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quarta-feira, 10 de março de 2010

Lojas virtuais têm forma rápida de compra, mas cancelar é difícil


Já é possível comprar pela internet com apenas um clique. Mas a facilidade não é a mesma para cancelar a compra. A Saraiva lançou a ferramenta esta semana, e o Submarino, há 16 dias, mas nenhuma das duas lojas virtuais oferece soluções imediatas para a devolução de um produto adquirido por engano. Pelo novo sistema, basta clicar na mercadoria desejada e digitar a senha de acesso, tirando a função do “carrinho de compras” e da página de pagamentos. Para se cadastrar, é preciso aceitar a opção de “comprar em um clique”.Entidades de defesa do consumidor lembram que os produtos adquiridos fora de estabelecimentos comerciais – por telefone, lojas virtuais e revistas – podem ser devolvidos até sete dias corridos depois da entrega. E o cliente deve ser reembolsado sem custos pela desistência da compra. Mas, de acordo com especialistas, as empresas não divulgam esta informação e dificultam a troca ou devolução de produtos.O estudante Leandro Ribeiro, de 26 anos, comprou um livro no site da Submarino no ano passado. Quando o livro chegou, ele percebeu que tinha comprado a versão em inglês. Ao entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do site, informaram que ele deveria enviar o produto de volta por Sedex.– Como o livro tinha custado apenas R$ 7, e o Sedex era mais de R$ 10, desisti de trocar – contou Leandro.A Saraiva informou que, no caso de desistência, o cliente deve entrar em contato com a empresa e eles seguirão as regras da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Procurada pelo JB, a Submarino não quis se pronunciar sobre o assunto.Com a nova ferramenta, as informações confidenciais, como documentos, números de cartões de crédito e endereços, ficam armazenadas em um sistema e não precisam mais ser digitados a cada compra. Segundo o diretor-presidente da Livraria Saraiva, Marcílio D'Amico Pousada, a empresa implementou um protocolo, que garante a segurança do usuário.– A Saraiva tem um certificado de segurança da Cielo e da Redecard, para garantir que os dados do cliente fiquem seguros – explicou. Desta forma, apenas as bandeiras Visa e Mastercard são habilitadas para o serviço.Pedro Feio, de 23 anos, compra muitos livros pela internet. Segundo ele, é uma forma de comparar preços e encontrar livros em falta no mercado. No dia 25 de fevereiro, Feio fez uma compra no site Companhia do Livro, que deveria ser entregue em sete dias.– Quando entrei em contato, a empresa me disse que não tinha o livro em estoque e, que assim que tivesse, iria me enviar.Para o subsecretário do Procon, José Teixeira Fernandes, as compras pela internet trazem benefícios e consequências. O consumidor deve acessar sites que tenham credibilidade e procurar saber o endereço físico. “Cobrar a nota fiscal também é muito importante”, alertou.As vendas online devem atingir R$ 13,78 bilhões este ano, 30% a mais que em 2009, segundo a e-bit. O número de reclamações também aumentou: o Procon recebeu 90 queixas de compras virtuais em novembro e dezembro de 2009, contra 36 nos mesmos meses de 2008.
Fonte: JB Online

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