Alimentos mais caros
O Dia OnlineRioMesmo com uma supersafra, a alta nos preços dos alimentos fará com que o mundo tenha que importar mais de US$ 1 trilhão em alimentos ao longo deste ano. O alerta é da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). De acordo com relatório divulgado ontem, os preços dos alimentos não vão sofrer queda substancial, uma vez que um novo patamar já foi estabelecido.
Na avaliação da FAO, o Brasil deve ganhar mercados em vários setores e se beneficiar da alta de preços, como na venda de carnes e de milho. No entanto, também deverá enfrentar problemas, principalmente no que se refere a trigo e arroz.
O relatório destaca que o novo patamar de preços deverá ser mantido mesmo diante de projeção de produção recorde de alguns itens, como os cereais. Acrescenta que, desde fevereiro, os preços médios têm se estabilizado em alguns setores. Mas haviam aumentado mais de 50% nos quatro meses anteriores — e as projeções são de que a pressão inflacionária pode permanecer pelos próximos 10 anos.
Segundo a FAO, a supersafra de 2008 será registrada em vários setores. Os americanos terão a maior produção de trigo desde 1998, com avanço de 16%. A União Européia terá safra 13% maior.
A produção de arroz deve crescer em 2,3%. Ao contrário de 2007, haverá mais produção do que consumo de arroz, base da alimentação de metade da humanidade. Mas, diante das barreiras às exportações em vários países, a previsão é que não haverá arroz suficiente no mercado internacional para derrubar a cotação, que teve alta de 71% nos primeiros quatro meses do ano.
Para a FAO, a situação é muito preocupante. Os países mais pobres terão de pagar US$ 169 bilhões neste ano para se alimentar, 40% mais que em 2007. A agência aponta como solução maior ajuda da comunidade internacional a essas nações. O pior, adverte, é que essa alta não significa que os países pobres vão comprar mais alimentos. Alguns estão até cortando importações.
Agência teme o aumento da fome mundial
O relatório da FAO aponta que o mundo deverá gastar US$ 215 bilhões a mais neste ano que a conta da alimentação em 2007, alta de 26%. Grande parte será para pagar pelo arroz, trigo e óleos vegetais. Os três setores atingiram níveis recordes de preço. Só o arroz aumentou em 77% desde o fim do ano passado, mesmo com a projeção de uma produção recorde. O trigo ficou 60% mais caro.
Os motivos são variados, incluindo a explosão nos preços dos fertilizantes, custo do frete que duplicou em alguns casos e especulação. Esses fatores explicariam ainda a alta de 30% nos preços do açúcar. Para a FAO, o cenário deve levar a um aumento da fome no mundo.
“Alimentos não são mais baratos como foram”, afirmou o diretor-assistente da FAO, Hafez Ghanem. Hoje, são 854 milhões de famintos no mundo, mas o número deve aumentar. Para a ONU, a crise é a pior em mais de meio século. A agência indica que uma safra apenas não será suficiente e pede que investimentos sejam feitos na agricultura, principalmente nos países emergentes.
Na avaliação da FAO, o Brasil deve ganhar mercados em vários setores e se beneficiar da alta de preços, como na venda de carnes e de milho. No entanto, também deverá enfrentar problemas, principalmente no que se refere a trigo e arroz.
O relatório destaca que o novo patamar de preços deverá ser mantido mesmo diante de projeção de produção recorde de alguns itens, como os cereais. Acrescenta que, desde fevereiro, os preços médios têm se estabilizado em alguns setores. Mas haviam aumentado mais de 50% nos quatro meses anteriores — e as projeções são de que a pressão inflacionária pode permanecer pelos próximos 10 anos.
Segundo a FAO, a supersafra de 2008 será registrada em vários setores. Os americanos terão a maior produção de trigo desde 1998, com avanço de 16%. A União Européia terá safra 13% maior.
A produção de arroz deve crescer em 2,3%. Ao contrário de 2007, haverá mais produção do que consumo de arroz, base da alimentação de metade da humanidade. Mas, diante das barreiras às exportações em vários países, a previsão é que não haverá arroz suficiente no mercado internacional para derrubar a cotação, que teve alta de 71% nos primeiros quatro meses do ano.
Para a FAO, a situação é muito preocupante. Os países mais pobres terão de pagar US$ 169 bilhões neste ano para se alimentar, 40% mais que em 2007. A agência aponta como solução maior ajuda da comunidade internacional a essas nações. O pior, adverte, é que essa alta não significa que os países pobres vão comprar mais alimentos. Alguns estão até cortando importações.
Agência teme o aumento da fome mundial
O relatório da FAO aponta que o mundo deverá gastar US$ 215 bilhões a mais neste ano que a conta da alimentação em 2007, alta de 26%. Grande parte será para pagar pelo arroz, trigo e óleos vegetais. Os três setores atingiram níveis recordes de preço. Só o arroz aumentou em 77% desde o fim do ano passado, mesmo com a projeção de uma produção recorde. O trigo ficou 60% mais caro.
Os motivos são variados, incluindo a explosão nos preços dos fertilizantes, custo do frete que duplicou em alguns casos e especulação. Esses fatores explicariam ainda a alta de 30% nos preços do açúcar. Para a FAO, o cenário deve levar a um aumento da fome no mundo.
“Alimentos não são mais baratos como foram”, afirmou o diretor-assistente da FAO, Hafez Ghanem. Hoje, são 854 milhões de famintos no mundo, mas o número deve aumentar. Para a ONU, a crise é a pior em mais de meio século. A agência indica que uma safra apenas não será suficiente e pede que investimentos sejam feitos na agricultura, principalmente nos países emergentes.
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