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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Crise em Natal


O maior hospital público de Natal (RN), o Walfredo Gurgel, que recebe doentes de todo o Rio Grande do Norte, não tem mais onde alojar seus pacientes depois de quase um mês da crise da saúde.
Corredor lotado do hospital Walfredo Gurgel, o maior de Natal.
os corredores do hospital, do governo do Estado, viraram enfermarias para receber os pacientes, principalmente as vítimas de acidentes de trânsitos e da violência urbana, muitos dos quais precisam de cirurgias eletivas com urgências sob pena de ficarem com sequelas."Aqui está parecendo a Faixa de Gaza", disse o neurocirurgião José Luciano de Araujo, que tem 37 anos de medicina e há 20 anos atende nessa unidade hospitalar. "Nunca enfrentei uma situação como essa, onde a gente não podia nem andar, de tantas macas no chão", disse o médico, que trabalha em regime de sobreaviso, relatando como foi o último final de semana no maior hospital da capital.Segundo ele, no Corredor do Centro Cirúrgico (CRO), uma ala para receber os pacientes após as cirurgias, com capacidade para dez leitos, está com um excesso de 26 pacientes. "Não tem mais onde colocar os pacientes, todas as macas estão ocupadas. Eu queria que a governadora e as promotoras viessem aqui ver a situação. O Walfredo Gurgel vai explodir", afirmou o médico.O diretor do hospital, José Renato Machado, admite que a situação está no limite do "colapso", mas não coloca a culpa apenas na crise da saúde que Natal enfrenta desde o dia 1º. Em janeiro desse ano, quando a secretaria de Saúde do Estado não renovou os contratos com as cooperativas médicas que atendiam na rede hospitalar pública e privada. "Nesse último fim de semana, tivemos uma demanda muito maior de cirurgias, principalmente de vítimas de acidentes de trânsito, o que levou o hospital a sofrer essa situação", explicou Machado, minimizando as declarações do neurocirurgião.Segundo o diretor, o hospital tem 259 leitos, mas diante da demanda desses últimos dias está sendo obrigado a colocar os doentes e operados em macas espalhadas pelos corredores. "Temos 360 pacientes internados e faltam leitos para atender a essa demanda de doentes que estão vindo para cá diariamente. No último fim de semana, realizamos cerca de 50 cirurgias de urgências e não está havendo a transferência desse pacientes para os outros hospitais conveniados do SUS", disse ontem (27/1) o diretor.Antes da crise, outros três hospitais particulares conveniados em Natal, o Itorn, o Memorial e o Médico Cirúrgico, atendiam aos pacientes que necessitavam de cirurgias ortopédicas. Mas com a não-renovação dos contratos das cooperativas médicas, cerca de 500 médicos filiados a elas, incluindo os anestesistas, deixaram de atender nesses hospitais, sobrecarregando o hospital Walfredo Gurgel, que realiza cerca de 700 cirurgias de traumas por mês.

Por que ainda atendem mal?


Por Bruno Mello

bruno@mundodomarketing.com.br
Todo mundo reclama dos call centeres. Muitas vezes com razão. Mas o horizonte de empresas que ainda atendem mal o consumidor pessoalmente é enorme. Restaurantes, companhias áreas, lojas de todos os tipos, cinemas, livrarias, supermercados, bancos, entre muitos outros, ainda estão longe de oferecer um atendimento satisfatório.
Não importa se a venda ou a experiência de um serviço ou bem é para a classe A, B, C, D ou E. Sempre há um problema. Até mesmo no segmento do luxo, onde o atendimento impecável e surpreendente é condição sine qua non para o sucesso. Mas é na média onde estão os principais problemas de atendimento. A grande pergunta é por quê?
Existem diversas respostas e depende de cada caso. Sendo radical, se há problemas de atendimento, está tudo errado na empresa. Se num restaurante um garçom errar, ele foi mal treinado. Se a comida demorou, faltou planejamento. É aqui onde está o centro da questão: Planejamento.
O atendimento se dá tanto na pré-venda quando no pós-venda. Logo, ele é a ponta de qualquer relacionamento com o consumidor ou cliente. Mas é uma das partes do planejamento mais negligenciada. Pensa-se em todos os Ps. Preço, praça, promoção e produto. Porém, esquecem de como entregar este produto através das pessoas. Se o atendimento é ruim, o consumidor não volta. É simples e você sabe disso.
Agora, por que insistem no mal atendimento? Falta um gerenciamento melhor do Marketing. Pouco se fala das pessoas que vendem bens e serviços quando falamos de Marketing. Elas são essenciais na venda e no relacionamento com o cliente. As empresas precisam capacitá-las e envolve-las.
Se uma empresa é incapaz de conquistar os seus funcionários, não vai conquistar o cliente. Aqui está mais um sinal de erro no planejamento. A cada dia que passa parece mais e mais que as companhias estão no piloto automático. Desenham os produtos e vendem. O atendimento fica relegado a segundo plano e acaba comprometendo todo o investimento de Marketing.
Em pleno século XXI, diante de tantas revoluções, do comércio eletrônico, falar que se o cliente não for bem atendido ele vai para a concorrência soa como algo de principiante. Mas é incrível como ainda existe profissionais de marketing e donos de empresas que ainda não abriram os olhos.

