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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Crise financeira não impacta vendas na construção civil




No Brasil, um mercado desconhece a crise, pelo menos, por enquanto. Construtoras e imobiliárias comemoram as vendas e a disposição do brasileiro de comprar.
A alta de quinta-feira (25) na Bolsa de Valores de São Paulo deu o tom da expectativa do mercado em relação ao plano de Washington antes das confusões da noite. Mais uma vez, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi a voz do otimismo em meio à crise internacional. Pelo menos por enquanto, o impacto da crise externa aqui não foi percebido pelo setor de construção. Na maior feira imobiliária da América Latina, que acontece em São Paulo, o clima é de otimismo, mesmo com os sucessivos aumentos no dólar registrados nos últimos dias. Aliás, para o ministro Guido Mantega, esse ajuste no valor do dólar é até bem-vindo. Antes das negociações para a aprovação do socorro aos bancos chegarem a um impasse nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 3,98%. O dólar encerrou a quinta-feira (25) a R$ 1,82, com queda de 1,62%. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a cotação da moeda americana vem sofrendo um ajuste natural. “O que havia antes era um real excessivamente valorizado que estava atrapalhando as exportações brasileiras, porque elas ficavam mais caras. Eu acho que ele foi para um patamar mais adequado. Então, a crise tem muitas desvantagens, muitos problemas, mas tem até uma virtude”, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Enquanto os Estados Unidos e o resto do mundo buscam soluções para a crise financeira que começou no setor imobiliário americano, no Brasil esse mesmo setor vai de vento em popa. De acordo com os especialistas, o mercado está aquecido. A maior feira de imóveis da América Latina cresceu 40% do ano passado para cá. Eram 180 expositores e hoje já são 250. As construtoras têm mais de 30 mil ofertas de imóveis e estão otimistas com a economia brasileira. “A massa salarial esta melhorando. Isso é o que faz a pessoa comprar”, comentou o dono de uma construtora, Elbio Fernandez Mera. Para o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o setor no Brasil dificilmente entrará numa crise como a americana. “O mercado brasileiro está num ciclo totalmente diferente do ciclo americano. Nós estamos construindo nosso país, estamos começando o mercado hipotecário com muito cuidado. Aqui, o índice de dívida é pequeno. A porcentagem que a pessoa financia do preço total é muito pequeno”, compara João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Segundo Lawrence Yun, vice-presidente da maior associação de corretores de imóveis dos Estados Unidos, a estabilidade e a segurança do mercado imobiliário no Brasil podem até atrair investimentos de empresas americanas do setor. Para o consumidor brasileiro, o sonho da casa própria continua longe de virar pesadelo. A securitária Ana Claudia Arruda diz que está pronta para fechar um bom negócio. “Estou me sentindo bastante segura”, comentou. No primeiro semestre deste ano, 300 mil imóveis foram financiados com recursos da caderneta de poupança.

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