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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Fusão da Tenda e Gafisa pode parar na Justiça

SÃO PAULO - A negociação envolvendo a compra da construtora mineira Tenda pela então concorrente Gafisa pode resultar em ações judiciais movidas por acionistas minoritários da Tenda. Isso porque a transação entre as duas construtoras segue um formato denominado aquisição originária, que resulta na troca de controle da empresa, sem a oferta de aquisição das ações detidas pelos acionistas minoritários da Tenda. Isso, segundo especialistas ouvidos pelo DCI, fere os princípios da governança corporativa.A negociação, ainda em análise pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi anunciada no início do mês de setembro e a compra da construtora Tenda seria realizada por meio da Fit Residencial, controladora da Gafisa. A Fit injetou R$ 300 milhões nessa negociação.O advogado Gustavo Viseu, do Viseu Cunha & Oricchio Advogados, afirmou que já foi procurado por sócios minoritários da Tenda que pretendem questionar a transação. Para Viseu, o embate jurídico será inevitável se, a partir da confirmação do negócio pela CVM, for verificado prejuízo aos acionistas minoritários, por conta da diluição de sua participação acionária. Além disso, segundo o advogado, apesar de não ter havido venda de ações, a transação representa evidente troca de controle, que passará a ser detido pela Gafisa, o que daria aos acionistas minoritários o direito de venda de suas ações."A grande questão é se essa alteração implica ou não na transferência de controle. Deveria ter sido oferecido aos minoritários o direito a alienação. O acionista majoritário Henrique de Freitas Alves Pinto tem, hoje, 51% das ações [entre participações de pessoa física e jurídica com o nome dele]. Com a transação, ele ficaria com 20% e estaria livre de fazer a oferta aos acionistas", explica o advogado.Nas entrelinhasDe acordo com Viseu, a negociação infringe o direito conhecido como Tag Along, que é regra para as empresas que participam do Novo Mercado, do qual a Tenda faz parte. Trata-se de um instrumento que promove a extensão do prêmio de controle aos acionistas minoritários.Segundo a Lei das Sociedades Anônimas, quando uma empresa é vendida, os minoritários detentores de ações ordinárias têm o direito de receber por suas ações, no mínimo, 80% do valor pago aos acionistas controladores da empresa."Os minoritários teriam direito à venda no mesmo preço que o majoritário. De acordo com a Lei das S.A., no Novo Mercado esse percentual é de 100%", disse Manoel Monteiro, especialista em mercado de capitais do Viseu Cunha e Oricchio Advogados.Monteiro explica que o Novo Mercado foi criado para assegurar que as empresas participantes observem princípios de Governança Corporativa, melhorando o tratamento dado aos acionistas minoritários. Essa prática tornou o mercado de capitais atraente para o capital estrangeiro."Tag Along é uma garantia assegurada aos minoritários. O Novo Mercado foi desenvolvido com o ambiente de negócios que prima pela transparência com os minoritários, mas essa postura das construtoras foi um verdadeiro chapéu nesse grupo", completa Gustavo Viseu. No entendimento dele, se a CVM aprovar a transação, pode frear investimentos estrangeiros no País.OpçãoA Gafisa pode ter encontrado um caminho para contornar os direitos dos minoritários, mesmo em casos de empresas dentro do Novo Mercado. Se o processo da aquisição originária for viável e atrair outros, as transações fariam com que empresas trocassem de mãos sem que minoritários recebessem qualquer compensação.Gustavo Viseu afirma que, caso a negociação seja aprovada pela CVM, os minoritários poderiam mover ações pleiteando indenizações contra o sócio majoritário e ressarcimento também por conta da diluição da participação dos acionistas na empresa. "Se um entrar com a ação e ganhar, todos serão beneficiados ou podem aderir ao processo", conta.Em baixaA preocupação de sócios minoritários aumenta ao lembrar que a Tenda sofreu recentemente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por razões que vão de instabilidade financeira mundial à entrega de resultados trimestrais insatisfatórios. A Tenda já sinalizada para este caminho. Em seu site, a construtora publicou nota em agosto informando que a Companhia estava avaliando alternativas de captação de recursos. Já em 1º de setembro, em informe denominado "Integração societária das atividades de Tenda e de Fit", a construtora informou sobre as negociações com a construtora Gafisa."Após a Incorporação, a Gafisa passará a ser titular de ações representativas de 60% do capital total e votante de Tenda (...). A operação objeto deste Fato Relevante não acarretará direito de retirada para os acionistas da Tenda", diz trechos da nota.Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Gafisa informou que nenhum porta-voz da empresa está comentando sobre a negociação..marina diana

