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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Bolsa de Mulher é negócio de sucesso para mulheres na internet


Por Guilherme Neto
guilherme@mundodomarketing.com.br
O Bolsa de Mulher cresceu de tamanho. O portal de conteúdo e rede social do grupo Ideiasnet voltado para as mulheres adquiriu recentemente os concorrentes Feminice, Bem Leve e Estrela Guia, além dos sites Netcard e Automóvel. A marca prepara-se ainda para estrear sua rede social no celular e as versões em espanhol do seu portal para os mercados da Argentina, Chile e México.
Posicionando-se como uma empresa gerida por mulheres para mulheres, o Bolsa de Mulher surgiu no Rio de Janeiro como um portal de conteúdo no ano 2000. Na época, a internet mundial vivia a chamada “bolha”, com a proliferação excessiva e não criteriosa de empresas no meio virtual, o que resultaria em uma crise naquele ano.
Apesar das adversidades, o Bolsa de Mulher conseguiu sobreviver com sucesso, com muitos concorrentes ficando pelo caminho. Mas isso não impediu que Andiara Petterle, convidada no final de 2005 pela Ideiasnet para assumir o portal como CEO, revolucionasse a marca. “Reposicionamos a companhia para que ela tivesse um espectro mais amplo de negócios voltado para mulheres que fosse único no mundo, o que inclui o portal”, explica Petterle, em entrevista ao Mundo do Marketing.
De portal a rede social femininaA maior novidade inaugurada na gestão de Petterle foi a transformação do Bolsa de Mulher em uma rede social. A oportunidade foi percebida quando a empresa viu que o espaço para comentários das matérias eram utilizados pelas usuárias não apenas para comentar o conteúdo veiculado no site, mas também para conversar entre elas.
Atualmente, a rede social oferece espaços para perfis pessoais, blogs, compartilhamento de vídeos e fotos, além de fóruns, espaços para mensagens e comunidades virtuais.
O investimento na rede social refletiu no aumento no número de visitantes únicos ao site. De 150 mil usuários em 2006, agora já são quase seis milhões este ano, um crescimento de 3.900%, ou seja, 40 vezes maior. Hoje, o portal atrai mulheres entre 25-40 anos pertencentes a Classe A, 65% delas entre Rio e São Paulo. São mulheres que trabalham fora e mais de 40% das usuárias acima de 30 anos estão em relacionamentos fixos.
Bolsa investe também no celularCom boa parte de sua receita oriunda da venda de espaços publicitários e assinaturas de SMS, o sucesso do Bolsa de Mulher rendeu ainda contratos de licenciamento de conteúdo para revistas impressas e outros portais, como MSN, IG, Virgula e Click21.
Agora, o próximo passo para o portal é investir no Bolsa de Mulher para o celular. O portal lançou recentemente a versão WAP com conteúdo multimídia, além de oferecer serviços de assinatura de SMS para que a usuária receba conteúdo sobre canais específicos, como Amor, Bebê, Corpo e Estilo.
O Bolsa de Mulher também lançará no mês que vem a rede social no celular, quando as usuárias poderão publicar conteúdo através do aparelho. Haverá inclusive a adaptação de ferramentas do portal para o celular. Uma delas é a MakeUp, em que a usuária poderá fotografar a si mesma através do celular e, com essa foto, alterar digitalmente o seu visual.
“Queremos o Bolsa de Mulher na bolsa de nossas usuárias. O Brasil tem 64 milhões de mulheres com celular. Esperamos um número de dois ou três milhões de visitantes no portal WAP com a entrada da rede social a partir do ano que vem, por conta da queda do preço dos pacotes de dados, popularização de smartphones e a própria evolução da interface tecnológica”, prevê a executiva (foto).
Aquisição dos novos portaisOutras novidades em desenvolvimento para o portal são o Bolsa Gourmet, voltado à gastronomia, a ser estreado em outubro, e um outro site focado em celebridades, ainda sem data de inauguração.
Entre os novos planos com a aquisição dos outros portais está um reposicionamento do portal Feminice para o público jovem feminino, que já atrai mulheres de até 24 anos. Além disso, está sendo desenvolvido um aplicativo para o Iphone com conteúdo de astrologia sob a marca Estrela Guia, portal especializado no tema.
Já o Netcard, dedicado a personalização e envio de cartões virtuais, deverá ganhar uma aplicação na rede social do Bolsa do Mulher, de forma a estimular ações de Marketing Viral. Também está prevista a abertura de lojas virtuais para cada um dos portais, incluindo o Bolsa de Mulher, até o fim do ano, com a venda de produtos femininos de acordo com o conceito de cada site.
Novos portais continuarão independentesApesar das novidades, todos os portais deverão continuar existindo independentemente do Bolsa de Mulher, mesmo que de forma integrada. “Compramos esses portais porque eles têm marcas importantes e possuem referência no segmento, ainda são ativos importantes”, diz a CEO da marca ao site.
Já o portal Automóvel, de serviços de compra e aluguel de carros, o único dos sites não voltado para as mulheres, ainda não possui uma estratégia definida, mas deverá funcionar à parte dos demais portais.
Bolsa de Mulher em espanholA expansão na América Latina, por sua vez, está prevista para começar em outubro, quando o Bolsa de Mulher lança o portal argentino. O país foi escolhido para iniciar a expansão da marca por ser um mercado sem concorrentes, menor, com oito milhões de mulheres conectadas à Internet - o Brasil tem 20 milhões -, mas com alto poder aquisitivo.
Depois, o Bolsa de Mulher deverá chegar ao Chile, país com nove milhões de mulheres na internet, e México, com 11,5 milhões. “Nossa proposta é conquistar a liderança na região e consolidar-se como uma empresa latino-americana”, explica Andiara Petterle.
Junto com o Bolsa de Mulher, também será lançado um portal argentino para o Estrela Guia. De acordo com Andiara, a proposta é que todas as marcas femininas do grupo, assim como suas plataforma mobile, também ingressem nos outros países.
Projetos futurosEntre os planos para o futuro está a continuação de ações de divulgação de sucesso, como o Movimento Rosa, movimento social cuja proposta é incentivar a solidariedade, sensibilidade e otimismo. Para isso, foram criadas ações virais, como a que propôs que as mulheres se vestissem de rosa e divulgassem fotos com o tema na Internet, e também de guerrilha, como a que colocou motoqueiros ( no trânsito do Rio e São Paulo (foto) carregando mochilas rosa.
“O Movimento Rosa fortaleceu nossa marca, divulgando o posicionamento da empresa e a que viemos, uma percepção positiva tanto para as usuárias como aos formadores de opiniões, rendendo aumento em nossa receita publicitária”, comemora a CEO.
Outros projetos em estudo são a criação de um canal em IPTV, ou seja, canal de televisão transmitido via protocolo IP, de Internet, além de novos aplicativos para Iphone. Há propostas ainda de conteúdo destinado a mulheres da classe C, assim como idosas. “Ainda não há nenhum plano definido, mas são projetos que estamos estudando”, adianta Andiara Petterle.

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