Brasil passa ser o terceiro maior mercado do Carrefour no mundo
Valor Econômico
Pela primeira vez na história do Carrefour, o Brasil ascendeu do quarto para o terceiro lugar no ranking das maiores operações do grupo no mundo, ficando atrás apenas da matriz, a França, e da Espanha. "Isto comprova que o Brasil é um mercado estratégico para a empresa no mundo", afirma Stephane Kaloudoff, diretor de finanças e gestão do Carrefour no país. O grupo assumiu a liderança do varejo brasileiro em maio ao comprar, por R$ 2,2 bilhões, a rede Atacadão.
Neste momento, os franceses também disputam a aquisição do GBarbosa, a quarta rede no ranking nacional de supermercados. Se concretizado, o negócio deixará o Carrefour com folga à frente dos seus dois grandes competidores, o Pão de Açúcar e o Wal-Mart.
Além de voltar às compras, algo que havia deixado de fazer na primeira metade desta década, o Carrefour também acelerou a expansão orgânica no Brasil. Cerca de R$ 700 milhões serão investidos ao longo deste ano em novas lojas - sete hipermercados e três supermercados.
"Em 2008, vamos investir mais R$ 700 milhões na expansão orgânica", disse Kaloudoff, que está concluindo o planejamento estratégico do grupo. Ainda não está definido como os investimentos serão distribuídos entre os formatos. "Vamos abrir hipermercados, supermercados e também unidades do Atacadão", diz o executivo.
Neste mês, dois hipermercados do Carrefour passarão a operar com a marca Atacadão, que já possui 34 unidades e atua no segmento conhecido como "atacarejo". Mistura de atacado e varejo, o maior apelo neste modelo de negócio são os preços.
O Brasil sempre desempenhou um papel proeminente na história do Carrefour, que chegou ao país em 1975, quando ainda não se falava em globalização. Era a primeira vez que os franceses abriam uma operação fora da Europa. No entanto, na primeira metade desta década, o cenário foi árduo. A valorização do dólar nesse período fez com que o Brasil caísse do quarto para o quinto lugar no ranking mundial do Carrefour, que também não conseguiu digerir tão facilmente as aquisições feitas nos anos 90.
Mas o maior problema, a divisão de supermercados, já mostra os efeitos do plano de reestruturação implementado pelo atual presidente do Carrefour no Brasil, Jean-Marc Pueyo. Muitas lojas tiveram de ser fechadas e a marca Champion foi substituída pela bandeira Carrefour Bairro, capitalizando assim a boa imagem dos hipermercados do grupo.
Segundo Kaloudoff, os números do terceiro trimestre mostram que a empresa tomou o caminho certo. As vendas brutas em lojas comparáveis (que exclui as unidades abertas) cresceram 2,3% na divisão de hipermercados em relação a igual período de 2006. "Mas no Carrefour Bairro, o crescimento nas mesmas lojas foi de 4%", diz Kaloudoff.
Os resultados da varejista são melhores do que os apresentados pelo Grupo Pão de Açúcar - as duas redes travam uma feroz disputa no Estado de São Paulo e na região Sudeste. Anteontem à noite, o Pão de Açúcar divulgou que suas vendas brutas no conceito "mesmas lojas" cresceram apenas 1,8% no terceiro trimestre, ou abaixo das expectativas. As ações da companhia caíram ontem na Bovespa, figurando entre as maiores baixas do pregão.
Segundo Kaloudoff, além da recuperação na divisão de supermercados, o grupo vem obtendo um forte desempenho em outros setores, como drogarias, postos de combustíveis e turismo. Nesses três negócios, o crescimento nas vendas em lojas comparáveis foi de 26% no terceiro trimestre. "A participação desses serviços no faturamento do grupo cresce a taxas de 2 pontos percentuais ao ano no Brasil", diz o diretor. Atualmente, a divisão de serviços já responde por 12% dos negócios do Carrefour, que comprou oito postos da Esso no país no fim do ano passado e lançou uma bandeira de lojas de conveniência, a Carrefour Express.
Outras redes de supermercados, como o Pão de Açúcar, Wal-Mart e GBarbosa, também estão investindo na área de não-alimentos para alavancar as vendas.
Outro negócio que ganhou destaque no varejo é o de serviços financeiros. O Carrefour abriu o seu próprio banco no país, que fornece o funding para as vendas a crédito da rede. Segundo Kaloudoff, a participação do cartão Carrefour já é de 40% nas vendas do grupo.