Construção nacional esbarra no caos externo

SÃO PAULO - O pânico da crise internacional começa a chegar ao Brasil pelo setor de construção civil, que agora pisa com os dois pés no freio, depois de um período fértil com recordes de lançamentos e de vendas. Prova da preocupação com a falta de crédito e o endividamento das empresas é que a Inpar reconhece ter reduzido a meta de lançamentos para 2008. A previsão era de R$ 2,5 bilhões no começo do ano, mas caiu agora para R$ 1,65 bilhão sob a justificativa de evitar endividamento.
A empresa está com o Credit Suisse fazendo a análise dos seus negócios, e fontes do setor dizem que ela será vendida. Procurada, a Inpar não quis se pronunciar sobre este assunto. Afirmou, porém, que, para 2009, reviu para baixo a previsão de lançamentos, de R$ 3 bilhões para R$ 1,85 bilhão. Além disso, outra movimentação que chocou o mercado foi a notícia das construtoras Cyrela e Agra, que informaram o cancelamento do acordo pelo qual visavam à integração de suas operações, anunciado em 23 de junho deste ano.
O ajuste faz parte de um novo cenário que se desenha no mercado de construção no Brasil, para João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Segundo ele, das 28 empresas que abriram o capital (fizeram IPO, na sigla em inglês), 23 ou 24 deverão ficar no mercado, e uma ou duas deverão ter resultados extraordinários. Outras duas ou três, porém, serão incorporadas. "Todo setor que entra no mercado de ações passa por crises. É um movimento de depuração, para os próximos 10 anos deve acontecer. Algumas vão sumir, outras, crescer muito e o mercado vai se arrumar", afirmou Crestana.
Para o presidente do Secovi-SP, devido à crise o processo de fusões no setor irá ser acelerado. As empresas fortes ficam no mercado e as que não estão, se não vierem a falir, serão incorporadas. Um exemplo é o braço imobiliário do grupo Brascan, que fechou a compra da construtora paulista Company, este ano "A primeira era exemplo de pontualidade nas entregas. A segunda estava capitalizada. Se uniram e fortaleceram-se", disse Crestana.
De acordo com o presidente do Secovi-SP, para uma empresa imobiliária dar lucro, tem-se que pensar a longo prazo, pois entre a escolha do lugar e a entrega das chaves há um intervalo de 3 a 5 anos. "Os analistas não entendem esta realidade", brinca.
Na análise de Ana Maria Castelo, consultora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Projetos, o problema no mercado de construção deve-se à ausência momentânea de crédito, mais caro agora devido à crise na América do Norte. "Isso é gerado pelo medo do mercado frente à crise americana. Todos estão se recolhendo, pela incerteza do cenário", lembra ela.
Na opinião da especialista, as obras em andamento já contam com recursos e os compromissos devem ser mantidos. "As obras em andamento já contam com recursos, pois quando as fundações se ergueram as incorporadoras já venderam boa parte dos espaços e quando se entrega uma obra se tem o retorno dos bancos e um acréscimo no caixa. O que acontece é que as empresas estão aguardando o crédito baixar, para voltar a se capitalizar", declarou.
A consultora da FGV explica que este é um movimento de precaução. Vale salientar que o setor é um mercado de longo prazo e precisa de crédito para sobreviver e o momento conjuntural é de escassez de crédito. O cenário de incerteza deve afetar as empresas no longo prazo. Ela compartilha a idéia de que a haja maior possibilidade de fusões ou até algumas empresas deixem de existir.
"O fato de as ações despencarem no pregão de hoje não quer dizer que amanhã não possam subir. Ainda não é possível saber qual será o movimento. As empresas que tiverem mais dificuldade vão se fundir, ou encolher", crê Ana.
A consultora da FGV crê que a médio e longo prazo, o cenário do Brasil continua favorável ao setor. "A economia está se saindo bem. Uma desaceleração já era desejável por causa da taxa Selic e do inchaço de demanda em alguns setores. Devido aos americanos, a desaceleração pode ser maior. É uma questão de conjuntura e tão logo cesse a crise, em 2010 deve haver um rearranjo econômico e a volta de um crescimento, mais lento. Mesmo assim é melhor que o passado recente. O problema de hoje está no curto prazo", estima ela.
Corretagem
Em 2010, devemos ter meia dúzia de empresas de capital aberto nesse mercado. A frase bombástica vem de José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), em entrevista exclusiva ao DCI. O especialista é mais um que engrossa o discurso de que o mercado deverá se readequar, havendo fusões e aquisições.
"Um exemplo foi a Construtora Tenda, vendida por 20% do que valia. Mas não tenho a visão negativa do mercado como estão se colocando. Os cancelamentos dos lançamentos são reorientações de mercado. Muitas vezes, chega a ser falta de planejamento das empresas que prospectaram mercados e viram que não fizeram os melhores negócios", explica Viana Neto.
O presidente do Creci-SP acredita que "o mutuário brasileiro consegue o dobro do dinheiro em qualquer lugar do mundo, por ser bom pagador". Para ele, o público vai continuar a buscar imóveis. "O Brasil não tem supervalorização, é um mercado sólido. O juro é predeterminado pelos bancos e estes não desrespeitam o mutuário. Estive reunido esta semana com os bancos para montarmos uma estratégia de busca de captação junto aos investidores."
Para João Crestana, presidente do Secovi-SP, que está há 30 anos no mercado, a crise internacional assusta e é incerta. "Não dá para ver o tamanho do estrago e não sabemos como o mundo e o Brasil deverão ser afetados. Mas por pelo menos 2 ou 3 anos o mercado imobiliário está seguro, pois a venda vive de Poupança e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)", afirmou.
A economia real começa a sentir os primeiros efeitos da crise financeira internacional: o setor de construção civil está pisando com os dois pés no freio. O pânico da crise internacional influenciou a Inpar, que acaba de reduzir a meta de lançamentos deste ano e de 2009 a quase metade, sob a justificativa de evitar endividamento. Para 2009, a Inpar reduziu lançamentos de R$ 3 bilhões, para R$ 1,85 bilhão. Outra movimentação que chocou o mercado foi das construtoras Cyrela e Agra, que cancelaram acordo, anunciado em junho, pelo qual integrariam suas operações.
No comércio varejista, o cenário é de alarde. As redes médias começam a adiar planos de abertura de capital e a rever investimentos. O Sonda Supermercados, que prevê faturar mais de R$ 1 bilhão este ano, freou a ida à Bolsa de Valores, programada para 2009, "por tempo indeterminado", diz Roberto Moreno, diretor.
Outra que mudou os planos é a rede mineira Bretas Supermercados, que teria R$ 120 milhões para expansão em 2009, mas "40% do valor viria de financiamento, portanto isso dependerá da disponibilidade de crédito no mercado", afirmou o presidente da rede, Estevam Duarte de Assis.
Na área de veículos, a crise financeira internacional poderá ter reflexos nas exportações, avaliou o presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, que mantém as previsões de aumento de 24,2% nas vendas internas. O otimismo do presidente Anfavea foi contrastado pelo do vice-presidente da Associação de Fábricas Argentinas de Componentes (AFAC), Fabio Rozemblum, que não se mostrou tão confiante. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, disse que a crise começa a chegar ao setor de produção de autopeças. Já para um setor como o farmacêutico, que importa mais de 80% dos insumos que utiliza, a alta do dólar é um motivo de "grande apreensão", disse o diretor presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Carlos Alexandre Geyer.
Em meio à crise, a Sadia informou o mercado de que trouxe de volta Luiz Fernando Furlan, que passa a ocupar a presidência do Conselho de Administração.
Fonte: DCI

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Lojas Renner desiste de comprar sua rival Leader


colaboração para a Folha de S.Paulo
A Lojas Renner anunciou ontem a suspensão do processo de negociação de compra da rede de varejo Leader como conseqüência da crise financeira internacional.
Por meio de comunicado enviado ontem à noite ao mercado, a empresa de varejo alega "relevante alteração no cenário econômico-financeiro brasileiro e mundial verificada nas últimas semanas" para justificar o encerramento do negócio com a Leader.
Veja a lista de medidas já anunciadas no Brasil para combater a criseEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA
De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada em caráter amigável e não implica multa por descumprimento de contrato.
A empresa afirmou ainda que os acordos anteriormente celebrados com o Bradesco, que seria acionista da Leader Administradora de Cartões de Crédito, foram igualmente cancelados sem que haja "quaisquer ônus ou encargos para ambas as partes".
O anúncio da aquisição da Leader ocorreu em setembro passado, mas sofreu um adiamento neste mês por conta do agravamento da crise. O negócio envolveria R$ 744 milhões, considerando-se ações e dívida da companhia.
Nas últimas semanas, em função das turbulências nos mercados e da queda nos preços das ações de empresas do setor de varejo, o valor da operação de compra acabou por se tornar muito elevado.

