Insinuante deve faturar US$ 1 bi
Valor Econômico
No momento em que concorrentes de peso, como Ponto Frio e a mexicana Elektra, anunciam seu desembarque no Nordeste, a Insinuante desenha um aumento de 20% no seu número de lojas até junho do ano que vem, acerta os detalhes para sua entrada definitiva no comércio eletrônico e já prepara o lançamento de suas ações em bolsa. Se confirmadas suas projeções, o grupo, que faturou R$ 1,75 bilhão em 2006, vai chegar ainda neste ano à marca de US$ 1 bilhão em faturamento.
Quarta maior rede de varejo do país, a Insinuante tem atualmente 250 lojas em todos os Estados do Nordeste, além de unidades no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. O roteiro de 50 inaugurações programado até junho de 2008 incluirá Belém (PA) e Manaus (AM). Quando chegar ao Amazonas, a Insinuante vai estrear na logística fluvial.
A expansão da rede continuará a ser feita com dinheiro próprio, afirma o presidente da Insinuante, Luiz Carlos Batista. É assim desde que a empresa nasceu como uma pequena loja de sapatos em Vitória da Conquista, a 556 quilômetros de Salvador. Nesse tempo, móveis e eletroeletrônicos tornaram-se sua especialidade e os sapatos deixaram as prateleiras.
O plano de abertura de capital não tem data para ser concretizado. "Mas os bancos com quem temos conversado dizem que poderíamos fazer um IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) em seis meses", afirma Batista, que reitera que as consultas aos bancos ainda têm sido informais. "A idéia do IPO não é financiar a expansão. Deve servir mais para a família ter uma referência de valor, para saber quanto a empresa vale."
Os Estados do Sul ou São Paulo, grande mercado consumidor nacional, não fazem parte dos planos da Insinuante. "Não queremos chegar lá para ser mais um", diz o presidente. O retorno ao comércio eletrônico, entretanto, pode levar, de forma virtual, a rede para todo o país. Até dezembro deverá estar concluído o projeto de volta da Insinuante ao e-commerce.
A rede chegou a atuar na área por quatro anos, mas as vendas pela internet, que tinham limitação geográfica - atendiam apenas partes de alguns Estados em que o grupo atua -, foram interrompidas há dois anos. Agora, o plano é vender para internautas de todo o país. A Insinuante prepara parcerias para viabilizar o projeto e oferecer produtos que hoje ela não vende nas lojas convencionais, como livros e CDs. Esses produtos, avalia Batista, seriam um chamariz extra para o portal de vendas.
Os programas de complementação de renda do governo e a maior oferta de crédito ampliaram o interesse dos varejistas pelo Nordeste. Mas o acirramento da concorrência no varejo na região não preocupa a rede de origem baiana, diz Batista. "As fases de maior crescimento da Insinuante ocorreram em momentos de aumento da concorrência ou de crise", afirma.
Nas crises econômicas, conta Batista, o grupo conseguiu aumentar seu número de lojas negociando imóveis e terrenos por preços mais reduzidos. Competidores de maior fôlego - como os que o grupo enfrentou nos áureos tempo de redes como Arapuã e Lojas Ipê -, argumenta ele, trazem estímulo extra e podem, sim, ensinar. "A gente sempre tem o que aprender. Se fizerem uma loja de 30 metros quadrados e ela der certo, nós podemos abrir uma também, por que não?" Essa é uma referência indireta ao projeto do Ponto Frio, que, inicialmente, atuará na Bahia com lojas de área entre 30 e 100 metros quadrados. As lojas da Insinuante têm tamanho mínimo de 500 metros quadrados e, em média, mil metros, mas as maiores têm 5 mil metros quadrados.
A meta estabelecida há alguns anos de atingir a barreira psicológica de US$ 1 bilhão em faturamento pode ser alcançada em 2007. "É um número bonito", brinca o presidente. "É um número respeitado em todo o mundo, mas o mais importante é a saúde financeira da empresa. Não adianta crescer por crescer, só para ter volume."
A Insinuante prepara ainda o lançamento de um cartão de crédito, sobre o qual Batista não revelou detalhes. Hoje, cerca de 15% das vendas são feitas à vista. O restante é dividido em partes iguais pelo financiamento em cartão de crédito ou no crediário (que tem funding próprio e também das parcerias com HSBC e GE Capital).
