Crise muda perfil do consumidor e prejudica os "poderosos" do varejo global
Uma pesquisa realizada pela Deloitte revelou que o perfil dos consumidores está mudando em todo o mundo, após o período de crise econômica, o que tem prejudicado o desempenho dos "poderosos" do varejo mundial.
De acordo com os dados, a instabilidade fez com que os consumidores se tornassem mais conscientes sobre valores, mais atraídos por marcas próprias e menos propensos a adquirir itens que não sejam de primeira necessidade e a comer fora de casa.
Mesmo com o término do período de recessão, o que o estudo concluiu é que sua duração e profundidade fazem crer que essas mudanças de comportamento do consumidor vieram para ficar, principalmente em países onde havia exagero no consumo no período pré-crise, a exemplo de Estados Unidos, Reino Unido e Espanha.
O varejo global
A pesquisa mostrou que as vendas e os lucros ao longo do ano fiscal de 2008, dos 250 poderosos do varejo global, refletem o impacto da diminuição da confiança do consumidor. Da lista das 250 maiores empresas do setor, 61 apresentaram queda nas vendas em 2008, ante 47 um ano antes.
O total das vendas dos 250 poderosos do varejo global ultrapassou US$ 3,8 trilhões no ano fiscal de 2008, em comparação aos US$ 3,6 trilhões do ano anterior, sendo que o aumento reflete o crescimento nominal das vendas e a mudança no mix das maiores empresas do varejo no mundo.
Muitos varejistas, revela a pesquisa, alavancaram as vendas fazendo promoções, o que prejudicou seus resultados. O lucro líquido caiu de 3,7% em 2007 para 2,4% em 2008. Das 184 empresas que divulgaram seus dados, 30 apresentaram prejuízo líquido, ante 14 um ano antes. Além disso, 123 viram suas margens de lucro cair.
Mercado de luxo
O estudo difere os consumidores daqueles que estão na categoria “luxo”, que podem ser divididos em dois. O primeiro grupo é de famílias com renda extremamente alta, que sofreram menos com a recessão.
Em meio a este contexto, a pesquisa acredita que os vendedores de artigos de luxo desviarão o foco aos mercados emergentes, como China e Brasil, onde os “novos ricos” são atraídos por marcas e podem ser mais facilmente fisgados.
Fonte: InfoMoney
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