Dona da Brastemp cortará 5.000 empregos nos EUA até final de 2009


da France Presse, em Washington
A fabricante de eletrodomésticos norte-americana Whirlpool --dona, entre outras, das marcas Brastemp e Consul-- anunciou nesta terça-feira que cortará 5.000 postos de trabalho nos EUA até o final de 2009 devido a uma clara desaceleração da demanda para seus produtos na América do Norte e na Europa.
"Constatamos uma forte queda da demanda no terceiro trimestre na América do Norte e na Europa, e realmente não prevemos uma melhora a curto prazo", declarou em um comunicado o presidente da Whirlpool, Jeff Fettig.
Leia a cobertura completa da crise nos EUAEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUAVeja os países e instituições financeiras afetados diretamente pela crise
Fetting considerou que a crise mundial dos mercados de crédito "teve um impacto profundamente negativo sobre uma economia mundial já debilitada e muito frágil."
"A queda dos preços no setor imobiliário, o aumento do desemprego e os índices de confiança dos consumidores muito baixos provavelmente prolongarão este ambiente negativo para a demanda, pelo menos até meados de 2009", acrescentou.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Promover experiência. Este é o recado

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br
Parafraseando Vinicius de Moraes, desculpe-me todas as outras ações de Marketing, mas promover Experiência é fundamental. Nenhum dos 14 palestrantes que passaram pelo IV Seminário Marketing 360º deixou de falar sobre como as marcas devem conquistar seus clientes através de momentos únicos.
A crise financeira mundial também foi bem citada por todos. Ninguém, porém, está com medo dela. Nenhuma empresa fará menos investimento para 2009. Somente alguns setores serão mais afetados e, na média, manteremos o mercado aquecido. Em alguns segmentos, menos, mas em geral, a hora é de continuar trabalhando.
As novas fronteiras do Marketing, apontadas por Paulo Giovanni, da Mix Brand Experience e Pop Trade, situou a todos que a comunicação tradicional está perdendo espaço para novas formas e meios de se comunicar a cada dia. Fenômenos na internet podem ajudar ou atrapalhar as marcas. Ganhar espaço no ponto-de-venda nunca foi tão importante.

domingo, 19 de outubro de 2008

Virada do ano

Vários hotéis de Natal já lançaram a programação do reveillón. No hotel Imirá terá dois ambientes. Ao preço de R$ 250,00 por pessoa, o hóspede ou visitante ainda terá a opção de poder passar a virada de ano à beira da piscina, no espaço de eventos Cenarium Plaza, ou na Cervejaria Via Continental, anexo ao hotel.

Shopping

O grupo canadense Ivanhoe Cambridge elevou de 20% para 50% a sua participação no capital da Ancar, que possui atualmente em seu portfólio 15 shopping centers no Brasil, inclusive o Natal Shopping e está entre as maiores empresas do setor no país. A capitalização permitirá que a companhia, que é controlada e administrada pela família Carvalho, do Rio de Janeiro, realize novos investimentos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quem é e como vender para o novo consumidor

Por Bruno Mello
Da elaboração de um produto até a chegada dele nas prateleiras, todas as estratégias devem ser bem arquitetadas para conquistar o novo consumidor. De acordo com a TNS InterScience e com a Data Popular, consultorias que estudam o comportamento dos consumidores ao redor do mundo, quem compra hoje não adquire somente os atributos e benefícios de um produto, compra o acesso a ele e a sensação passada pela marca.A parcela da população que tem o maior poder de compra não está mais pautada por aspectos racionais, pois está saturada de metas e resultados a alcançar. Esse consumidor vive a Onda Humana, preocupado em satisfazer seus sentimentos. Já os consumidores de baixa renda, que representam a 77% da população e nada menos do que 71% do que se consumo no país, aspira ao acesso aos bens de consumo.Neste cenário, tratar o cliente de alto padrão como uma pessoa, e não como um consumidor, pode fazer a diferença. “São pessoas que buscam ser feliz e que a felicidade não é alcançada só com resultados e com ganho material”, aponta Karina Milaré, diretora de planejamento para consumo e varejo da TNS InterScience, em entrevista ao Mundo do Marketing.O caminho para conquistar esse cliente é através de experiências. “A marca deve carregar emoções e chegar no emocional do seu público alvo”, diz Karina. “As sensações que o produto carrega devem preencher as necessidades emocionais dessas pessoas, que estão carentes”, afirma a executiva.Aqui você podePara o público de menor poder aquisitivo, mas que no conjunto tem grande participação no mercado, o diálogo com a marca também é importante. As imposições de promoções podem afastá-lo das marcas e, para este segmento, o que importa é o acesso ao produto.Esta é a estratégia de sucesso das Casas Bahia, focada no parcelamento a perder de vista de seu estoque. “Quando eles dizem ‘aqui você pode’ e ‘dedicação total a você’, mostrando o valor da parcela do produto, atingem em cheio o cliente que procura satisfação, mas que não tem acesso por outras formas”, relata Renato Meirelles, diretor da Data Popular.Com o mapa do mercado se desenhando cada vez a partir das necessidades das classes C, D e E, as empresas que conhecerem este perfil de cliente melhor do que o seu concorrente terá uma vantagem competitiva. “A única forma de conhecer o consumidor é ter um relacionamento com ele diariamente”, adverte Meirelles, que impõe um desafio aos profissionais de marketing na hora de desenvolver um produto. “Todos devem sair de trás da tela de computador e entrar na pele do consumidor, vestir a camisa do consumidor”, conclui em entrevista ao Mundo do Marketing.

Wal-Mart aposta em mini lojas


De olho naqueles clientes que estão fartos de supermercados gigantes e pouco aconchegantes, o Wal-Mart está abrindo sua sexta mini loja no Estado do Arizona e vai abrir mais cinco na Califórnia. Enquanto a Fresh & Easy, da Tesco, já abriu centenas dessas lojas, com um investimento aproximado de 2.5 bilhões de dólares.