Concursos públicos serão mantidos, diz ministro do Planejamento

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, garantiu nesta terça (27) a realização de concursos públicos para as áreas de educação e segurança, mesmo com o corte provisório de R$ 37,2 bilhões no Orçamento Geral da União e com o contingenciamento, que ainda não tem percentual definido, mas será feito em março.Segundo ele, nos concursos previstos para este ano, o maior número de vagas é para a área de educação - 15 mil, entre docentes e servidores técnico-administrativos. "Esses profissionais servirão nas novas universidades, nos novos campi universitários e escolas técnicas federais."Paulo Bernardo afirmou que não há nenhuma mudança de planos. "Eventualmente, podemos fazer uma mudança no cronograma, mas a decisão de manter os concursos está tomada", completou o ministro, em entrevista coletiva na qual anunciou o corte provisório no orçamento, que incidirá em R$ 22,6 bilhões sobre o custeio da máquina e em R$ 14,6 bilhões sobre os investimentos a serem feitos pelo governo.A contenção de despesas será feita, de acordo com o governo, diante da perspectiva de arrecadação menor em 2009, devido aos efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Empresas demitem 51 mil nesta segunda

Desde o agravamento da crise mundial, em julho de 2008, ao menos 300 mil demissões em todo o mundo já foram anunciadas. Destas, pelo menos 51 mil aconteceram nesta segunda-feira, entre bancos, varejistas e setor manufatureiro.Hoje, o maior corte foi anunciado pela fabricante de maquinaria pesada Caterpillar, com 20 mil demissões por causa da queda da demanda por seus produtos .
Demissões aumentam, mas bancos acalmam temores
MAIS ECONOMIA
"A crise financeira e bancária se acelerou no quarto trimestre de 2008 e teve um impacto significativo no crescimento econômico em geral, e nos setores aos quais servimos no mundo todo", informou a Caterpillar, cujos resultados são tomados frequentemente como uma referência para estudar a evolução da economia nos EUA.Veja abaixo outras demissões que foram importantes no cenário da crise financeira mundial:26 de janeiro: 8.000 demissões foram anunciadas pela operadora das telecomunicações americana Sprint Nextel; 7.000 pelo especialista americano em materiais e produtos de construção Home Depot; 7.000 pelo grupo de banco e seguro holandês ING; 6.000 pelo grupo holandês da eletrônica Philips e 3.500 pela siderúrgica anglo-holandesa Corus.No Japão, Toyota, Honda, Nissan, Mitsubishi Motors, Mazda e todos os outros construtores japoneses vão se desfazer de cerca de 25.000 assalariados, terceirizados ou com contratos temporários, em suas fábricas japonesas daqui até março, segundo dados da agência de notícias japonesa Jiji.22 de janeiro: a Sociedade nacional de minas (Sonami) do Chile anunciou que 12.000 empregos foram eliminados entre setembro e dezembro de 2008. O gigante americano da informática Microsoft anunciou a demissão de 5.000 funcionários, dos quais 1.400 imediatamente. O fabricante de material eletrônico japonês Sony decidiu acelerar o programa de demissões de 16.000 empregos anunciado em dezembro.21 de janeiro: a sueca Ericsson (telefonia móvel) anunciou a demissão de 5.000 funcionários no mundo, enquanto o grupo de mineração anglo-australiano BHP Billiton, o maior no mundo, anunciou 6.000 e seu concorrente Rio Tinto, mais de 2.300.14 de janeiro: o fabricante de equipamentos do setor das telecomunicações americano Motorola anunciou a demissão de 4.000 empregos, ou seja 17.000 desde janeiro de 2007. A Associação dos produtores e importadores de automóveis disse que 100.000 empregos do setor estavam em perigo na Romênia.8 de janeiro: o japonês TDK, de tecnologias de estocagem informática, demitiu 8.000 funcionários no exterior.6 de janeiro: o produtor americano de alumínio Alcoa anunciou a demissão de 13.500 empregados no mundo, ou seja 13% de seus efetivos.21 de dezembro: o governo sul-coreano prevê 19.000 cortes de empregos públicos.17 de dezembro: Valeo (equipamentos automotivos) cortou 5.000 empregos no mundo, dos quais 1.600 na França.11 de dezembro: o sindicato patronal da indústria farmacêutica (Leem) calculou que entre 5.000 e 6.000 demissões na França até 2010.2 de dezembro: A General Motors anunciou demissões de até 31.500 funcionários em três anos.27 de novembro: A ArcelorMittal, primeiro grupo siderúrgico mundial, previu a demissão de até 9.000 funcionários no mundo, dos quais 6.000 na Europa.18 de novembro: o gigante do setor bancário americano Citigroup anunciou 50.000 demissões.14 de novembro: o grupo de informática americano Sun Microsystems anunciou de 5.000 a 6.000 demissões.31 de outubro: A American Express demitiu 7.000 empregados, e a Whirlpool, fabricante de eletrodomésticos, 5.000.24 de outubro: o construtor de automóveis americano Chrysler anunciou o corte de 5.000 postos.22 de outubro: o grupo farmacêutico Merck previa 7.200 postos a menos daqui até 2011, dos quais 6.800 demissões.9 de outubro: A Hewlett Packard anunciou 24.600 demissões no mundo.8 de julho: A Siemens, terceira empresa alemã, anunciou o desaparecimento de 16.750 empregos, dos quais 5.250 na Alemanha.
(Com informações de AFP, BBC e Reuters)

