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terça-feira, 13 de maio de 2008

Consumo dos brasileiros ultrapassará R$ 1,7 trilhão em 2008, diz estudo

O Globo Online


RIO - O consumo dos brasileiros chegará a R$ 1,742 trilhão, em termos reais, em 2008, enquanto as despesas das famílias crescerão mais que o Produto Interno Bruto do país (6,8% diante dos 4,8% previstos para o PIB, no período entre 2007/2008), indicando um crescimento populacional da ordem de 1,2%. É o que apontam dados do estudo 'Brasil em Foco - IPC Target 2008', elaborado pela empresa Target Marketing.
O IPC-Target de 2008 apresenta ainda características inovadoras, como a segmentação da classe C (C1 e C2), que deverá exigir dos setores produtivos e de serviços uma reavaliação no foco comportamental de consumo, observa o diretor da Target Marketing e responsável pelo estudo, Marcos Pazzini.
Para exemplificar os reflexos dessa segmentação no mix do mercado consumidor, Pazzini destaca que os dados da classe C2 (R$ 162,4 bilhões) estarão mais próximos dos parâmetros de consumo das classes D e E, de menor poder aquisitivo, gerando uma movimentação expressiva de R$ 260 bilhões, o que equivale a 16% do consumo nacional nas áreas urbanas.
Em contrapartida, o potencial de consumo da classe média apresentará uma dimensão ainda maior. No estudo, a classe B2 (parte da classe média) que desponta como sendo a maior de todas as classes, com seus R$ 405,5 bilhões, receberá a parcela da classe C1 (cerca de R$ 286,8 bilhões), elevando o montante da classe média a R$ 692,3 bilhões, o que representa mais de 42% do total previsto para 2008. Já as classes A1, A2 e B1 (topo da pirâmide social) disputarão idêntico poder de compra com a classe média, ou seja, R$ 692,3 bilhões.
Mobilidade social
Em termos de mobilidade social nas áreas urbanas, ainda é possível verificar um crescimento na população da classe C, com perda de participação no potencial de consumo quando somadas os segmentos C1 e C2. Esse aumento quantitativo de pessoas provém normalmente das classes D e E, o que não representa uma expansão de renda para consumo.
Nas classes A2, B2 e B1, entretanto, observa-se um contingente maior de pessoas, só que desta vez com o incremento no potencial de consumo. O maior crescimento ocorrerá na classe B2, representada por domicílios com renda média de R$ 2.500,00/mês, que contém 19,4% dos domicílios urbanos em 2008 (ante 16,4% em 2007) e será responsável por 24,6% do consumo nacional (ante 20,2% em 2007).
- Esta movimentação de domicílios entre as diversas classes econômicas significa oportunidade de mercado para as empresas, através do planejamento adequado de produtos e serviços às demandas destes novos consumidores - ressalta o diretor da Target Marketing, Marcos Pazzini.
Cenários regionais
Embora a região Sudeste apresente maior participação, absorvendo 51,8% do consumo nacional (no ano passado foram 53,2%), a região Nordeste é a que mais cresceu. Além de passar a ser a segunda maior região em consumo do País, com 18,2% (ante os 16,8%), supera a marca da região Sul que se manteve estagnada com os 16,8%. No Centro-Oeste, o consumo apresenta ligeira elevação: 7,8% contra os 7,6% do ano passado, enquanto o Norte a participação caiu para 5,4% ante os 5,6% obtidos no ano anterior.
Se somadas, as 15 maiores cidades do País respondem por 30,2% da participação do consumo nacional. Em termos de crescimento, Recife ascende no ranking, ficando na 9ª posição, com 1,07% (foi 12ª com 0,90%, no ano passado). A liderança é de São Paulo, que registra IPC TARGET de 8,95%, seguido pelo Rio de Janeiro (5,37%); Belo Horizonte (1,91%); Brasília (1,88%); Salvador (1,85%); Curitiba (1,61%); Fortaleza (1,39%) e Porto Alegre (1,32%); Goiânia foi ultrapassada por Recife e ficou em 10º, com 0.95%.
Neste ranking, ainda figuram Manaus (na 13ª posição, com 0,80%), e Belém em 14º, com 0,73%. Cidades como Campinas, Guarulhos e São Bernardo do Campo, de São Paulo, ficaram nas 11ª, 12ª e 15ª posições, respectivamente com 0,91%, 0,82% e 0,63%.
Maiores despesas
Percentualmente, os itens básicos de maior consumo na renda dos brasileiros estão na manutenção do lar (aluguéis, impostos e taxas, luz-água-gas, etc.) 27,47%, alimentos e bebidas 19,57%, transporte/veículos 7,51%, higiene e saúde 7,33%, vestuário e calçados 5,25%, seguidos de recreação e viagens 3,71%, móveis e eletrodomésticos 4,14%, educação 2,61% e fumo 0,71%.

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