A rede de lojas é o lado mais visível da Insinuante, mas o grupo não limita-se a elas. A financeira BPN, por exemplo, completou dez anos em 2007 e hoje atua também com lojas de rua, e não apenas com unidades dentro da rede da Insinuante. Além de empréstimo pessoal, a financeira comercializa seguros de vida e automóvel, entre outros produtos. DTL Brasil (logística), Sadel (manutenção e reparo de produtos vendidos na rede de lojas), Coluna Patrimonial (incorporadora) e InDados (serviços de tecnologia) completam o time de empresas do grupo.
Quarta maior rede de varejo do país, a Insinuante tem atualmente 250 lojas em todos os Estados do Nordeste, além de unidades no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. O roteiro de 50 inaugurações programado até junho de 2008 incluirá Belém (PA) e Manaus (AM). Quando chegar ao Amazonas, a Insinuante vai estrear na logística fluvial.
A expansão da rede continuará a ser feita com dinheiro próprio, afirma o presidente da Insinuante, Luiz Carlos Batista. É assim desde que a empresa nasceu como uma pequena loja de sapatos em Vitória da Conquista, a 556 quilômetros de Salvador. Nesse tempo, móveis e eletroeletrônicos tornaram-se sua especialidade e os sapatos deixaram as prateleiras.
O plano de abertura de capital não tem data para ser concretizado. "Mas os bancos com quem temos conversado dizem que poderíamos fazer um IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) em seis meses", afirma Batista, que reitera que as consultas aos bancos ainda têm sido informais. "A idéia do IPO não é financiar a expansão. Deve servir mais para a família ter uma referência de valor, para saber quanto a empresa vale."
Os Estados do Sul ou São Paulo, grande mercado consumidor nacional, não fazem parte dos planos da Insinuante. "Não queremos chegar lá para ser mais um", diz o presidente. O retorno ao comércio eletrônico, entretanto, pode levar, de forma virtual, a rede para todo o país. Até dezembro deverá estar concluído o projeto de volta da Insinuante ao e-commerce.
A rede chegou a atuar na área por quatro anos, mas as vendas pela internet, que tinham limitação geográfica - atendiam apenas partes de alguns Estados em que o grupo atua -, foram interrompidas há dois anos. Agora, o plano é vender para internautas de todo o país. A Insinuante prepara parcerias para viabilizar o projeto e oferecer produtos que hoje ela não vende nas lojas convencionais, como livros e CDs. Esses produtos, avalia Batista, seriam um chamariz extra para o portal de vendas.
Os programas de complementação de renda do governo e a maior oferta de crédito ampliaram o interesse dos varejistas pelo Nordeste. Mas o acirramento da concorrência no varejo na região não preocupa a rede de origem baiana, diz Batista. "As fases de maior crescimento da Insinuante ocorreram em momentos de aumento da concorrência ou de crise", afirma.
Nas crises econômicas, conta Batista, o grupo conseguiu aumentar seu número de lojas negociando imóveis e terrenos por preços mais reduzidos. Competidores de maior fôlego - como os que o grupo enfrentou nos áureos tempo de redes como Arapuã e Lojas Ipê -, argumenta ele, trazem estímulo extra e podem, sim, ensinar. "A gente sempre tem o que aprender. Se fizerem uma loja de 30 metros quadrados e ela der certo, nós podemos abrir uma também, por que não?" Essa é uma referência indireta ao projeto do Ponto Frio, que, inicialmente, atuará na Bahia com lojas de área entre 30 e 100 metros quadrados. As lojas da Insinuante têm tamanho mínimo de 500 metros quadrados e, em média, mil metros, mas as maiores têm 5 mil metros quadrados.
A meta estabelecida há alguns anos de atingir a barreira psicológica de US$ 1 bilhão em faturamento pode ser alcançada em 2007. "É um número bonito", brinca o presidente. "É um número respeitado em todo o mundo, mas o mais importante é a saúde financeira da empresa. Não adianta crescer por crescer, só para ter volume."
A Insinuante prepara ainda o lançamento de um cartão de crédito, sobre o qual Batista não revelou detalhes. Hoje, cerca de 15% das vendas são feitas à vista. O restante é dividido em partes iguais pelo financiamento em cartão de crédito ou no crediário (que tem funding próprio e também das parcerias com HSBC e GE Capital).
A rede de lojas é o lado mais visível da Insinuante, mas o grupo não limita-se a elas. A financeira BPN, por exemplo, completou dez anos em 2007 e hoje atua também com lojas de rua, e não apenas com unidades dentro da rede da Insinuante. Além de empréstimo pessoal, a financeira comercializa seguros de vida e automóvel, entre outros produtos. DTL Brasil (logística), Sadel (manutenção e reparo de produtos vendidos na rede de lojas), Coluna Patrimonial (incorporadora) e InDados (serviços de tecnologia) completam o time de empresas do grupo.
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