Empresas demitem 51 mil nesta segunda

Desde o agravamento da crise mundial, em julho de 2008, ao menos 300 mil demissões em todo o mundo já foram anunciadas. Destas, pelo menos 51 mil aconteceram nesta segunda-feira, entre bancos, varejistas e setor manufatureiro.Hoje, o maior corte foi anunciado pela fabricante de maquinaria pesada Caterpillar, com 20 mil demissões por causa da queda da demanda por seus produtos .
Demissões aumentam, mas bancos acalmam temores
MAIS ECONOMIA
"A crise financeira e bancária se acelerou no quarto trimestre de 2008 e teve um impacto significativo no crescimento econômico em geral, e nos setores aos quais servimos no mundo todo", informou a Caterpillar, cujos resultados são tomados frequentemente como uma referência para estudar a evolução da economia nos EUA.Veja abaixo outras demissões que foram importantes no cenário da crise financeira mundial:26 de janeiro: 8.000 demissões foram anunciadas pela operadora das telecomunicações americana Sprint Nextel; 7.000 pelo especialista americano em materiais e produtos de construção Home Depot; 7.000 pelo grupo de banco e seguro holandês ING; 6.000 pelo grupo holandês da eletrônica Philips e 3.500 pela siderúrgica anglo-holandesa Corus.No Japão, Toyota, Honda, Nissan, Mitsubishi Motors, Mazda e todos os outros construtores japoneses vão se desfazer de cerca de 25.000 assalariados, terceirizados ou com contratos temporários, em suas fábricas japonesas daqui até março, segundo dados da agência de notícias japonesa Jiji.22 de janeiro: a Sociedade nacional de minas (Sonami) do Chile anunciou que 12.000 empregos foram eliminados entre setembro e dezembro de 2008. O gigante americano da informática Microsoft anunciou a demissão de 5.000 funcionários, dos quais 1.400 imediatamente. O fabricante de material eletrônico japonês Sony decidiu acelerar o programa de demissões de 16.000 empregos anunciado em dezembro.21 de janeiro: a sueca Ericsson (telefonia móvel) anunciou a demissão de 5.000 funcionários no mundo, enquanto o grupo de mineração anglo-australiano BHP Billiton, o maior no mundo, anunciou 6.000 e seu concorrente Rio Tinto, mais de 2.300.14 de janeiro: o fabricante de equipamentos do setor das telecomunicações americano Motorola anunciou a demissão de 4.000 empregos, ou seja 17.000 desde janeiro de 2007. A Associação dos produtores e importadores de automóveis disse que 100.000 empregos do setor estavam em perigo na Romênia.8 de janeiro: o japonês TDK, de tecnologias de estocagem informática, demitiu 8.000 funcionários no exterior.6 de janeiro: o produtor americano de alumínio Alcoa anunciou a demissão de 13.500 empregados no mundo, ou seja 13% de seus efetivos.21 de dezembro: o governo sul-coreano prevê 19.000 cortes de empregos públicos.17 de dezembro: Valeo (equipamentos automotivos) cortou 5.000 empregos no mundo, dos quais 1.600 na França.11 de dezembro: o sindicato patronal da indústria farmacêutica (Leem) calculou que entre 5.000 e 6.000 demissões na França até 2010.2 de dezembro: A General Motors anunciou demissões de até 31.500 funcionários em três anos.27 de novembro: A ArcelorMittal, primeiro grupo siderúrgico mundial, previu a demissão de até 9.000 funcionários no mundo, dos quais 6.000 na Europa.18 de novembro: o gigante do setor bancário americano Citigroup anunciou 50.000 demissões.14 de novembro: o grupo de informática americano Sun Microsystems anunciou de 5.000 a 6.000 demissões.31 de outubro: A American Express demitiu 7.000 empregados, e a Whirlpool, fabricante de eletrodomésticos, 5.000.24 de outubro: o construtor de automóveis americano Chrysler anunciou o corte de 5.000 postos.22 de outubro: o grupo farmacêutico Merck previa 7.200 postos a menos daqui até 2011, dos quais 6.800 demissões.9 de outubro: A Hewlett Packard anunciou 24.600 demissões no mundo.8 de julho: A Siemens, terceira empresa alemã, anunciou o desaparecimento de 16.750 empregos, dos quais 5.250 na Alemanha.
(Com informações de AFP, BBC e Reuters)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

China passa Alemanha e se torna 3ª maior economia do mundo

O Produto Interno Bruto da China em 2007 superou o da Alemanha, colocando o país asiático pela primeira vez como a terceira maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão (veja tabela abaixo). A constatação, divulgada nesta quarta-feira, é do Escritório Nacional de Estatística da China, que fez uma revisão dos dados de 2007. O PIB chinês somou US$ 3,76 trilhões segundo o novo cálculo; o anterior apontava US$ 3,28 trilhões. O da Alemanha ficou em US$ 3,32 trilhões. OS MAIORES DO MUNDO(PIB em 2007, em US$ tri)
Estados Unidos
13,81
Japão
4,38
China
3,76
Alemanha
3,32
Reino Unido
2,80
França
2,59
Itália
2,10
Canadá
1,44
Espanha
1,44
Brasil
1,31
Rússia
1,23
Índia
1,10
México
1,02
Mundo
54,58
Fonte: FMI e Escritório Nacional de Estatísticas da China
Ainda assim, a economia chinesa não chega a um terço da americana. O PIB dos Estados Unidos somou US$ 13,81 trilhões em 2007, o que corresponde a cerca de um quarto do total mundial (US$ 54,58 trilhões) e supera a soma dos outros três maiores - Japão, China e Alemanha. No mesmo ano, o Brasil ficou em 10º lugar, com um PIB de US$ 1,31 trilhão. A previsão do FMI (Fundo Monetário Internacional) era de que a economia chinesa passasse a alemã em 2008 e a japonesa em 2010.China e criseA China já havia revisado o número de crescimento do PIB de 2007 em abril do ano passado, quando aumentou o dado de 11,4% para 11,9%. Mas, desta vez, o número revisado indica o crescimento mais rápido do PIB chinês desde 1993, quando a economia se expandiu 13,5%.Apesar do forte crescimento em 2007, as previsões para 2008 são muito menos otimistas, já que as expectativas foram reduzidas devido à desaceleração da economia chinesa durante o ano e ao impacto da crise econômica mundial no país asiático.A economia chinesa mostrou uma clara tendência de desaceleração em 2008, com um crescimento de 10,6% no primeiro trimestre, de 10,4% no segundo e de 9% no terceiro.Nos nove primeiros meses de 2008, a China cresceu 9,9%, abaixo de dois dígitos pela primeira vez em cinco anos. No final do novembro do ano passado, o Banco Mundial (BM) revisou para baixo suas previsões de crescimento da China para 2008, dos 9,8% estimados em junho para 7,5%.

Desemprego preocupa o mundo

A economia real sente os feitos da crise financeira, de forma mais drástica, a partir de agora, com a desaceleração da produção industrial. O ícone dessa retração é o petróleo que está com preços mais baixos do que o esperado. O desemprego, que vem ocorrendo em massa em muitos países, assume a primeira colocação entre as preocupações dos governos. Como reverter essa situação? A crise econômica está sendo a inibidora das exportações brasileiras, que puxaria o emprego no campo e, em outros segmentos da economia. O câmbio é favorável no momento (dólar e euro), mas o consumo no mundo está em queda livre. Todas as apostas estão voltadas para o futuro presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, embora com posse marcada para a próxima terça-feira (20), ele já começou a administrar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Líder não responde, PERGUNTA!

Paulo Angelim

Já contabilizei 1516 comparações entre chefes e líderes. Você pode até achar que uma analogia a mais não fará a menor diferença, certo? ERRADO! Deixe-me explicar porquê. Identificar o chefe e o líder pela forma como eles tratam as dúvidas decorrentes de eventos não programados pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento profissional de líderes e liderados.
Primeiramente, vamos imaginar uma situação corriqueira nas empresas. O colaborador está com uma dúvida sobre qual a melhor solução para um problema não usual surgido em seu departamento, e se dirige ao superior em busca da resposta correta. Pois bem, se o superior der sua resposta “na bucha”, não duvide, você está diante de um chefe. Chefe é uma espécie que acredita que sua função é garantir que seu conhecimento e experiência estejam a serviço do bom andamento do departamento. E o pior: eles acreditam que estão ali para responder, porque só eles sabem. Sem suas respostas, sem o seu conhecimento e sua experiência o trem pára.
Por outro lado, se o superior ao invés de responder a questão do colaborador, questioná-lo sobre o que ele pensa, ou o que ele já explorou e concluiu sobre o assunto, certamente você estará diante de alguém com postura de líder. Ele pode até não ter as outras qualidades inerentes à comenda de líder, mas tem o cacoete de um. Aceito que você pense ser uma avaliação simplista. Mas não é.
Veja bem. É corrente e consenso que o líder tem a grande missão de desenvolver o potencial de seus liderados, capacitando-os a enfrentarem novos desafios, e estimulando-os a quebrarem os paradigmas existentes, em busca de saltos quânticos nos resultados da organização (parece que estou ouvindo o discurso de algum CEO). Ora, como é que o líder vai conseguir isso se não colocar os colaboradores para pensar, para se questionar. Dar aos liderados respostas prontas para problemas e questões do dia-a-dia é inibir a capacidade de raciocínio dos mesmos, é transformá-los em máquinas programáveis, é limitar, necrosar, enjaular suas mentes. Só o desafio do pensar leva as pessoas a estabelecerem novas conexões neurais, a expandirem seus horizontes, a usarem sua imaginação. E um líder somente conseguirá isso se, através de perguntas, desenvolver o hábito de fazer seus liderados refletirem.
E porque muitos superiores preferem dar respostas prontas? Das três uma: porque não compreenderam seu verdadeiro papel de desenvolvedores de talento; porque soberbamente acham que respondendo estão assegurando que são imprescindíveis dentro da organização, afinal têm resposta para tudo (pura tolice e perda de tempo!); ou porque se portar como um mestre realmente dá muito trabalho, é didático demais, quase professoral.
Desculpe-me os que não são afeitos à idéia, mas é exatamente essa a posição de um líder: mestre. Só que o líder não é um mestre “de obras”, que usa sua experiência e conhecimento para “ensinar” seus subordinados a “fazer”. Um grande líder, semelhantemente a um verdadeiro mestre do “saber”, ensina seus cooperadores a “aprender”. E isso só acontece se o líder levar seus colaboradores a refletirem sobre o que se vê, para imaginarem por conta própria o que não se vê.
Resumo da ópera: Quer ser um líder? Não hesite: pergunte mais, responda menos.
* Paulo Angelim é consultor em Marketing, Vendas e Responsabilidade Pessoal.
http://www.pauloangelim.com.br

MOTIVE A SUA EQUIPE


Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente e logo nadou até a borda do copo. Mas, como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu escapar.
Acreditando que não havia saída, desanimou, parou de se debater e afundou. Sua companheira, apesar de não ser tão forte, era tenaz; por isso continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga, onde ela subiu e conseguiu levantar vôo para longe.
Tempos depois, a mosca tenaz, por um descuido, caiu novamente em um copo, desta vez cheio de água. Imaginando que já conhecia a solução para aquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da outra, pousou na beira do copo e gritou:
- Tem um canudo ali, nade até lá e suba.
A mosca tenaz respondeu:
- Pode deixar que eu sei como resolver esse problema.
E continuou se debatendo, mais e mais, até que, exausta, afundou na água.
Moral da história: soluções do passado, em contextos diferentes, podem se transformar em problemas. Quantas vezes, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças ao nosso redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão? Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências.
Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir… Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.
(por Robert Shinyashiki, do livro “Os Donos do Futuro”)

