Ministro Nelson Jobim cobra mais conforto em aviões
Brasília (AE)
O governo determinou ontem, pela primeira vez, desde que começou a explosão no crescimento da aviação comercial brasileira, sete anos atrás, que as companhias aéreas revejam a prática de reduzir sistematicamente o espaço entre as poltronas para transportar cada vez mais passageiros. A decisão foi anunciada na CPI do Apagão Aéreo do Senado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, 1,90 m de altura, 110 quilos e um passageiro assumidamente incomodado com o desconforto na classe econômica dos aviões. Em depoimento na CPI, o ministro disse que determinou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que reveja o “espaço vital” entre as poltronas dos aviões, assim como a espessura dos encostos. Até 1999, o Brasil contabilizava cerca de 5 milhões de usuários do transporte aéreo, o que redundava na venda de 16 milhões de passagens. Em 2000, o número de usuários cresceu para 15 milhões, com cerca de 40 milhões de passagens vendidas - foi no rastro dessa explosão e popularização que nasceu a Gol, em 2001. “A capacidade do aumento de número de vôos foi inferior ao crescimento da demanda”, disse o ministro Jobim. “Já determinei à Anac que reveja isso”, informou o ministro aos parlamentares. A assessoria de imprensa da Anac disse à reportagem que não recebeu nenhuma comunicação formal de Jobim, mas que, desde 2005, antes mesmo da criação da agência (2006), as autoridades aeronáuticas fazem estudos sobre o problema com as poltronas.
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