Postado por Delyse Braun, Direto dos EUA - 16/10/2008

Gillete: declínio de um exemplo de Marketing?


Nas minhas aulas a Gillette sempre foi o meu maior exemplo de marketing bem executado. Líder absoluta de mercado por décadas, sempre se auto-atacou para se renovar, e sempre conseguiu. Foram altíssimos investimentos que deram resultados para a empresa. Mas meu faro diz que depois que a Procter & Gamble a comprou as coisas têm mudado para pior. Enquanto deixo minhas barbas de molho, continuarei observando a história deles e, talvez tenha que trocar de exemplo nas aulas futuras.

Postado por Edson Zogbi, Direto da Europa - 16/10/2008

Tendências do comportamento de empresas e consumidores

Por Thiago Terra
thiago@mundodomarketing.com.br
A segunda palestra do Seminário Marketing 360º, que acontece em São Paulo hoje e manhã, foi ministrada por Beth Furtado, Diretora de Planejamento da QG Propaganda e autora do livro “Desejos Contemporâneos”. O objetivo de Beth foi trazer para os profissionais da área de Marketing presentes no evento inspirações e novas idéias. A apresentação foi baseada no livro, como o princípio que norteia a idéia de que os produtos não estão se tornando melhores, mas sim diferentes. Desta forma, segundo ela, percebe-se que o Marketing é, em sua essência, uma disciplina voltada para as pessoas.
A constante mutação da sociedade sob diversos aspectos faz com que o departamento de Marketing das empresas muitas vezes não perceba a necessidade do consumidor. “Acontecem diversas mudanças que nós não percebemos porque elas não acontecem de forma escandalosa. De repente, quando vimos, já aconteceu”, conta Beth.
Mudanças e paradoxosO livro mostra as mudanças mais perceptivas sobre a população brasileira, como a diminuição do número de pessoas que compõem uma família, já que as que moram sozinhas hoje chegam a 6 milhões, ou 11% dos lares brasileiros. A população com mais de 60 anos pulou de 2,6 milhões em 1950 para 19 milhões no ano 2000.
“Hoje vivemos mais e melhor, temos maior poder de compra e alternativas de bens e serviços. Os costumes estão mudando de forma acelerada assim como as pessoas”, afirma a Diretora de Planejamento da QG Propaganda. De acordo com ela, o mundo vive paradoxos contemporâneos. “Nesta realidade vemos países como EUA pedindo dinheiro para a Rússia, por exemplo, por causa da crise econômica”, compara.
A época liquida - como define Beth - em que vivemos tem como característica ser efêmera e transitória, já que se transformam de acordo com a variável presente na realidade das pessoas. “Antes os casamentos duravam a vida toda e as pessoas trabalhavam na mesma empresa por muitos anos e isso era motivo de orgulho”, aponta.
Segundo Beth, a sociedade convive diariamente com paradoxos. Um deles é a busca por esportes radicais hoje e serenidade no dia seguinte. “Somos confusos. Buscamos proteção e temos medo um dia, mas no outro procuramos a conexão com outras pessoas. Assim como a valorização do preço baixo versus os empréstimos cada vez mais comuns”, diz.
Transitoriedade, novidades e tendênciasA realidade atual aponta para a necessidade dos consumidores de ter transitoriedade. Uma vez com um produto adquirido, o consumidor já procura outro e a obsolência acontece no ato da compra. Por isso, diz Beth, há tantas empresas especializadas em aluguel de bolsas de grife, jardim, roupas, veículos, ferramentas, etc.
O consumidor predominante no mercado contemporâneo é o que procura por novidades. Estas novidades podem englobar a experiência para que o consumidor se sinta parte de um grupo desejado. “Negócios para jovens é uma oportunidade de mercado, mas a receita de sucesso é criar algo que faça as pessoas se sentirem jovens”, ensina Beth.
Outra tendência apontada pela executiva da QG propaganda é a velocidade que trazem para as pessoas o desejo de estar em movimento. “Nossas tarefas não cabem nas agendas, as demandas não cabem na semana e os sonhos não cabem nos nossos bolsos”, diz.
Além destas tendências encontradas no perfil de empresas e consumidores atualmente, Beth ressalta a inclusão, como um desejo do consumidor de fazer parte de um grupo, a invisibilidade que acontece com pessoas que se sentem desimportantes, e a inspiração como conceito de experiência de compra, conexões e perspectivas, que hoje surgem com força por conta da sociedade que busca um comportamento um pouco mais consciente através de produtos orgânicos e sustentáveis.
O evento acontece hoje e amanhã em São Paulo no hotel Blue Tree Towers Morumbi e é patrocinado pela Accentiv’, Copernicus Marketing Consulting, Datalistas, Dinamize e TNS InterScience. Esta é a quarta edição do seminário realizado pelo Mundo do Marketing e tem a organização do Grupo B2.

Atraso em pagamentos aumenta em setembro

São Paulo - O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Física apontou aumento de 7,6% na inadimplência dos consumidores de janeiro a setembro de 2008, em comparação com o mesmo período de 2007. O levantamento da Serasa, uma empresa do grupo Experian, revela que é a maior alta registrada no ano, desde o crescimento de 7,5% observado no 1º bimestre de 2008.O indicador mostra ainda que a inadimplência das pessoas físicas apresentou evolução de 15,4% em setembro de 2008, comparando-se com o mesmo mês de 2007. Já na variação mensal, setembro de 2008 sobre agosto último, o crescimento registrado foi de 1,2%.O ranking de representatividade da inadimplência dos consumidores, de janeiro a setembro de 2008, foi liderado pelas dívidas com os bancos, que registraram 43,2% de participação no indicador. Até setembro de 2007, este percentual foi de 39,1%.Em seguida, com peso de 32,9% de janeiro a setembro deste ano, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras. No mesmo período de 2007, as pendências com cartões de crédito e financeiras registraram 30,6% de participação na inadimplência.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Marcas precisam ganhar confiança dos consumidores, diz pesquisa