Varejo busca inspiração contra a crise

Gazeta Mercantil
Neste domingo começa em Nova York a 98ª convenção da National Retail Federation (NRF), o mais importante evento do varejo mundial. Na edição deste ano, a previsão é que a crise financeira global ganhe destaque e os debates devem se focar em soluções para minimizar os problemas com a queda nas vendas e a fuga de clientes.
Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da Gouvêa de Souza &MD, consultoria especializada em varejo, lidera a participação de um grupo de 150 executivos do setor varejista brasileiro no congresso.
De Nova York, ele conversou com a Gazeta Mercantil e falou sobre a grande expectativa pela palestra de Lee Scott, presidente do Wal-Mart Stores, e fez previsões sobre o futuro das varejistas nacionais. "Os setores menos concentrados e com menor participação internacional serão aqueles mais procurados pelos investidores estrangeiros". Para ele, informática e material de construção serão os segmentos em destaques em 2009.
Gazeta Mercantil - Apesar do mercado varejista brasileiro não estar experimentando o mesmo drama que o varejo mundial, já que as vendas no comércio por aqui ainda continuam crescendo, mesmo que em um ritmo menor, a expectativa dos empresários brasileiros parece grande em relação ao evento. O que eles podem esperar da NRF deste ano?
Na NRF do ano passado essa mudança dos ventos já era detectada e o evento mostrou como os varejistas e fornecedores dos Estados Unidos pretendiam encarar o problema. Algumas estatísticas sinalizam que mais de 148 mil lojas foram fechadas nos Estados Unidos no ano passado e são previstos novos fechamentos que podem chegar a 70 mil no primeiro semestre deste ano. Com a perspectiva de agravamento desse cenário, que é o que se prevê depois do pior Natal dos últimos 40 anos, a atenção de todos estará em avaliar o que deu melhores resultados do que foi implementado, o que falta implementar e como pretendem se posicionar face a esse quadro que deverá atingir seu ponto mais baixo ainda no primeiro semestre de 2009. O aprendizado virá de duas formas. Uma acompanhando e entendendo as ações adotadas. Outra exatamente envolvendo a forma de implementação. O modelo de gestão predominante no varejo brasileiro, em muitos segmentos e setores, tende a ser menos pragmático e focado nos resultados de curto prazo do que o que ocorre nos EUA e essa é uma discussão relevante para compararmos modelos e formas de analisar, implementar, controlar e cobrar resultados.
Gazeta Mercantil - Sustentabilidade também deve ser um assunto de destaque na convenção deste ano. Sabemos da importância do tema para as empresas, mas será que os empresários que participarão do evento não estão mais interessados em buscar soluções rápidas e práticas sobre como diminuir os efeitos da crise?
Sustentabilidade é e será um tema cada vez mais relevante, porém em escalas distintas segundo o porte, a visão e o momento de cada empresa.. Na verdade todos têm consciência de sua relevância, mas o tempo e os recursos humanos e materiais que serão dedicados dependem muito mais de onde aperta o calo no momento. Nenhuma empresa, em especial as mais estruturadas e organizadas, ignoram sua importância, mas entre salvar negócios e empregos no curto prazo ou salvar o planeta no médio e longo prazo, o tempo e os recursos a serem envolvidos serão redirecionados estrategicamente.
Gazeta Mercantil - Qual a expectativa do senhor quanto à palestra de Lee Scott, presidente do Wal-Mart Stores?
Tudo o que disser o maior varejista do mundo deve ser ouvido com muita atenção. A participação das vendas no Wal-Mart do mercado norte-americano é crescente, por conta do cenário de um consumidor mais pragmático, mais focado em valor, buscando preços mais competitivos e essa imagem eles criaram e sustentam de forma muito consistente. Se para qualquer outro varejista do mundo o que eles disserem é relevante, para os brasileiros, será muito mais. Incorporações, novos formatos, novos negócios, novos canais, novos serviços, aproveitamento de experiências internacionais em novos segmentos, apetite pela expansão global, tudo isso poderá ser sentido e avaliado considerando seus impactos no Brasil.
Gazeta Mercantil - A Gouvêa de Souza levou para o evento 150 executivos de importantes redes varejistas como Magazine Luiza, C&A e C&C. Qual a maior ânsia destes varejistas brasileiros no momento?
É a preocupação de ajustar as velas para um quadro de mudança da direção dos ventos, que foram fortes e constantes no passado recente e agora, além da mudança da direção, serão mais fracos, inconstantes e sujeitos a mudanças de direção diferentes por segmento de mercado. É importante lembrar que o setor de varejo no Brasil pouco dependeu de governo, regulamentações, estímulos, limitações à entrada de capital externo e sempre sobreviveu por exclusivos méritos próprios e, talvez por isso, não tenha se expandido mais internacionalmente, apesar da competência de sua atuação. É um bom momento para reflexões mais estratégicas e de longo prazo, conciliando com a necessidade de manter o crescimento dos negócios, ante a perspectiva do País se tornar ainda mais atraente ao capital externo, de corporações varejistas ou novos players, como fundos de investimentos, etc.
Gazeta Mercantil - Os investidores estrangeiros devem continuar interessados pelo varejo brasileiro?
Devem continuar, pela estrutura, maturidade e potencial do mercado, quando comparado com o cenário global. Os setores menos concentrados e com menor participação internacional serão aqueles mais procurados, permitindo avaliar que viveremos no País um processo de aumento da consolidação setorial e do nível de competitividade em todos os segmentos.
Gazeta Mercantil - Em 2007, vivemos um momento de muitas fusões e aquisições no varejo. O momento atual de crise mundial pode favorecer, de alguma forma, uma retomada desse processo? Por exemplo: de acordo com alguns empresários, os preços de imóveis estariam voltando a patamares mais justos. Isso pode favorecer a realização de um novo momento de aquisições?
Deve e favorecerá, porém com novos players no jogo, além das próprias corporações de varejo, pois existem claras oportunidades e necessidades de consolidações setoriais, para a criação de empresas mais competitivas, estruturadas e estrategicamente direcionadas para a ampliação de negócios.
Gazeta Mercantil - Recentemente, o presidente do Grupo Pão de Açúcar, Cláudio Galeazzi, disse que a companhia está disposta a realizar aquisições este ano. Além do interesse por supermercadistas regionais, o varejista está de olho em empresas de outros segmentos como o de drogarias e postos de combustíveis. Como o senhor vê esta diversificação?
O perfil da corporação de varejo atual é multicanal de vendas, multiformato de lojas, multibandeira, multimarcas e multinegócios, com crescente incorporação de serviços e novas áreas de negócios ao âmbito de atuação. O grupo Pão de Açúcar tenderá a buscar, até onde percebemos, a excelência em suas operações atuais e, ao mesmo tempo, criar condições para otimizar suas estruturas, conhecimento de mercado, poder de compra, competência gerencial e integração global em outras áreas. Da mesma forma como outros grupos varejistas estarão também fazendo.
Gazeta Mercantil - No ano passado, previa-se que empresas do setor de franquias dariam início a um processo de abertura de capital no Brasil, a exemplo do que ocorre em outros países. Essa perspectiva está mantida? Quando as franquias devem começar a lançar ações no mercado?
O que foi percebido é que muitas ofertas iniciais de ações foram fruto de sonhos de uma noite de verão que encontram um mercado excitado e menos rigoroso nas avaliações da consistência, equilíbrio e capacidade gerencial e de implementação, além das questões estruturais e estratégicas do que se propunha. E isso vale para todos os setores. Poucas empresas, muito poucas, do setor de franquias estão prontas, estruturadas e com uma proposta estratégica consistente para se proporem a lançarem ações, em especial nos próximos dois anos.
Gazeta Mercantil - Algum segmento do varejo deve ter destaque especial este ano?
A redução da velocidade de expansão da indústria automobilística deve irrigar outros setores do comércio e do varejo, mas informática e material de construção devem ser setores onde a tendência de crescimento será maior que a média do varejo.(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Cintia Esteves)

Oi conclui aquisição da Brasil Telecom por 5,3 bilhões de reais

IDG Now!
São Paulo - O negócio cria o terceiro grande grupo com atuação em diversos setores de telefonia no Brasil, além de Telmex e Telefônica.
A operadora Oi anunciou nesta quinta-feira (08/01) a compra da Brasil Telecom por 5,3 bilhões de reais, além de assumir 1 bilhão de reais em dívidas da Invitel, antiga dona do controle da operadora.
Juntas, Oi e BrT têm cerca de 53 milhões de clientes, sendo 22 milhões em telefonia fixa, 27 milhões em telefonia móvel, 3,7 milhões em banda larga e 60 mil em TV por assinatura.
O negócio entre Oi e Brasil Telecom cria o terceiro grande grupo com atuação em diversos negócios de telefonia no Brasil, além de Telmex e Telefônica.
Desde o início, a negociação gerou polêmica e discussões e levou o governo a realizar mudanças no Plano Geral de Outorgas para que fosse concretizada.
Após a conclusão, a Oi dará início aos procedimentos para realizar a oferta pública de compra de ações (OPA) dos minoritários da Brasil Telecom Participações e da Brasil Telecom, conforme estabelecido em lei. Nos próximos 30 dias, a companhia vai requerer à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro das OPAs.

À prova de turbulência?


Com mais de 150 anos de história, a Louis Vuitton tornou-se a maior potência do luxo mundial, passando ilesa por guerras e recessões. Para crescer em meio a mais uma crise, a empresa terá agora de se equilibrar entre a conquista de novos mercados e a manutenção de quem sempre quis exclusividade
Por Malu Gaspar, de paris
Revista EXAME
Dentro do museu do Louvre, no espaço conhecido como Cour Carré, o desfile da Louis Vuitton está para começar. Celebridades como Lenny Kravitz e Sofia Coppola tiram fotos com o presidente mundial da marca, Yves Carcelle, e com o herdeiro do grupo LVMH (iniciais de Louis Vuitton Moët Hennessy), Antoine Arnault. O público se acomoda. Na primeira fila estão ainda o fotógrafo italiano Mario Testino, os críticos de moda das principais publicações do mundo e uma platéia de consumidores com algumas das maiores contas bancárias do planeta. O presidente do LVMH, Bernard Arnault, chega com 15 minutos de atraso. Todos se sentam e o desfile, enfim, começa. A trilha sonora lembra os antigos musicais da Broadway. Por 20 minutos, 35 mulheres magérrimas usando saltos de altura perigosa, roupas em tons de amarelo, roxo e terra e as bolsas da nova coleção da Vuitton desfilam sobre uma passarela coberta de areia. Assim que o show acaba, uma ovação comportada. Marc Jacobs, estilista da grife, agradece rapidamente os aplausos. Poucos minutos depois e não muito distante dali, os seguranças da loja da Louis Vuitton na avenida Champs-Elysées, em Paris, seguram a porta de vidro para impedir mais gente de entrar. O clima não é exatamente dos mais ordeiros. Forma-se uma fila. Turistas anônimos tiram fotos freneticamente em frente à loja. Lá dentro, uma visível maioria de asiáticos compra com avidez bolsas, carteiras, echarpes e outros artigos. Como há um limite de compras por passaporte, muitos estrangeiros pedem a outros que comprem por eles.

