Embalagens de produtos diminuem, mas preços não têm redução
A mudança na embalagem de produtos, praticamente todas as vezes, acaba causando aumento no preço final das mercadorias. É comum encontrarmos produtos que tiveram seu peso líquido reduzido, mas que não passaram por uma queda proporcional no preço, o que resulta em um aumento "camuflado".Segundo um levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioecônomicos) de preços de sete produtos que tiveram sua gramatura alterada, em todos os casos, a mudança na embalagem causou prejuízo aos consumidores. As alterações resultaram em um aumento real --considerando o preço final do grama de cada produto-- de até 27%. No caso de um produto específico, o adoçante em pó Finn, esse foi o percentual de aumento para o consumidor.Na pesquisa realizada pelo Dieese entre a segunda quinzena de março e a primeira de abril, em 70 mercados da capital, o preço médio da caixa do adoçante com 50 envelopes de um grama custava, em média, R$ 4,90.Já na segunda quinzena de abril e primeira de maio, os pesquisadores da entidade perceberam que a embalagem do produto tinha sido reduzida. Ao invés do antigo um grama por envelope, a mercadoria tinha somente 0,8 grama por envelope --menos 20%. No entanto, o preço tinha passado para R$ 4,98 --aumento de 1,63%.Entretanto, fazendo as contas da alteração do preço em relação à mudança na gramatura, o aumento foi ainda maior --26,94%. Isso porque, considerando o novo preço e a embalagem antiga, o preço final subiu para R$ 6,22.
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