Por Thiago Terra


thiago@mundodomarketing.com.br
O Mundo do Marketing já noticiou diversas vezes que a classe C no Brasil atualmente é a maioria da população e que o consumo deste público está – ou estava até a grave crise internacional se instalar no mercado mundial – aumentando gradativamente. Isto já não é novidade, e sim um fato.
Após algumas pesquisas sobre o comportamento deste público, a Troiano Consultoria de Marca desenvolveu em parceria com o Ibope Inteligência um estudo para entender quais as marcas que estão presentes e influenciam na vida destes consumidores brasileiros com menor poder aquisitivo.
O estudo mostra que para o consumidor da classe C é importante confiar em uma marca porque assim ele não corre o risco de errar na compra, evitando o desperdício de verba. Apesar de apenas 3% das marcas estudadas estabelecerem alguma relação com o público, a pesquisa diz que a comunicação ainda tem grande papel na conquista da confiança das pessoas.
Requisitos para qualquer públicoA melhoria na renda de consumidores da classe C fez com que este público projetasse novos horizontes. Marcas que antes eram sonhos de consumo passaram a fazer parte da lista de compras das classes menos ricas. “Essas marcas traduzem o processo aspiracional deste público e os transportam do mundo de hoje para o que ele projeta”, explica Cecília Troiano, sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca e Coordenadora da Pesquisa O Consumo Popular e as Marcas: Construindo Confiança para Gerar Valor.
Os produtos de maior qualidade oferecem segurança na hora da compra e, para este público, apresenta até personalidade própria e faz com que eles projetem uma visão otimista do futuro. “Estas marcas ajudam a vida destas pessoas porque conferem uma identidade para eles. Quando vão ao McDonald’s ou compram um biscoito que um grupo de referência consome, ele se vê dentro deste grupo também”, diz Cecília em entrevista ao Mundo do Marketing.
Esta característica não é exclusividade da classe mais numerosa do Brasil. De acordo com Marcelo Coutinho, Diretor de Análise de Mercado do Ibope Inteligência, isto acontece em todas as classes sociais. “Ajuda na auto-estima do consumidor quando ele usa uma marca valorizada e salienta um aspecto de status dentro do grupo em que ele está inserido e vale para todas as classes sociais. Uma marca de qualidade transforma-se numa espécie de ‘fiadora’ da compra”, compara.
Confiança em baixa não tira otimismoSegundo dados da pesquisa, das 64 marcas analisadas, apenas quatro delas - ou 3% - foram citadas como confiáveis por manter alguma relação com o consumidor. Este número reflete a estratégia de empresas baseadas em informações ultrapassadas. “As empresas ainda falam com o consumidor dos anos 1970 e 1980, que não tinham muito acesso à informação. Hoje o consumidor é muito mais antenado do que naquela época”, acredita Coutinho.
Outro fator que contribuiu para o baixo índice de marcas confiáveis para a classe C é a qualidade abaixo das expectativas do consumidor. “Além das empresas sempre focarem sua ótica na classe AB, existem deslizes ao tentar transferir isso para a classe CD. Para esse público a lógica está baseada sempre no preço, com produto de qualidade aquém do mínimo exigido destas pessoas. O crescimento deste setor fará com que as empresas tenham olhar mais diferenciado para esta classe”, aponta Cecília.
Apesar do resultado da pesquisa não ser animador, é possível reverter esta realidade. “Há uma tendência para a classe C - que passou a ser maioria no Brasil - já que este público teve acesso a bens e serviços que não tinham antes, e isto não tem volta porque eles vão comprá-los novamente”, analisa o Diretor de Análise de Mercado do Ibope Inteligência em entrevista ao site.
Comunicação certa, no lugar certoA pesquisa também apresentou um dado sobre a comunicação das empresas com este consumidor, que diz que ela é decisiva para a escolha de uma marca. Com isso, a missão mais complicada é adotar a melhor forma de desenvolver a comunicação correta. “As marcas de confiança são as que investem em comunicação e sempre têm uma história nova para contar seja através da embalagem ou da promoção. O que importa é seduzir e estar próximo destas pessoas”, avalia Cecília.
Qualidade e comunicação são alguns dos pontos principais que uma marca precisa ressaltar para o consumidor da classe C, na opinião de Marcelo Coutinho. “As empresas terão que pensar em novas maneiras para inserir este público em suas estratégias através de outros critérios de comunicação. É preciso que as marcas entendam este novo universo produtivo e se incorporem a ele”, ensina Marcelo Coutinho, do Ibope.
Além da comunicação, outro fator fundamental para agregar confiança a uma marca é a sua distribuição. Chegou a hora das grandes marcas do varejo irem atrás destes consumidores. “Ou as marcas estão nos mercadinhos ou a chance de relacionamento se esgota. É necessário criar canais de distribuição para chegar até o público”, conta a sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca.
Talvez agora seja o momento em que as empresas comecem a se preocupar em identificar o seu público através de sua comunicação. Esta realidade se concretiza a cada dia com o surgimento de agências especializadas em comunicação para as classes C e D. “Estes consumidores precisam de produtos, assim como uma comunicação que tenha a cara deles. Às vezes é preciso fazer a comunicação para esta classe”, completa a executiva.Mundo do Marketing: Publicado em 10/10/2008


Mais luxuoso de Natal

A construtora Hazbun inicia a construção do prédio mais luxuoso de Natal, o residencial Issa Hazbun. erguido no terreno da avenida Getúlio Vargas, ao lado do Hospital Onofre Lopes. O projeto arquitetônico leva a assinatura de Augusto Reynaldo, arquiteto pernambucano e da natalense Olga Portela. São 33 apartamentos com 480 metros quadrados cada, e uma cobertura duplex com 950 metros quadrados.

Confiança e crédito recuperados

Se o mercado estava sofrendo pela falta de confiança e de crédito, pronto, os seus problemas acabaram. As bolsas asiáticas fecham em forte alta, com a de Tóquio subindo 14%. A Bovespa operou com forte alta pelo 2º dia consecutivo, na esteira dos mercados mundiais, com o otimismo com o pacote americano e europeu para salvar os bancos. Enquanto isso, o dólar continua caindo. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos afirmou que o governo americano vai destinar US$ 250 bilhões para comprar ações preferenciais de bancos atingidos pela crise, um alívio a mais.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Entenda a crise financeira que atinge a economia dos EUA