Os girassóis da Petrobrás


Gigante do petróleo incentiva o plantio de girassol no Rio Grande do Norte e reforça sua parceria com a agricultura familiar

EDUARDO SAVANACHI
AGRICULTURA FAMILAR EM ALTA: Projeto da Petrobrás envolverá 759 familias no Rio Grande do Norte
Desde que iniciou suas atividades, a Petrobras Biocombustível, o braço "agrícola" da Petrobras, responsável por desenvolver tecnologias tanto para o biodiesel quanto para o etanol, tem como estratégia estabelecer parcerias com a agricultura familiar, tornando os produtores seus fornecedores de matéria-prima. Um dos grandes exemplos dessa política pode ser visto no Rio Grande do Norte, onde a empresa está implantando um expressivo projeto para o fomento de plantio de girassol. No Estado, a expectativa da empresa é de fomentar a implantação de 13 mil hectares da oleaginosa, envolvendo 759 agricultores familiares, em 32 municípios. A produção será responsável por fornecer boa parte da matéria-prima utilizada pelas duas usinas de biodiesel que a Petrobras possui no Estado. Com investimentos de R$ 20 milhões, as usinas, localizadas no Pólo Industrial de Guarmaré, possuem capacidade para produzir 20,4 mil toneladas de biodiesel ao ano. "O projeto das usinas da Petrobras Biocombustível para produção de biodiesel está diretamente atrelado à parceria com a agricultura familiar, buscando sempre a sustentabilidade econômica, social e ambiental", ressalta o presidente da Petrobras Biocombustível, Alan Kardec. Por lei, a empresa é obrigada a comprar de 10% a 50% dos grãos da agricultura familiar, dependendo da região, para ter isenção de impostos como PIS e Cofins.
Para os produtores o grande atrativo do projeto é a possibilidade de comercializar um produto com maior valor agregado, já que um dos pontos do projeto é garantir preços mínimos, que tornem as lavouras de girassóis rentáveis. No município de João Câmara (RN), já são 148 famílias trabalhando em parceria com a Petrobras. É o caso do agricultor Francisco de Assis, que pela primeira vez planta a oleagionosa em uma área de pouco mais de 14 hectares. "O girassol tem características excelentes para esse tipo de solo", anima-se o produtor, que espera ter um ganho de R$ 400 por hectare com a nova cultura. "Acredito que será um bom negócio, já que a Petrobras se compromete a comprar toda a produção."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Marketing bem vestido: Cia do Terno ganha mercado vendendo produto mais barato

Por Thiago Terrathiago@mundodomarketing.com.br
Usar terno e gravata no Brasil não é mais privilégio apenas para homens bem sucedidos, ricos e poderosos. Apesar do calor humano e das temperaturas elevadas características do nosso país, os brasileiros não tão providos de dinheiro hoje já tem acesso a esta vestimenta de origem francesa.
Desde o ano 2000, a Cia do Terno oferece produtos de qualidade e aposta no ponto-de-venda e no boca-a-boca como estratégia de Marketing para atrair clientes e se diferenciar da concorrência através de preços atrativos com foco nas classes C e D. Ao instalar sua primeira loja em um shopping em Belo Horizonte (MG), a Cia do Terno manteve fiel as raízes mineiras, o que fez com que a empresa hoje esteja presente em 15 estados do Brasil.
Apesar do aumento do poder econômico principalmente da classe C brasileira e com o crescimento das igrejas evangélicas e de trabalhos autônomos como o de segurança em todo o país, que exigem a formalidade francesa, a maior procura por ternos não ilude o presidente da empresa, Pedro Paulo Drumonnd. Para ele, o atendimento especializado, a qualidade do produto e o preço acessível são os pilares que sustentam o Marketing da Cia do Terno.
Qualidade, atendimento e preçoDepois de trabalhar no atacado de Minas Gerais em uma confecção criada junto com as irmãs, Pedro Paulo Drumonnd ficou responsável pelos produtos voltados ao público masculino e logo tratou de direcionar o negócio para o menos favorecidos. “Em setembro do ano 2000 a Cia do Terno abriu a primeira loja e apostamos no ponto-de-venda para divulgar a marca. Estávamos concentrados em firmar lojas no estado primeiramente. Trabalhamos com muito boca-a-boca e preço acessível, até melhorar a qualidade do produto”, diz Pedro Drumonnd (foto) em entrevista ao Mundo do Marketing.
Apesar da lentidão para ganhar o mercado local, Drumonnd acreditava que com qualidade a empresa aos poucos iria se consolidar, mesmo sabendo que o consumidor brasileiro resiste em mudar seus hábitos de compra. Com o posicionamento voltado para as classes C e D, a Cia do Terno começou a chamar a atenção dos consumidores. “Houve uma migração de clientes da classe B que passaram a comprar produtos da Cia do Terno porque perceberam que estavam pagando mais caro por produtos de menor qualidade”, explica Drumonnd, presidente da empresa.
Com esta realidade, a Cia do Terno passou a adotar uma estratégia para manter os atuais clientes e conquistar os dos concorrentes. Um dos diferenciais da empresa está no ponto-de-venda com atendimento especializado, além de alfaiates disponíveis nas lojas para personalizar os ternos de acordo com o gosto de cada consumidor sem nenhum custo adicional pelo serviço.
Investimento e público modestosAssim como o jeito mineiro de seu fundador, a Cia do Terno é administrada com cautela e sem alarde. Basta perceber que a empresa não costuma estar na grande mídia como TV, por exemplo. Mesmo com foco no PDV, a empresa não consegue acompanhar o ritmo de crescimento do varejo. “Em diversos lugares do Brasil estão sendo inaugurados shoppings, mas o crescimento não é igual para quem quer abrir novas lojas e isso dificulta cada vez mais o alcance de uma marca”, aponta o presidente da Cia do Terno.
Sem verba para divulgar a empresa em mídias cada vez mais caras, a Cia do Terno trabalha a sua comunicação com foco em outras ferramentas. “Estamos usando a mídia dos carrinhos em aeroportos e outdoor na entrada de cidades onde temos lojas. Dependendo do custo e da localização usamos o front light nas peças, mas a marca se tornou conhecida através do boca-a-boca e também do custo-benefício dos produtos”, afirma Claudio Campos, responsável pelo Marketing da empresa.
O executivo explica que o principal desafio da empresa nunca foi atingir 100% do território nacional ou abrir lojas no exterior, mas sim oferecer produtos de qualidade para pessoas que não tinham acesso. “Temos um rigoroso controle de qualidade porque sabemos que algumas pessoas são obrigadas a trabalhar de terno como os seguranças, por exemplo”, ressalta Campos em entrevista ao site.
Ponto-de-venda da Cia do Terno é um dos diferenciais da empresa
Projetos para 2009Para este ano, o objetivo da empresa a princípio, em função do atual momento econômico, será manter o mesmo trabalho realizado em 2008. “Manteremos o patrocínio ao time de vôlei do Mackenzie pelo menos até o final da Superliga, além das ativações locais nas cidades. Ao invés de mídia nacional, faremos ações localizadas. Ano passado o investimento em Marketing foi o maior da história, atingindo R$ 3,5 milhões”, conta Pedro Drumonnd.
As estratégias de Marketing da Cia do Terno são desenvolvidas de acordo com a necessidade da empresa. Hoje, uma destas necessidades é atender um público diferente do que comprava há três, quatro anos. Buscamos consolidar os clientes que temos, assim como as nossas lojas. “Não estamos com gana de crescimento porque estamos satisfeito com o que já conquistamos, mas os clientes que migrarem para a Cia do Terno serão muito bem recebidos”, completa Drumonnd.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Mais prêmios

