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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Continental Airlines eliminará 3 mil empregos


da Efe, em Nova York
A companhia aérea americana Continental Airlines informou nesta quinta-feira que eliminará 3 mil postos de trabalho e retirará 67 aviões de operação para enfrentar "a pior crise da indústria desde o 11 de Setembro" por causa do alto preço do combustível.
"O setor está em crise. Seu modelo de negócio não funciona com este preço de combustível e a atual capacidade do mercado. Precisamos reagir com mudanças", afirmaram o presidente da Continental Airlines, Larry Kellner, e seu executivo-chefe, Jeff Smisek, em carta remetida a seus 45 mil funcionários.
Na mensagem, os executivos dizem que o corte dos 3 mil postos de trabalho, que também afetará o nível da diretoria, começará em setembro e que a empresa tentará convencer o maior número de empregados a se demitirem voluntariamente.
Os dois também se comprometeram a renunciar de seus salários até o final do ano, assim como qualquer pagamento de incentivos, e explicaram que os aumentos de preços dos últimos meses não conseguiram amortecer o aumento do custo do combustível.
Segundo seus cálculos, com o petróleo a US$ 151,26 o barril, "cerca de 75% mais caro do que há um ano", as despesas da companhia com combustível durante este ano aumentarão US$ 2,3 bilhões frente ao ano anterior, o que representa US$ 50 mil por funcionário.
Em sua carta, Kellner e Smisek também detalham que a intenção é retirar 67 aeronaves Boeing 737-300 e 737-500, de forma que, a partir de setembro, seus vôos tenham uma redução de 16% por ano, principalmente nas rotas domésticas.
A Continental Airlines prevê que até o final de 2009 tenha retirado de operação todos os aviões destes modelos, pouco eficientes no consumo de combustível, mas continuará recebendo novas aeronaves Boeing 737-800 e 737-900ER (16 este ano e 18 no próximo), para encerrar 2008 com uma frota de 344 unidades.
O anúncio da Continental Airlines acontece um dia após a United Airlines comunicar cortes similares.
Durante meses, as duas companhias aéreas negociaram uma possível fusão, mas finalmente descartaram esta opção por causa das dificuldades surgidas e das dúvidas se esta solução garantiria a rentabilidade das duas empresas.
Na quarta-feira, a United Airlines anunciou que reduzirá em 14% sua capacidade nacional e eliminará entre 1.400 e 1.600 postos de trabalho.
O presidente e executivo-chefe da United Airlines, Glenn Tilton, argumentou que "estas circunstâncias demandem que a indústria atue de forma decisiva e responsável."

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