Não é crime vender fast food
Por Melina Costa
EXAME
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John Chidsey, presidente mundial do Burger King, defende que as empresas de fast food precisam investir menos em saladas e mais na oferta do que os consumidores realmente desejam: bombas calóricas em pacotes que combinam supersanduíches, batatas fritas e refrigerantes. Numa visita recente ao Brasil, onde conferiu a rápida evolução dos negócios da rede no país, ele concedeu a seguinte entrevista a EXAME:
1 - A indústria do fast food tem como sobreviver num mundo cada vez mais preocupado com problemas como a obesidade?Sim. Prova disso é que as vendas de nossa empresa cresceram quase 20% nos últimos três anos. Nosso negócio é vender hambúrguer. Colocamos saladas em nosso cardápio, mas apenas 5% dos clientes optam por esse item. Se vendêssemos maçãs, saladas, iogurte e tofu, ninguém viria ao Burger King.
2 - O McDonald's tem sido alvo freqüente de protestos por causa de seus produtos e de sua atuação globalizada. O Burger King não corre o risco de também entrar na mira?O McDonald's recebe mais atenção nesse tema porque é a maior rede de fast food. Eles atraem as críticas. Nesse aspecto, estou feliz por sermos o número 2 do mercado.
3 - Apenas a vice-liderança protege a empresa das críticas?Não, nossa postura é muito diferente. Costumamos dizer aos ativistas: não vamos pedir desculpas porque vendemos hambúrguer. Entregamos o que os consumidores desejam.
4 - O comportamento dos consumidores de fast food é o mesmo em diferentes países?Na medida do possível, procuramos respeitar as diferenças regionais. Na Argentina, por exemplo, temos um sanduíche de churrasco. Na Coréia, oferecemos um hambúrguer de camarão. No Brasil, vendemos guaraná e, na Alemanha, cerveja.
5 - O Burger King chegou ao Brasil há apenas dois anos e já conta com quase 30 lojas por aqui. Essa expansão rápida foi uma surpresa?Esperávamos mesmo por um grande resultado num país onde o McDonald's tem mais de 500 restaurantes. Isso mostra que há no Brasil muitos consumidores potenciais.
6 - O McDonald's enfrentou problemas de rentabilidade e na relação com seus franqueados, e hoje a marca está à venda no Brasil. O Burger King tomou alguma precaução para não repetir a mesma história?Uma das grandes diferenças entre nós e o McDonald's é que eles querem ser os donos das lojas. O Burger King adota uma política diferente. Permitimos que os franqueados sejam os proprietários das lojas e dos terrenos. Por isso, acho que não enfrentaremos os mesmos problemas.
7 - Qual será o papel reservado ao Brasil na expansão mundial dos negócios da rede?Cerca de 80% das novas lojas da rede são abertas hoje fora dos Estados Unidos, sobretudo em países em desenvolvimento. O Brasil tem um enorme potencial. Facilmente dobraremos nossas lojas no país em 2008.
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1 - A indústria do fast food tem como sobreviver num mundo cada vez mais preocupado com problemas como a obesidade?Sim. Prova disso é que as vendas de nossa empresa cresceram quase 20% nos últimos três anos. Nosso negócio é vender hambúrguer. Colocamos saladas em nosso cardápio, mas apenas 5% dos clientes optam por esse item. Se vendêssemos maçãs, saladas, iogurte e tofu, ninguém viria ao Burger King.
2 - O McDonald's tem sido alvo freqüente de protestos por causa de seus produtos e de sua atuação globalizada. O Burger King não corre o risco de também entrar na mira?O McDonald's recebe mais atenção nesse tema porque é a maior rede de fast food. Eles atraem as críticas. Nesse aspecto, estou feliz por sermos o número 2 do mercado.
3 - Apenas a vice-liderança protege a empresa das críticas?Não, nossa postura é muito diferente. Costumamos dizer aos ativistas: não vamos pedir desculpas porque vendemos hambúrguer. Entregamos o que os consumidores desejam.
4 - O comportamento dos consumidores de fast food é o mesmo em diferentes países?Na medida do possível, procuramos respeitar as diferenças regionais. Na Argentina, por exemplo, temos um sanduíche de churrasco. Na Coréia, oferecemos um hambúrguer de camarão. No Brasil, vendemos guaraná e, na Alemanha, cerveja.
5 - O Burger King chegou ao Brasil há apenas dois anos e já conta com quase 30 lojas por aqui. Essa expansão rápida foi uma surpresa?Esperávamos mesmo por um grande resultado num país onde o McDonald's tem mais de 500 restaurantes. Isso mostra que há no Brasil muitos consumidores potenciais.
6 - O McDonald's enfrentou problemas de rentabilidade e na relação com seus franqueados, e hoje a marca está à venda no Brasil. O Burger King tomou alguma precaução para não repetir a mesma história?Uma das grandes diferenças entre nós e o McDonald's é que eles querem ser os donos das lojas. O Burger King adota uma política diferente. Permitimos que os franqueados sejam os proprietários das lojas e dos terrenos. Por isso, acho que não enfrentaremos os mesmos problemas.
7 - Qual será o papel reservado ao Brasil na expansão mundial dos negócios da rede?Cerca de 80% das novas lojas da rede são abertas hoje fora dos Estados Unidos, sobretudo em países em desenvolvimento. O Brasil tem um enorme potencial. Facilmente dobraremos nossas lojas no país em 2008.
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