O Show de Prêmios de 2009 da rede Nordestão mudou. A quantidade dos prêmios pulou de 28 para 112 e toda loja terá no mínimo um contemplado a cada mês. Serão 12 carros zero quilômetro, 12 notebooks, 4 casas (uma a cada trimestre) e 84 cartões SuperCard Nordestão Prêmio com R$ 1 mil de crédito para compras no Nordestão. Todo mês serão sorteados um carro, um notebook e sete cartões, sendo um ganhador por loja.

Planejando 2009

Christian Barbosa
Estamos no final do ano e, nesse momento, começam a nascer as famosas promessas de ano novo que acabam nunca sendo cumpridas. O mais engraçado é que a maioria das pessoas já conhece esse ciclo que consiste na empolgação inicial, na definição e depois no completo esquecimento ao longo do ano.
O interessante é que isso não acontece apenas na área pessoal, há muitas empresas que caem nesse mesmo ciclo. O problema corporativo não é a estratégia, mas sim a sua execução das ações prometidas ao longo do ano. Este ano, pelo que pude ouvir de empresários e executivos no Brasil, foi excelente! Foi um ano de oportunidades e crescimento. Claro que a crise econômica mundial, que começou a se mostrar a partir de agosto, tende a mudar um pouco o cenário, mas mesmo assim foi um período positivo.
Em 2009, o cenário ainda está incerto, mas eu defendo que precisamos acreditar e não parar no meio do caminho. Caso contrário, entraremos em um círculo vicioso perigoso. O próximo ano será “diferente”, se ele vai ser fácil ou difícil, isso vai depender muito de como você irá enfrentá-lo. Minha sugestão é deixar o medo de lado e trazer o otimismo à tona. Por aqui vou fazer minha parte com nosso plano estratégico, vamos aumentar nossa equipe, vamos investir em novos mercados e mídias e no lançamento de novos produtos. Eu prefiro definir o que quero a aceitar o que vier, e ao longo do trajeto vamos afinando as rotas para chegar sem turbulência.
Ano que vem será o ano da produtividade: seja na vida pessoal ou corporativa, todo mundo vai precisar fazer mais com menos, ter foco no importante e fazer a execução acontecer! Por isso, não deixe 2009 ser uma cópia mal feita de 2008, sugiro que aproveite essa época, reserve uma hora e faça um planejamento do seu ano:
· Revise o que é importante para você – Ano que vem precisará de foco e não de perda de tempo à toa. Para isso, você deve ter clareza e responder as seguintes questões: Que atividades eu devo focar em 2009 e quais eu devo abortar? Faça uma lista de “FOCO” e outra de “STOPs”. Depois de concluída, faça uma lista de prioridades por ordem de importância. Olhe para os cinco primeiros itens e detalhe um plano de ação na sua agenda;
· Use uma agenda – Eu já falei sobre isso algumas vezes e volto a insistir: aproveite o começo do ano para escolher uma ferramenta única, centralizada e prática que você possa organizar e deixar claro todos os seus planos;
· Escreva uma ou duas metas – Não adianta fazer muitos planos, o melhor é focar em poucos objetivos ao longo do ano, que sejam muito relevantes e viáveis. Como roteiro, pense exatamente o que você quer e defina qual é esse desejo, pense em indicadores (quanto preciso investir) e em uma lista de ações práticas e de curta duração;
· Crie pontos de controle – A cada bimestre, agende uma reunião de uma hora com você mesmo para revisar seus planos, suas metas, seus “FOCOs” e “STOPs”. Isso evita que a promessa caia em desuso ao longo da execução;
· Compartilhe seus objetivos com alguém de confiança – Escolha uma pessoa próxima, que ajude você a manter o nível de confiança, motivação e que o questione sobre os seus planos. Pode ser um coach profissional ou mesmo aquele amigo chato que faz você pensar na vida;
· Coloque você nos seus planos o ano inteiro – Quanto mais tempo para você, mais energia para executar seus planos para 2009! Inclua atividades de lazer, esporte, ócio ou qualquer outra coisa que o faça “recarregar as baterias” com uma periodicidade quinzenal.
Já que muitas pessoas andam falando que ano que vem é “dois mil é inove”, não se esqueça de fazer uma grande inovação: planejar, manter e executar as promessas de fim de ano! A frase do ano será: Quando há medo, se criam muros. Quando há esperança se criam pontes.
* Christian Barbosa é especialista em gerenciamento de tempo e produtividade pessoal e empresarial do País. Sites: www.triadedotempo.com.br e www.christianbarbosa.com.br