Pesquisar este blog

domingo, 11 de janeiro de 2009

À prova de turbulência?


Com mais de 150 anos de história, a Louis Vuitton tornou-se a maior potência do luxo mundial, passando ilesa por guerras e recessões. Para crescer em meio a mais uma crise, a empresa terá agora de se equilibrar entre a conquista de novos mercados e a manutenção de quem sempre quis exclusividade
Por Malu Gaspar, de paris
Revista EXAME
Dentro do museu do Louvre, no espaço conhecido como Cour Carré, o desfile da Louis Vuitton está para começar. Celebridades como Lenny Kravitz e Sofia Coppola tiram fotos com o presidente mundial da marca, Yves Carcelle, e com o herdeiro do grupo LVMH (iniciais de Louis Vuitton Moët Hennessy), Antoine Arnault. O público se acomoda. Na primeira fila estão ainda o fotógrafo italiano Mario Testino, os críticos de moda das principais publicações do mundo e uma platéia de consumidores com algumas das maiores contas bancárias do planeta. O presidente do LVMH, Bernard Arnault, chega com 15 minutos de atraso. Todos se sentam e o desfile, enfim, começa. A trilha sonora lembra os antigos musicais da Broadway. Por 20 minutos, 35 mulheres magérrimas usando saltos de altura perigosa, roupas em tons de amarelo, roxo e terra e as bolsas da nova coleção da Vuitton desfilam sobre uma passarela coberta de areia. Assim que o show acaba, uma ovação comportada. Marc Jacobs, estilista da grife, agradece rapidamente os aplausos. Poucos minutos depois e não muito distante dali, os seguranças da loja da Louis Vuitton na avenida Champs-Elysées, em Paris, seguram a porta de vidro para impedir mais gente de entrar. O clima não é exatamente dos mais ordeiros. Forma-se uma fila. Turistas anônimos tiram fotos freneticamente em frente à loja. Lá dentro, uma visível maioria de asiáticos compra com avidez bolsas, carteiras, echarpes e outros artigos. Como há um limite de compras por passaporte, muitos estrangeiros pedem a outros que comprem por eles.

Nenhum comentário: