Marketing pessoal: você é um produto
Por Fabiano Parreiras*
Somos produtos a ser adquiridos de diversas formas, a todo instante. Precisamos nos vender para nosso dentista, para nosso patrão, para a esposa ou o marido, para os filhos. Desempenhamos “papéis” sociais que poderiam ser administrados como se administra uma marca qualquer. Precisamos comunicar quem somos – nossos valores, nossa missão e nossa visão. Esta comunicação construirá, perante os diferentes grupos sociais dos quais fazemos parte, uma determinada imagem a nosso respeito. Seremos valorizados por estes grupos de acordo com esta imagem. Podemos valer muito, ou pouco.Frequentemente sou procurado por pessoas com dificuldades para elaborar um bom currículo, enfrentar uma entrevista de emprego ou, simplesmente, manter-se num emprego. Muitos universitários não conseguem planejar suas carreiras. O que digo a estas pessoas é: Imagine que você é um produto! Sua roupa é a sua embalagem e seu currículo é seu folder.A partir daí, as coisas ficam mais claras. Todo mundo sabe que o objetivo de um folder não é vender um produto, mas chamar a atenção de um cliente em potencial. Fazê-lo querer conhecer o produto. No caso do currículo, agendar uma entrevista. E na entrevista, o que fazer? A resposta é: Desempenhar o papel de um vendedor de alto nível. Demonstrar que o “produto” que está sendo oferecido apresenta boa aderência às necessidades do “comprador”. Para conseguir fazer isso, não basta dissertar sobre as qualidades do “produto”. É importante questionar, levantar as necessidades do “cliente” e encontrar aquelas que o seu “produto” consegue atender com excelência.Todo mundo conhece os 4 P`s do Marketing – Produto, Preço, Promoção e Praça. O Marketing Pessoal deve tratar estes mesmos aspectos do indivíduo. O preço, segundo Kotler, deve ser formado considerando o custo operacional (custo de vida), a concorrência e o valor que o produto pode agregar para o cliente. A Promoção cuida da comunicação, da rede de relacionamentos, etc. O “P” de Praça se refere aos pontos de venda e aos métodos utilizados para vender o produto. Se o produto for vendido para o consumidor final, há de considerar que o consumidor compra por impulso. Para uma organização empresarial, a venda deve ser mais técnica.Para analisar a questão de forma mais ampla, abordemos o tema “Planejamento Estratégico”. Quando faço palestras sobre Planejamento Estratégico para estudantes de administração ou jovens executivos, sempre pergunto: Qual é a sua declaração de Missão? E a sua declaração de Valores? Você conhece a sua concorrência? Conhece bem as necessidades dos seus clientes em potencial? Você já tem metas estabelecidas para os próximos cinco ou dez anos da sua carreira? Sabe em que deve investir o seu dinheiro? Já montou um Planejamento Estratégico para o produto que você quer vender: sua mão de obra?Assim como todo produto, nós também nascemos, crescemos, atingimos um estágio de maturidade, entramos em declínio e morremos. Em qual estágio você está? Conseguirá reinventar-se várias vezes como a Coca-Cola, ou não?“Gestão de Marcas” também é um assunto cada vez mais discutido porque a percepção que as pessoas têm das marcas exerce grande influência na hora da compra. E no Marketing Pessoal, a marca é o seu nome. Administre este patrimônio com todo o carinho que ele merece!* Fabiano Parreiras é e sócio-diretor da UNICO Consultores e tem MBA em Gestão Empresarial e Marketing.
Um comentário:
Professor Carlos Perez, a análise swat se encaixa direitinho nesta leitura.
Como o senhor diz, tudo questão de estratégia.
Felipe Ramon. 2º ano Adm da Fal
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