À prova de turbulência?
Com mais de 150 anos de história, a Louis Vuitton tornou-se a maior potência do luxo mundial, passando ilesa por guerras e recessões. Para crescer em meio a mais uma crise, a empresa terá agora de se equilibrar entre a conquista de novos mercados e a manutenção de quem sempre quis exclusividade
Por Malu Gaspar, de paris
Revista EXAME
Por Malu Gaspar, de paris
Revista EXAME
Dentro do museu do Louvre, no espaço conhecido como Cour Carré, o desfile da Louis Vuitton está para começar. Celebridades como Lenny Kravitz e Sofia Coppola tiram fotos com o presidente mundial da marca, Yves Carcelle, e com o herdeiro do grupo LVMH (iniciais de Louis Vuitton Moët Hennessy), Antoine Arnault. O público se acomoda. Na primeira fila estão ainda o fotógrafo italiano Mario Testino, os críticos de moda das principais publicações do mundo e uma platéia de consumidores com algumas das maiores contas bancárias do planeta. O presidente do LVMH, Bernard Arnault, chega com 15 minutos de atraso. Todos se sentam e o desfile, enfim, começa. A trilha sonora lembra os antigos musicais da Broadway. Por 20 minutos, 35 mulheres magérrimas usando saltos de altura perigosa, roupas em tons de amarelo, roxo e terra e as bolsas da nova coleção da Vuitton desfilam sobre uma passarela coberta de areia. Assim que o show acaba, uma ovação comportada. Marc Jacobs, estilista da grife, agradece rapidamente os aplausos. Poucos minutos depois e não muito distante dali, os seguranças da loja da Louis Vuitton na avenida Champs-Elysées, em Paris, seguram a porta de vidro para impedir mais gente de entrar. O clima não é exatamente dos mais ordeiros. Forma-se uma fila. Turistas anônimos tiram fotos freneticamente em frente à loja. Lá dentro, uma visível maioria de asiáticos compra com avidez bolsas, carteiras, echarpes e outros artigos. Como há um limite de compras por passaporte, muitos estrangeiros pedem a outros que comprem por eles.
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