Consumidor está mais disposto a gastar
Gazeta Mercantil
São Paulo, 18 de Outubro de 2007 - Celular, geladeira, fogão e computador são os produtos mais cobiçados pelos paulistanos. A combinação de três fatores - aumento real do salário mínimo, inflação baixa e queda da taxa de juros, embora ainda pequena na ponta do tomador de crédito - criou o ambiente propício para que o consumidor paulistano esteja mais disposto a ir às compras neste final de ano do que estava no ano passado.
A intenção de compra quase dobrou em relação ao final de 2006: subiu de 36,8% no quarto trimestre do ano passado para 61,2% no mesmo período deste ano, segundo pesquisa realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a consultoria Canal Varejo.
"Do ponto de vista internacional, a expectativa de desaceleração econômica que se temia não aconteceu. Ao mesmo tempo, o Brasil caminha para investment grade", diz o coordenador do Provar, Claudio Felisoni de Angelo. Do ponto de vista interno, o economista destaca a manutenção das boas condições já registradas ao longo do ano.
Segmentos
A intenção de compra para o quarto trimestre subiu em oito de nove segmentos pesquisados. Somente material de construção apresentou queda (de 29,03%). "Existe um movimento forte de empresas comprando material de construção, mas a demanda por parte de pessoas físicas, área que pesquisamos, estão comprando menos", afirma a coordenadora de pesquisas do Provar, Patrícia de Salles Vance.
Telefonia celular (11,8%), linha branca (10,2%), informática (8,8%) e eletroeletrônicos (8,8%) encabeçam a lista dos produtos mais cobiçados. Fabricados, em parte, com componentes importados, esses itens têm tido os preços reduzidos por conta da desvalorização do dólar frente o real, estimulando a aquisição.
Já a intenção de gastos do consumidor para os três últimos meses deste ano está menor em cinco de nove segmentos pesquisados. Apesar disso, a composição entre a intenção de compra e a de gasto acaba desenhando um quadro positivo para oito segmentos.
"O gasto em alguns casos cai, por conta dos preços mais baixos, mas é compensado pela intenção de compra maior", explica Felisoni. Isso significa, segundo o economista, que deverá haver aumento no faturamento em quase todos os setores pesquisados. "Já tivemos um ano bom e, provavelmente, teremos um Natal melhor que o de 2006."
A pesquisa, realizada trimestralmente, mostra ainda que a pretensão de comprar só vem subindo desde o início deste ano. Começou em 45,2%, passou para 54,8%, no segundo trimestre e cresceu para 56,2% no período entre julho e setembro.
A disponibilidade de renda do consumidor também apresenta sucessivas altas desde o começo de 2007. No primeiro trimestre, depois dos gastos com alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação e lazer, sobrava 11,5% da renda do consumidor para outras despesas. O percentual subiu para 16%, no segundo trimestre, 16,4% no terceiro, e encerra o ano em 17,8% - maior também em relação aos 12,6% verificados no quarto trimestre de 2006.
Participaram da pesquisa 500 consumidores da cidade de São Paulo, com renda média a partir de R$ 390.
Compras pela internet
Nas compras pela internet, a intenção de compra sobe para 85,5%. O percentual é, no entanto, menor que o de mesmo período do ano passado, quando 86,9% dos entrevistados tinham a intenção de comprar pelo canal virtual. Livros, CDs e DVDs lideram a intenção com 47,7%; seguidos por eletroeletrônicos, com a32,7%; informática com 27,6%; e telefonia e celulares, com 20,6%.
Para essa parte da pesquisa, foram entrevistadas aproximadamente 2 mil pessoas residentes no Estado de São Paulo.
São Paulo, 18 de Outubro de 2007 - Celular, geladeira, fogão e computador são os produtos mais cobiçados pelos paulistanos. A combinação de três fatores - aumento real do salário mínimo, inflação baixa e queda da taxa de juros, embora ainda pequena na ponta do tomador de crédito - criou o ambiente propício para que o consumidor paulistano esteja mais disposto a ir às compras neste final de ano do que estava no ano passado.
A intenção de compra quase dobrou em relação ao final de 2006: subiu de 36,8% no quarto trimestre do ano passado para 61,2% no mesmo período deste ano, segundo pesquisa realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a consultoria Canal Varejo.
"Do ponto de vista internacional, a expectativa de desaceleração econômica que se temia não aconteceu. Ao mesmo tempo, o Brasil caminha para investment grade", diz o coordenador do Provar, Claudio Felisoni de Angelo. Do ponto de vista interno, o economista destaca a manutenção das boas condições já registradas ao longo do ano.
Segmentos
A intenção de compra para o quarto trimestre subiu em oito de nove segmentos pesquisados. Somente material de construção apresentou queda (de 29,03%). "Existe um movimento forte de empresas comprando material de construção, mas a demanda por parte de pessoas físicas, área que pesquisamos, estão comprando menos", afirma a coordenadora de pesquisas do Provar, Patrícia de Salles Vance.
Telefonia celular (11,8%), linha branca (10,2%), informática (8,8%) e eletroeletrônicos (8,8%) encabeçam a lista dos produtos mais cobiçados. Fabricados, em parte, com componentes importados, esses itens têm tido os preços reduzidos por conta da desvalorização do dólar frente o real, estimulando a aquisição.
Já a intenção de gastos do consumidor para os três últimos meses deste ano está menor em cinco de nove segmentos pesquisados. Apesar disso, a composição entre a intenção de compra e a de gasto acaba desenhando um quadro positivo para oito segmentos.
"O gasto em alguns casos cai, por conta dos preços mais baixos, mas é compensado pela intenção de compra maior", explica Felisoni. Isso significa, segundo o economista, que deverá haver aumento no faturamento em quase todos os setores pesquisados. "Já tivemos um ano bom e, provavelmente, teremos um Natal melhor que o de 2006."
A pesquisa, realizada trimestralmente, mostra ainda que a pretensão de comprar só vem subindo desde o início deste ano. Começou em 45,2%, passou para 54,8%, no segundo trimestre e cresceu para 56,2% no período entre julho e setembro.
A disponibilidade de renda do consumidor também apresenta sucessivas altas desde o começo de 2007. No primeiro trimestre, depois dos gastos com alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação e lazer, sobrava 11,5% da renda do consumidor para outras despesas. O percentual subiu para 16%, no segundo trimestre, 16,4% no terceiro, e encerra o ano em 17,8% - maior também em relação aos 12,6% verificados no quarto trimestre de 2006.
Participaram da pesquisa 500 consumidores da cidade de São Paulo, com renda média a partir de R$ 390.
Compras pela internet
Nas compras pela internet, a intenção de compra sobe para 85,5%. O percentual é, no entanto, menor que o de mesmo período do ano passado, quando 86,9% dos entrevistados tinham a intenção de comprar pelo canal virtual. Livros, CDs e DVDs lideram a intenção com 47,7%; seguidos por eletroeletrônicos, com a32,7%; informática com 27,6%; e telefonia e celulares, com 20,6%.
Para essa parte da pesquisa, foram entrevistadas aproximadamente 2 mil pessoas residentes no Estado de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário