessidade dos consumidores de ter transitoriedade. Uma vez com um produto adquirido, o consumidor já procura outro e a obsolência acontece no ato da compra. Por isso, diz Beth, há tantas empresas especializadas em aluguel de bolsas de grife, jardim, roupas, veículos, ferramentas, etc.
O consumidor predominante no mercado contemporâneo é o que procura por novidades. Estas novidades podem englobar a experiência para que o consumidor se sinta parte de um grupo desejado. “Negócios para jovens é uma oportunidade de mercado, mas a receita de sucesso é criar algo que faça as pessoas se sentirem jovens”, ensina Beth.
Outra tendência apontada pela executiva da QG propaganda é a velocidade que trazem para as pessoas o desejo de estar em movimento. “Nossas tarefas não cabem nas agendas, as demandas não cabem na semana e os sonhos não cabem nos nossos bolsos”, diz.
Além destas tendências encontradas no perfil de empresas e consumidores atualmente, Beth ressalta a inclusão, como um desejo do consumidor de fazer parte de um grupo, a invisibilidade que acontece com pessoas que se sentem desimportantes, e a inspiração como conceito de experiência de compra, conexões e perspectivas, que hoje surgem com força por conta da sociedade que busca um comportamento um pouco mais consciente através de produtos orgânicos e sustentáveis.
O evento acontece hoje e amanhã em São Paulo no hotel Blue Tree Towers Morumbi e é patrocinado pela Accentiv’, Copernicus Marketing Consulting, Datalistas, Dinamize e TNS InterScience. Esta é a quarta edição do seminário realizado pelo Mundo do Marketing e tem a organização do Grupo B2.