Depois do susto, a queda
O Dia Online
Após longo período de alta, o preço do leite está baixando. Dos produtores para o comércio, a queda chega a 40%, já sendo sentida pelos consumidores e registrada nos índices de inflação. O barateamento se deve ao aumento da produção em todo o País, segundo a ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida). A estimativa dos fornecedores é que esse percentual será integralmente repassado aos clientes do varejo.
Para se ter idéia, o litro das marcas mais populares ou mais vendidas, já pode ser encontrado nas diversas redes de supermercados em torno de R$ 1,10. Mesmos neses casos, o produto chegou a ser vendido acima de R$ 2. Outro bom exemplo é o Parmalat, que também está custando menos de R$ 2. Em agosto, seu preço estava em R$ 2,45. O leite em pó caiu da faixa de R$ 7 para R$ 6.
A tendência é um alívio para muitos orçamentos domésticos. Ao longo de oito meses, a elevação acelerada do preço assustou os consumidores. No auge da escalada, em julho, o leite subiu até 60%. No período janeiro a agosto, a inflação foi de 2,72%, pelos cálculos do ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com profissionais do setor, à época, o aumento foi causado pela escassez do produto nas prateleiras nacionais. Quebra de safras em países da Ásia e Oceania causou desequilíbrio na oferta de mercados europeus, que, para se reabastecer, recorreram à indústria brasileira. Com mais leite exportado, foi a vez de diminuir a oferta interna, levando ao salto de preço, já que a procura aqui não caiu.
A situação piorou em julho, época de férias, quando, segundo especialistas no varejo, as crianças se alimentam melhor e bebem mais leite. O problema chegou a afetar ainda os derivados, como leite in natura, pasteurizados, em pó, condensados e cremes de leite. Mussarela, iogurte e leite fresco também ficaram mais caros.
Sempre atrás de promoções
Promoções-relâmpago e substituição da marca habitual foram as estratégias adotadas pelos consumidores para fugir dos preços altos. A recepcionista Sônia Maria Silva, de 43 anos, por exemplo, passou a comprar marcas desconhecidas. “Só comprava Elegê, mas cheguei a pagar R$ 2,59 pela caixa. Tive que parar. Acho absurdo pagar mais de R$ 2 pelo litro do leite, que deveria custar, no máximo, R$ 1,50”, desabafa Sônia.
A dona-de-casa Jane Pinto Guinhos, 52, vai às compras com encartes de ofertas. “Tenho dois netos, que bebem mais de um litro por dia. Não dá para pagar caro”, diz. Para não estourar o orçamento, a auxiliar administrativa Maria Benevides, 50, reduziu o consumo.
Acostumada a comprar 36 litros por mês, Maria diminuiu para 24. “Quem compra uma ou duas caixas não sente, mas, no meu caso, pesou bastante”, lembra Maria.
Após longo período de alta, o preço do leite está baixando. Dos produtores para o comércio, a queda chega a 40%, já sendo sentida pelos consumidores e registrada nos índices de inflação. O barateamento se deve ao aumento da produção em todo o País, segundo a ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida). A estimativa dos fornecedores é que esse percentual será integralmente repassado aos clientes do varejo.
Para se ter idéia, o litro das marcas mais populares ou mais vendidas, já pode ser encontrado nas diversas redes de supermercados em torno de R$ 1,10. Mesmos neses casos, o produto chegou a ser vendido acima de R$ 2. Outro bom exemplo é o Parmalat, que também está custando menos de R$ 2. Em agosto, seu preço estava em R$ 2,45. O leite em pó caiu da faixa de R$ 7 para R$ 6.
A tendência é um alívio para muitos orçamentos domésticos. Ao longo de oito meses, a elevação acelerada do preço assustou os consumidores. No auge da escalada, em julho, o leite subiu até 60%. No período janeiro a agosto, a inflação foi de 2,72%, pelos cálculos do ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com profissionais do setor, à época, o aumento foi causado pela escassez do produto nas prateleiras nacionais. Quebra de safras em países da Ásia e Oceania causou desequilíbrio na oferta de mercados europeus, que, para se reabastecer, recorreram à indústria brasileira. Com mais leite exportado, foi a vez de diminuir a oferta interna, levando ao salto de preço, já que a procura aqui não caiu.
A situação piorou em julho, época de férias, quando, segundo especialistas no varejo, as crianças se alimentam melhor e bebem mais leite. O problema chegou a afetar ainda os derivados, como leite in natura, pasteurizados, em pó, condensados e cremes de leite. Mussarela, iogurte e leite fresco também ficaram mais caros.
Sempre atrás de promoções
Promoções-relâmpago e substituição da marca habitual foram as estratégias adotadas pelos consumidores para fugir dos preços altos. A recepcionista Sônia Maria Silva, de 43 anos, por exemplo, passou a comprar marcas desconhecidas. “Só comprava Elegê, mas cheguei a pagar R$ 2,59 pela caixa. Tive que parar. Acho absurdo pagar mais de R$ 2 pelo litro do leite, que deveria custar, no máximo, R$ 1,50”, desabafa Sônia.
A dona-de-casa Jane Pinto Guinhos, 52, vai às compras com encartes de ofertas. “Tenho dois netos, que bebem mais de um litro por dia. Não dá para pagar caro”, diz. Para não estourar o orçamento, a auxiliar administrativa Maria Benevides, 50, reduziu o consumo.
Acostumada a comprar 36 litros por mês, Maria diminuiu para 24. “Quem compra uma ou duas caixas não sente, mas, no meu caso, pesou bastante”, lembra Maria.
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