A crise no mercado hipotecário dos EUA é uma decorrência da crise imobiliária pela qual passa o país, e deu origem, por sua vez, a uma crise mais ampla, no mercado de crédito de modo geral. O principal segmento afetado, que deu origem ao atual estado de coisas, foi o de hipotecas chamadas de "subprime", que embutem um risco maior de inadimplência.
O mercado imobiliário americano passou por uma fase de expansão acelerada logo depois da crise das empresas "pontocom", em 2001. Os juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano) vieram caindo para que a economia se recuperasse, e o setor imobiliário se aproveitou desse momento de juros baixos. A demanda por imóveis cresceu, devido às taxas baixas de juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas. Em 2003, por exemplo, os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano.
Em 2005, o "boom" no mercado imobiliário já estava avançado; comprar uma casa (ou mais de uma) tornou-se um bom negócio, na expectativa de que a valorização dos imóveis fizesse da nova compra um investimento. Também cresceu a procura por novas hipotecas, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e, também, gastar (mais).
As empresas financeiras especializadas no mercado imobiliário, para aproveitar o bom momento do mercado, passaram a atender o segmento "subprime". O cliente "subprime" é um cliente de renda muito baixa, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda. Esse empréstimo tem, assim, uma qualidade mais baixa --ou seja, cujo risco de não ser pago é maior, mas oferece uma taxa de retorno mais alta, a fim de compensar esse risco.
Em busca de rendimentos maiores, gestores de fundos e bancos compram esses títulos "subprime" das instituições que fizeram o primeiro empréstimo e permitem que uma nova quantia em dinheiro seja emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago. Também interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos.
Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito).
Após atingir um pico em 2006, os preços dos imóveis, no entanto, passaram a cair: os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com isso, a oferta começa a superar a demanda e desde então o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.
Com os juros altos, o que se temia veio a acontecer: a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta --com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.
No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, por isso o pessimismo influencia os mercados globais.
Foi esse o efeito visto em setembro do ano passado, quando o BNP Paribas Investment Partners --divisão do banco francês BNP Paribas-- congelou cerca de 2 bilhões de euros dos fundos Parvest Dynamic ABS, o BNP Paribas ABS Euribor e o BNP Paribas ABS Eonia, citando preocupações sobre o setor de crédito "subprime" (de maior risco) nos EUA. Segundo o banco, os três fundos tiveram suas negociações suspensas por não ser possível avaliá-los com precisão, devido aos problemas no mercado "subprime" americano.
Depois dessa medida, o mercado imobiliário passou a reagir em pânico e algumas das principais empresas de financiamento imobiliário passaram a sofrer os efeitos da retração; a American Home Mortgage (AHM), uma das 10 maiores empresa do setor de crédito imobiliário e hipotecas dos EUA, pediu concordata. Outra das principais empresas do setor, a Countrywide Financial, registrou prejuízos decorrentes da crise e foi comprada pelo Bank of America.
Bancos
Bancos como Citigroup, UBS e Bear Stearns tiveram prejuízos bilionários decorrentes da crise. Na semana que passou, uma nova onda de abalos afetou Wall Street.
O banco de investimentos Lehman Brothers não recebeu ajuda do governo, como a que foi destinada às duas maiores empresas hipotecárias americanas, a Fannie Mae e a Freddie Mac --que no dia 7 deste mês receberam a promessa de uma ajuda de até US$ 200 bilhões do Departamento do Tesouro.
As duas hipótecárias possuem quase a metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA; no segundo trimestre, registraram prejuízos de US$ 2,3 bilhões (Fannie Mae) e de US$ 821 milhões (Freddie Mac).
Já o Lehman vinha procurando uma fonte de crédito para poder honrar seus compromissos, mas não teve sucesso. O banco chegou a procurar outras instituições interessadas em adquirir uma participação e o KDB (Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul, na sigla em inglês) até se interessou em negociar a princípio, mas a negociação terminou sem acordo. Sem alternativa, o banco entregou à Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York um pedido de concordata.
O Merrill Lynch foi vendido ao Bank of America para não ter o mesmo destino. A seguradora americana AIG foi outra que quase quebrou, mas foi salva por um empréstimo de US$ 85 bilhões do Fed, em troca do controle da empresa. Acionistas da AIG, no entanto, tentam evitar transferir o controle.
Combate
O governo agiu no início do ano com a aprovação de um pacote de de US$ 168 bilhões de estímulo, que incluiu o envio de cheques de restituição de impostos a milhões de norte-americanos. O temor era de que o país pudesse cair em recessão.
Desde então, a ajuda do governo se tornou mais freqüente. Em março deste ano, o banco Bear Stearnms, também afetado pelas perdas com papéis ligados a hipotecas de risco, teve de ser vendido, e o Fed ajudou a financiar a operação de compra efetuada pelo JP Morgan.
Seis dos principais bancos centrais do mundo também tomaram a iniciativa de se juntar para oferecer liquidez ao sistema financeiro e evitar que os mercados de crédito ficassem paralisados.
O passo mais recente na série de medidas do governo dos EUA foi um pacote de até US$ 700 bilhões para comprar títulos hipotecários de risco, enxugando esses papéis de risco do mercado. A decisão de elaborar o pacote foi decidida na quinta-feira (18). O presidente Bush se manifestou a favor da medida: "É um pacote grande porque se trata de um problema grande", afirmou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a crise nos EUA
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terça-feira, 7 de outubro de 2008

População brasileira pára de crescer em 2030, aponta Ipea


O número de filhos que, em média, cada mulher brasileira tinha em 2007 é insuficiente para repor a atual população brasileira. Isso quer dizer que daqui a 22 anos a população brasileira irá parar de crescer e, consequentemente, começar a diminuir. Essa tendência é apontada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão federal vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a partir da análise dos dados demográficos e de gênero da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios de 2007 (Pnad).

Kaiser homenageia festas alemãs no sul do país


A FEMSA Cerveja Brasil lança latas temáticas de Kaiser para celebrar as festas alemãs que ocorrem em Santa Catarina nesta época do ano. Na embalagem o consumidor poderá perceber a imagem de pessoas vestidas a caráter com trajes alemães nas cores da bandeira daquele país. A lata temática será distribuída em Chapecó, Florianópolis e Blumenau.
Postado por Thiago Terra - 7/10/2008 - 15:33

