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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Fusão de Americanas.com e Submarino é aprovada

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça aprovou, ontem, sem restrições, a fusão entre os sites Submarino e Americanas.com. O negócio foi anunciado em novembro do ano passado e movimentou R$ 7 bilhões. Os sites foram fundidos numa nova sociedade, denominada B2W Companhia Global de Varejo, que consolidou as operações de ambas as empresas. Com a decisão do Cade, a nova sociedade está plenamente autorizada a operar.
Os conselheiros do Cade consideraram que o mercado de venda de produtos pela internet é bastante amplo, com a possibilidade de entrada de outras empresas que ainda não atuam no ramo.
Segundo parecer conjunto das Secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, e de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, a fusão levou a uma concentração de quase 40% no mercado varejista à distância. O parecer ressaltou que a Americanas.com detinha 23%, enquanto o Submarino atingia 15%. Os dados são de 2005 e apontam que a terceira concorrente neste mercado seria a Magazine Luiza, com 5,5%. O Ponto Frio viria em seguida, com 4,5%. O Submarino concentra-se nas vendas de CDs, livros, viagens e ingressos de cinema. Já o site das Lojas Americanas vende praticamente esses mesmos produtos, além de móveis.
Por outro lado, as secretarias concluíram que o comércio tradicional pode limitar um possível aumento de preços por parte da B2W. Ou seja, se a B2W resolver aumentar os preços, os consumidores podem optar por fazer compras pessoalmente nas lojas. Além disso, outras empresas do varejo tradicional também anunciaram a intenção de vender pela internet, como a Casas Bahia. As secretarias ressaltaram ainda que a B2W enfrenta outros competidores no varejo à distância, como empresas que vendem por telefone.
Com base no parecer, o Cade concluiu que este é um mercado com diversas estratégias de rivalidade. "Claramente, é um mercado em desenvolvimento, com baixas barreiras à entrada de novos concorrentes e evolução tecnológica", disse a advogada Barbara Rosenberg, do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão, que atuou no caso.
Essa foi a segunda grande aprovação do Cade num negócio envolvendo a Americanas neste ano. Em junho, o órgão aprovou a compra das lojas da Blockbuster pela companhia.

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