Saraiva negocia compra da Siciliano e mix deve mudar
Valor Econômico
O grupo Saraiva confirmou ontem que está negociando a compra de todos os ativos da tradicional Siciliano. O pacote inclui uma rede de livrarias com 62 lojas, sendo dez franquias, uma editora, com três selos, e uma loja virtual. "Queremos confirmar ao mercado nosso interesse", disse, ao Valor, João Luís Hopp, diretor financeiro e de relações com investidores do grupo.
"Porém, não há data para a negociação acabar nem garantia de que chegará a um bom termo", observou o executivo da Saraiva, que enviou fato relevante ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo uma fonte, ainda estão sendo discutidos alguns pontos como, por exemplo, se algumas lojas serão fechadas e se a marca Siciliano será mantida. Hopp não dá muitas dicas. "Algumas processos precisam ser concretizados. Mas não posso falar quais processos são". Segundo o executivo, há seis shopping centers que possuem lojas da Siciliano e da Saraiva. "Mas isso não significa, no entanto, que serão fechadas. Há shoppings em que cabem duas lojas", explicou. A rede da Saraiva é de 35 lojas.
Hopp diz que, se o negócio for concretizado, o mix de produtos das lojas Siciliano mudará. Atualmente, grande parte das unidades da Siciliano vende apenas livros. Desde meados do ano passado, a empresa passou a vender também outros tipos de produtos, como CDs e DVDs, em certas lojas. A Saraiva, por outro lado, trabalha com um catálogo mais diversificado, que engloba desde livros a computadores e celulares. "Seria natural levar um mix parecido (ao da Saraiva) para os pontos-de-vendas deles", afirma Hopp.
A Siciliano confirmou, através de sua assessoria de imprensa, a negociação com a Saraiva . A rede, que passa por problemas societários e financeiros, teve receita operacional líquida de R$ 155,2 milhões em 2006, com queda de 1,8% em relação ao ano anterior. Mas a empresa conseguiu diminuir o prejuízo líquido que somou R$ 5,6 milhões no ano passado. Em 2005 havia sido de R$ 7,3 milhões.
A Siciliano tem empréstimos de curto e longo prazos junto a bancos no valor de R$ 25,2 milhões. A dívida com fornecedores é maior - atingiu R$ 30,8 milhões em 2006, o que já fez com que algumas editoras parassem de trabalhar com a rede.
A Saraiva fatura mais que o dobro da concorrente. O grupo teve receita bruta de R$ 351,4 milhões no primeiro semestre deste ano e um lucro líquido de R$ 34,5 milhões. Atualmente, a Saraiva conta com um caixa de R$ 76,7 milhões.
Luis Fernando Pedroso, superintendente da Ediouro, fez uma proposta pela divisão editorial da Siciliano há mais de dois meses. Porém, não recebeu nenhuma resposta desde então. "Aparentemente, foi recusada", disse ao Valor. "Li a nota (fato relevante divulgado pela Saraiva). Acho positivo. A Saraiva é muito séria."
Porém, não são todos que vêem com bons olhos a possível compra da Siciliano pela Saraiva. Primeiro, dizem algumas fontes de mercado, haverá uma concentração de compras na Saraiva, que terá mais força na hora da negociação. Um segundo motivo dado por livrarias e, principalmente, editoras, é que a Siciliano, por ter praticamente apenas livros dentro de suas lojas, está mais aberta a arriscar e vender novos títulos, não somente "best-sellers".
A família Siciliano também continua negociando a venda do prédio que abriga a sede da empresa, no bairro de Pirituba, na zona norte de São Paulo. O preço estimado é entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. Esta negociação não está sendo feita com a Saraiva.
O grupo Saraiva confirmou ontem que está negociando a compra de todos os ativos da tradicional Siciliano. O pacote inclui uma rede de livrarias com 62 lojas, sendo dez franquias, uma editora, com três selos, e uma loja virtual. "Queremos confirmar ao mercado nosso interesse", disse, ao Valor, João Luís Hopp, diretor financeiro e de relações com investidores do grupo.
"Porém, não há data para a negociação acabar nem garantia de que chegará a um bom termo", observou o executivo da Saraiva, que enviou fato relevante ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo uma fonte, ainda estão sendo discutidos alguns pontos como, por exemplo, se algumas lojas serão fechadas e se a marca Siciliano será mantida. Hopp não dá muitas dicas. "Algumas processos precisam ser concretizados. Mas não posso falar quais processos são". Segundo o executivo, há seis shopping centers que possuem lojas da Siciliano e da Saraiva. "Mas isso não significa, no entanto, que serão fechadas. Há shoppings em que cabem duas lojas", explicou. A rede da Saraiva é de 35 lojas.
Hopp diz que, se o negócio for concretizado, o mix de produtos das lojas Siciliano mudará. Atualmente, grande parte das unidades da Siciliano vende apenas livros. Desde meados do ano passado, a empresa passou a vender também outros tipos de produtos, como CDs e DVDs, em certas lojas. A Saraiva, por outro lado, trabalha com um catálogo mais diversificado, que engloba desde livros a computadores e celulares. "Seria natural levar um mix parecido (ao da Saraiva) para os pontos-de-vendas deles", afirma Hopp.
A Siciliano confirmou, através de sua assessoria de imprensa, a negociação com a Saraiva . A rede, que passa por problemas societários e financeiros, teve receita operacional líquida de R$ 155,2 milhões em 2006, com queda de 1,8% em relação ao ano anterior. Mas a empresa conseguiu diminuir o prejuízo líquido que somou R$ 5,6 milhões no ano passado. Em 2005 havia sido de R$ 7,3 milhões.
A Siciliano tem empréstimos de curto e longo prazos junto a bancos no valor de R$ 25,2 milhões. A dívida com fornecedores é maior - atingiu R$ 30,8 milhões em 2006, o que já fez com que algumas editoras parassem de trabalhar com a rede.
A Saraiva fatura mais que o dobro da concorrente. O grupo teve receita bruta de R$ 351,4 milhões no primeiro semestre deste ano e um lucro líquido de R$ 34,5 milhões. Atualmente, a Saraiva conta com um caixa de R$ 76,7 milhões.
Luis Fernando Pedroso, superintendente da Ediouro, fez uma proposta pela divisão editorial da Siciliano há mais de dois meses. Porém, não recebeu nenhuma resposta desde então. "Aparentemente, foi recusada", disse ao Valor. "Li a nota (fato relevante divulgado pela Saraiva). Acho positivo. A Saraiva é muito séria."
Porém, não são todos que vêem com bons olhos a possível compra da Siciliano pela Saraiva. Primeiro, dizem algumas fontes de mercado, haverá uma concentração de compras na Saraiva, que terá mais força na hora da negociação. Um segundo motivo dado por livrarias e, principalmente, editoras, é que a Siciliano, por ter praticamente apenas livros dentro de suas lojas, está mais aberta a arriscar e vender novos títulos, não somente "best-sellers".
A família Siciliano também continua negociando a venda do prédio que abriga a sede da empresa, no bairro de Pirituba, na zona norte de São Paulo. O preço estimado é entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. Esta negociação não está sendo feita com a Saraiva.
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