Pela primeira vez na história do Carrefour, o Brasil ascendeu do quarto para o terceiro lugar no ranking das maiores operações do grupo no mundo, ficando atrás apenas da matriz, a França, e da Espanha. "Isto comprova que o Brasil é um mercado estratégico para a empresa no mundo", afirma Stephane Kaloudoff, diretor de finanças e gestão do Carrefour no país. O grupo assumiu a liderança do varejo brasileiro em maio ao comprar, por R$ 2,2 bilhões, a rede Atacadão.
Neste momento, os franceses também disputam a aquisição do GBarbosa, a quarta rede no ranking nacional de supermercados. Se concretizado, o negócio deixará o Carrefour com folga à frente dos seus dois grandes competidores, o Pão de Açúcar e o Wal-Mart.
Além de voltar às compras, algo que havia deixado de fazer na primeira metade desta década, o Carrefour também acelerou a expansão orgânica no Brasil. Cerca de R$ 700 milhões serão investidos ao longo deste ano em novas lojas - sete hipermercados e três supermercados.
"Em 2008, vamos investir mais R$ 700 milhões na expansão orgânica", disse Kaloudoff, que está concluindo o planejamento estratégico do grupo. Ainda não está definido como os investimentos serão distribuídos entre os formatos. "Vamos abrir hipermercados, supermercados e também unidades do Atacadão", diz o executivo.
Neste mês, dois hipermercados do Carrefour passarão a operar com a marca Atacadão, que já possui 34 unidades e atua no segmento conhecido como "atacarejo". Mistura de atacado e varejo, o maior apelo neste modelo de negócio são os preços.
O Brasil sempre desempenhou um papel proeminente na história do Carrefour, que chegou ao país em 1975, quando ainda não se falava em globalização. Era a primeira vez que os franceses abriam uma operação fora da Europa. No entanto, na primeira metade desta década, o cenário foi árduo. A valorização do dólar nesse período fez com que o Brasil caísse do quarto para o quinto lugar no ranking mundial do Carrefour, que também não conseguiu digerir tão facilmente as aquisições feitas nos anos 90.
Mas o maior problema, a divisão de supermercados, já mostra os efeitos do plano de reestruturação implementado pelo atual presidente do Carrefour no Brasil, Jean-Marc Pueyo. Muitas lojas tiveram de ser fechadas e a marca Champion foi substituída pela bandeira Carrefour Bairro, capitalizando assim a boa imagem dos hipermercados do grupo.
Segundo Kaloudoff, os números do terceiro trimestre mostram que a empresa tomou o caminho certo. As vendas brutas em lojas comparáveis (que exclui as unidades abertas) cresceram 2,3% na divisão de hipermercados em relação a igual período de 2006. "Mas no Carrefour Bairro, o crescimento nas mesmas lojas foi de 4%", diz Kaloudoff.
Os resultados da varejista são melhores do que os apresentados pelo Grupo Pão de Açúcar - as duas redes travam uma feroz disputa no Estado de São Paulo e na região Sudeste. Anteontem à noite, o Pão de Açúcar divulgou que suas vendas brutas no conceito "mesmas lojas" cresceram apenas 1,8% no terceiro trimestre, ou abaixo das expectativas. As ações da companhia caíram ontem na Bovespa, figurando entre as maiores baixas do pregão.
Segundo Kaloudoff, além da recuperação na divisão de supermercados, o grupo vem obtendo um forte desempenho em outros setores, como drogarias, postos de combustíveis e turismo. Nesses três negócios, o crescimento nas vendas em lojas comparáveis foi de 26% no terceiro trimestre. "A participação desses serviços no faturamento do grupo cresce a taxas de 2 pontos percentuais ao ano no Brasil", diz o diretor. Atualmente, a divisão de serviços já responde por 12% dos negócios do Carrefour, que comprou oito postos da Esso no país no fim do ano passado e lançou uma bandeira de lojas de conveniência, a Carrefour Express.
Outras redes de supermercados, como o Pão de Açúcar, Wal-Mart e GBarbosa, também estão investindo na área de não-alimentos para alavancar as vendas.
Outro negócio que ganhou destaque no varejo é o de serviços financeiros. O Carrefour abriu o seu próprio banco no país, que fornece o funding para as vendas a crédito da rede. Segundo Kaloudoff, a participação do cartão Carrefour já é de 40% nas vendas do grupo.
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