Crise mundial acende luz amarela no Marketing


Por Bruno Mello

bruno@mundodomarketing.com.br
A crise financeira que está abalando a economia norte-americana não poderia ter chagado em pior hora na Europa e no Brasil. Isso porque é nestes três últimos meses que grande parte das empresas concentra o planejamento de Marketing para o próximo ano.
E se este período já chegou a se arrastar até março em alguns casos sem nenhuma crise com proporções iguais a esta, é de se esperar que pouco se concluirá para o cenário 2009 diante de tantas indefinições.
Se o consumo no Brasil cresce em ritmo acelerado nos últimos anos, e por conseqüência, houve incentivo e demanda de novos bens e serviços, é porque há um real crescimento no poder de compra da população em geral, sim, em virtude do bom momento econômico brasileiro, mas boa parte deste fôlego se deve a fatura de crédito.
Previsão de menos verba e créditoCom a evaporação do dinheiro mundial, o crédito ficará mais caro e até escasso para bancar novos investimentos. Sem verba, o Marketing é um dos primeiros departamentos a serem visitados com a tesoura na mão. E quando se fala em Marketing, de acordo com uma visão que o Mundo do Marketing entende, está envolvida toda a estrutura da empresa: produto, pessoas, clientes, stakeholders, tudo.
Neste momento em que os lucros das multinacionais instaladas aqui estão sendo drenados com mais intensidade para suas sedes para estancar os prejuízos, as ações de Marketing terão que se reinventar ainda mais.
Este período de planejamento que estará sendo desenvolvido com a sobra da crise precisa ser ainda mais assertivo do que em outras épocas. É um desafio a mais para quem está de um lado do balcão e um frio na barriga ainda maior de quem depende das fartas verbas de Marketing.
Dúvidas sobre o investimento em MarketingCom os grandes investimentos em promoções, publicidade, trade marketing e criação de novos produtos concentrados em grandes empresas, pode se esperar uma diminuição no volume de produtos derivados destas estratégias que estão sendo traçadas. Quem tem previsões otimistas para 2009 talvez se decepcione. Isso sem contar que será um ano sem Olimpíadas nem Copa do Mundo.
Por mais que a crise tenha acendido o sinal de atenção dentro do Marketing, especialistas do mercado financeiro acreditam que, como a crise atingiu o seu auge em setembro, a fase daqui a dois, três meses, será de retomada. E aí já estamos no fim do ano. A pergunta que você pode ser fazer é: arriscar agora ou esperar e perder tempo?
A resposta vai depender de caso em caso, mas uma coisa é certa e preocupante: “As empresas estão muito mais preocupadas com o fim do mês do que com o fim do mundo”. Esta frase de João De Simoni, maior autoridade no Brasil em Marketing Promocional, faz cada vez mais sentido.

Parte dos consumidores não acredita no posicionamento “verde” das empresas


Por Thiago Terra

thiago@mundodomarketing.com.br
A preocupação com o meio ambiente faz com que empresas e consumidores comecem a pensar no seu papel quanto a preservação do planeta. Porém, até que ponto as empresas e os consumidores estão realmente engajados neste assunto e fazem – de fato – algo em benefício da questão verde?
Um estudo feito pela TNS InterScience mostra que a América Latina é o continente que mais ajuda a questão ambiental do planeta. A pesquisa Our Green World mostra que 69% dos consumidores da parte sul do continente americano se esforçam para buscar informações sobre o tema. Europa, Estados Unidos e Ásia apresentam 37, 36 e 29% respectivamente.
Porém, o otimismo dos latino-americanos não é dos melhores, já que 46% acreditam que a condição do planeta é crítica. O mesmo não se pode dizer dos profissionais de Marketing. Para eles, usar esta estrutura de segmentação é uma oportunidade para desenvolver bens e serviços que atinjam o público, mesmo sabendo que a pesquisa mostra quatro diferentes tipos de consumidores. Neste caso, é necessário entender que abordagem aplicar para cada um deles, determinar as necessidades “verdes” que podem satisfazê-los e planejar a atitude correta a ser tomada pela empresa.
Brasileiros querem mais responsabilidadeA pesquisa revela que, para o brasileiro, algumas empresas poderiam se envolver mais em ações de responsabilidade social. Em primeiro lugar está o setor automotivo, com 51%, seguido de perto pelos eletro-eletrônicos, que somam 49% das opiniões.
Agir em favor do meio ambiente, porém, parece estar entre as últimas prioridades das empresas de acordo com o público. Para 44% dos entrevistados, as companhias brasileiras usam o tema como uma estratégia de Marketing visando apenas vender mais bens e serviços ou melhorar sua imagem institucional.
Diante desta realidade, as empresas atuantes no segmento estão acuadas, principalmente por saberem que 67% dos brasileiros acham que elas exploram a biodiversidade da Amazônia e, por isso, deveriam pagar taxas para o Governo.
Perfil dos consumidoresDefinidas as características mais relevantes destes consumidores, o estudo mostra a presença de diferentes nuances do “Verde”, ou variações de comportamento quando o assunto é o meio-ambiente. Os mais engajados são os que acham que agir com responsabilidade sócio-ambiental é a coisa certa a fazer e chegam a 26% dos entrevistados. Outro comportamento percebido é o que avalia o verde como uma opção de economia de bens e serviços, chegando a 23% do público brasileiro.
Como é um assunto discutido mundialmente, o conceito “green” virou moda e 25% dos entrevistados na pesquisa se encaixam num perfil que define o conceito verde como algo “cool”. Mas ainda há quem não tenha grandes preocupações com o superaquecimento do planeta ou com o derretimento dos blocos de gelo das extremidades da Terra e estes chegam ao assustador percentual de 26%.
O grupo de pessoas que acha que a coisa certa a fazer é apoiar as causas contra a destruição do planeta é composto por cidadãos conscientes, mais maduros, bem informados. “Estes consumidores pedem até para tirar seus nomes de mailings para evitar a impressão de papel e realizam a reciclagem de produtos”, diz Lucas Pestalozzi, Diretor de Planejamento da TNS InterScience em entrevista ao Mundo do Marketing.
Informação, economia e dinheiroDe acordo com a pesquisa, a informação é a melhor maneira de atingir as pessoas que acreditam que este comportamento é a saída para a poluição ambiental. “Eles estão atrás de informação e o ideal é que a mensagem tenha atributos racionais e emocionais”, explica Pestalozzi.
Já o público que prefere os produtos “verdes” por serem mais econômicos, possui uma renda não tão alta e normalmente usam transportes públicos. Este consumidor está engajado em algumas atividades verdes, como desligar o computador, por exemplo. Os que acham que a atitude verde está na moda estão ligados à marca e a questão de preservação não é prioridade, porém estão mais propensos a pagar mais caro por marcas que tem preocupações ambientais.
A maior preocupação das empresas que querem atingir as pessoas que não estão preocupadas com a poluição do planeta é justamente o fato deles não reconhecerem as relações que envolvem a responsabilidade ambiental. Desta forma torna-se mais difícil realizar qualquer ação para este público. “Talvez uma das formas de atingir estas pessoas seja oferecer experiências através de motivações financeiras”, acredita Pestalozzi.
Cuidado para não se queimarNa América Latina, a poluição da água é o fator mais preocupante para a população, com 43%. Desmatamento e poluição do ar seguem em segundo e terceiro lugares respectivamente, com 30 e 16%. Apesar do discurso afinado na comunicação, existem questionamentos sobre certas ações sócio-ambientais ou posicionamentos “verdes” das empresas.
De acordo com Pestalozzi, um dos cuidados que as empresas devem tomar ao desenvolver ações desta natureza é minimizar a vulnerabilidade. “Por mais que acreditemos em uma campanha verde, ao ver uma cena de poluição protagonizada por uma empresa, acredita-se que a idéia da marca é apenas vender a imagem. Eles esquecem que o público é formado por pessoas engajadas que buscam informações detalhadas”, destaca o Diretor de Planejamento da TNS InterScience.
Assim como os mares e o ar do planeta, o comportamento do público também deve sofrer alterações mais cedo do que pensamos. “Pode ser que em seis meses o resultado desta pesquisa seja óbvio. Temos que estar preparados para esta mudança e os profissionais de Marketing devem olhar para o futuro porque a questão verde é um tema que ainda será discutido mais para frente”, completa Pestalozzi.

