Inflação dos alimentos afasta os mais pobres dos supermercados
A inflação dos alimentos está afastando os mais pobres das gôndolas dos supermercados. Segundo a Latin Panel, que faz pesquisas periódicas sobre os hábitos de consumo das famílias latino-americanas, cerca de 880 mil lares brasileiros — 2% do total — deixaram de consumir produtos básicos em conseqüência do aumento de preços.
O custo das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza pesquisados pela Latin Panel cresceu 9%, em média, nos primeiros quatro meses do ano em comparação com igual período de 2007. De acordo com Veronica Amorim, gerente de atendimento da empresa, famílias de classes A, B e C estão gastando entre 5% e 6% a mais, mas não foi registrada queda no consumo desta faixa da população.
— Como a inflação está concentrada em produtos básicos, não há muita alternativa. As famílias ficam encurraladas — diz Veronica.
No lar do casal de aposentados Henrique e Maria Eloá Drehmer, de Porto Alegre, pequenos sacrifícios estão sendo feitos para compensar a alta de preços. A carne perdeu espaço para o peixe, o arroz cedeu lugar à massa e o feijão não aparece na mesa toda a semana.
A carne vermelha foi um dos primeiros itens da cesta básica a ser reduzido nas compras mensais. Em vez dela, entra desde filé a sardinha, e inclusive frango. O arroz continua diariamente na mesa da família, porém, em menor quantidade. O tradicional acompanhamento da refeição ganha reforço de legumes refogados ou, ainda, de macarrão.
— O arroz está caro, o pacote de cinco quilos custa R$ 10. O que consumíamos em um mês, agora comemos em dois — conta o professor aposentado.
Igual arranjo foi feito com o feijão. Por estar com o preço mais elevado, o grão aparece a cada duas semanas. No intervalo, entra em cena a lentilha.
Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, a substituição de alimentos será o comportamento padrão das famílias nos próximos meses.
— O requeijão é o típico produto que entra e sai da lista de compras conforme o preço. O consumidor entende muito bem o movimento de preços e se adapta bem rápido — afirma Honda.
Os supermercados já apresentam queda no volume de itens vendidos, segundo o presidente da Abras, mas o faturamento do setor tem aumentado em razão da alta de preços.
O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Longo, acredita que a alta de preços vai forçar a indústria de alimentos a reposicionar os produtos de forma a não perder clientes.
— Vão criar opções para que o consumidor siga comprando. A indústria não vai abandonar clientes — diz.
O custo das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza pesquisados pela Latin Panel cresceu 9%, em média, nos primeiros quatro meses do ano em comparação com igual período de 2007. De acordo com Veronica Amorim, gerente de atendimento da empresa, famílias de classes A, B e C estão gastando entre 5% e 6% a mais, mas não foi registrada queda no consumo desta faixa da população.
— Como a inflação está concentrada em produtos básicos, não há muita alternativa. As famílias ficam encurraladas — diz Veronica.
No lar do casal de aposentados Henrique e Maria Eloá Drehmer, de Porto Alegre, pequenos sacrifícios estão sendo feitos para compensar a alta de preços. A carne perdeu espaço para o peixe, o arroz cedeu lugar à massa e o feijão não aparece na mesa toda a semana.
A carne vermelha foi um dos primeiros itens da cesta básica a ser reduzido nas compras mensais. Em vez dela, entra desde filé a sardinha, e inclusive frango. O arroz continua diariamente na mesa da família, porém, em menor quantidade. O tradicional acompanhamento da refeição ganha reforço de legumes refogados ou, ainda, de macarrão.
— O arroz está caro, o pacote de cinco quilos custa R$ 10. O que consumíamos em um mês, agora comemos em dois — conta o professor aposentado.
Igual arranjo foi feito com o feijão. Por estar com o preço mais elevado, o grão aparece a cada duas semanas. No intervalo, entra em cena a lentilha.
Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, a substituição de alimentos será o comportamento padrão das famílias nos próximos meses.
— O requeijão é o típico produto que entra e sai da lista de compras conforme o preço. O consumidor entende muito bem o movimento de preços e se adapta bem rápido — afirma Honda.
Os supermercados já apresentam queda no volume de itens vendidos, segundo o presidente da Abras, mas o faturamento do setor tem aumentado em razão da alta de preços.
O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Longo, acredita que a alta de preços vai forçar a indústria de alimentos a reposicionar os produtos de forma a não perder clientes.
— Vão criar opções para que o consumidor siga comprando. A indústria não vai abandonar clientes — diz.
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