Mundo do Marketing: Publicado em 7/10/2008

Concurso no RN

O novo escritório do Ipea, no Nordeste, começa a funcionar em Natal até o final do ano. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada é ligado à Presidência da República. Para funcionar a nova estrutura, o Ipea também realiza concurso nacional para seleção de 80 novos servidores, com salário inicial de R$ 10,9 mil. As inscrições estarão abertas amanhã. A seleção não é exclusiva para economistas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Crise financeira não impacta vendas na construção civil




No Brasil, um mercado desconhece a crise, pelo menos, por enquanto. Construtoras e imobiliárias comemoram as vendas e a disposição do brasileiro de comprar.
A alta de quinta-feira (25) na Bolsa de Valores de São Paulo deu o tom da expectativa do mercado em relação ao plano de Washington antes das confusões da noite. Mais uma vez, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi a voz do otimismo em meio à crise internacional. Pelo menos por enquanto, o impacto da crise externa aqui não foi percebido pelo setor de construção. Na maior feira imobiliária da América Latina, que acontece em São Paulo, o clima é de otimismo, mesmo com os sucessivos aumentos no dólar registrados nos últimos dias. Aliás, para o ministro Guido Mantega, esse ajuste no valor do dólar é até bem-vindo. Antes das negociações para a aprovação do socorro aos bancos chegarem a um impasse nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 3,98%. O dólar encerrou a quinta-feira (25) a R$ 1,82, com queda de 1,62%. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a cotação da moeda americana vem sofrendo um ajuste natural. “O que havia antes era um real excessivamente valorizado que estava atrapalhando as exportações brasileiras, porque elas ficavam mais caras. Eu acho que ele foi para um patamar mais adequado. Então, a crise tem muitas desvantagens, muitos problemas, mas tem até uma virtude”, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Enquanto os Estados Unidos e o resto do mundo buscam soluções para a crise financeira que começou no setor imobiliário americano, no Brasil esse mesmo setor vai de vento em popa. De acordo com os especialistas, o mercado está aquecido. A maior feira de imóveis da América Latina cresceu 40% do ano passado para cá. Eram 180 expositores e hoje já são 250. As construtoras têm mais de 30 mil ofertas de imóveis e estão otimistas com a economia brasileira. “A massa salarial esta melhorando. Isso é o que faz a pessoa comprar”, comentou o dono de uma construtora, Elbio Fernandez Mera. Para o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o setor no Brasil dificilmente entrará numa crise como a americana. “O mercado brasileiro está num ciclo totalmente diferente do ciclo americano. Nós estamos construindo nosso país, estamos começando o mercado hipotecário com muito cuidado. Aqui, o índice de dívida é pequeno. A porcentagem que a pessoa financia do preço total é muito pequeno”, compara João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Segundo Lawrence Yun, vice-presidente da maior associação de corretores de imóveis dos Estados Unidos, a estabilidade e a segurança do mercado imobiliário no Brasil podem até atrair investimentos de empresas americanas do setor. Para o consumidor brasileiro, o sonho da casa própria continua longe de virar pesadelo. A securitária Ana Claudia Arruda diz que está pronta para fechar um bom negócio. “Estou me sentindo bastante segura”, comentou. No primeiro semestre deste ano, 300 mil imóveis foram financiados com recursos da caderneta de poupança.

Possíveis efeitos


A alta do dólar deverá elevar o preço dos computadores em até 10% e poderá, também deixar a televisão, especialmente de plasma e LCD, mais cara no próximo Natal.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Acesso à web pelo iPhone cresce 25%



SÃO PAULO – O acesso à internet pelo iPhone cresceu 25% no Brasil último fim de semana, após o lançamento oficial do produto no Brasil.
Segundo a consultoria Predicta, o acesso à web pelo celular usando outros tipos de sistemas operacionais cresceu 13% no mesmo período, o que significa que o crescimento relativo do aceso via iPhone, em comparação ao restante do mercado, foi de 12%.
Leia também:
Apple vende iPhone desbloqueado em Hong Kong(29/09/2008)
iPhone paga 44% de taxas para entrar no país(26/09/2008)
Claro prevê falta do iPhone 3G no Brasil(25/09/2008)
No período de 26 a 28 de setembro, o número de acessos via iPhone foi de 22.362. Com outros sistemas operacionais pelo celular, foram 41.021 acessos.

Crise MUNDIAL

Analistas acreditam que a crise das hipotecas dos Estados Unidos vai mesmo provocar uma recessão econômica mundial. O valor dos empréstimos imobiliários chega a US$ 14 trilhões, o suficiente para levar o mundo a manter um ritmo mais lento de crescimento que se prolongará por todo o ano de 2009.

Crédito já está mais curto

Os bancos internacionais fecharam as portas para a elite da agricultura brasileira, segundo matéria publicada ontem pelo jornal Gazeta Mercantil. Os grandes produtores foram buscar dinheiro pré-aprovado e voltaram de mãos vazias ou com apenas parte do recurso. “Um terço da minha lavoura é financiada por esses bancos há cinco safras. Agora, o crédito foi negado”, lamenta Walter Horita, que cultiva soja e algodão na Bahia. Segundo ele, o mesmo aconteceu com outros agricultores, que tentam negociar de última hora com fornecedores de insumos.