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quarta-feira, 25 de julho de 2007

Não basta ser empreendedor, é preciso ter tempo para a empresa crescer

A causa da grande maioria dos problemas dos empreendedores é um processo invisível e silencioso que acontece no começo de muitos negócios. Pode-se chamar esse fenômeno de “Síndrome da Fusão”, onde a vida pessoal se une com a vida empresarial e, nesse momento, começam a aparecer muitos problemas. Alguns sintomas são clássicos nessa síndrome:a) marcar reuniões, com freqüência, aos sábados, domingos ou após o expediente e o caso se torna grave quando o empreendedor acha que essas ações estão certas;b) descobrir que o patrão do negócio é o próprio empreendedor. Um patrão exigente, que cobra por resultados, não tem superiores para pedir folga e que tem de trabalhar o máximo possível para a empresa crescer, mantendo todas as pessoas que agora dependem dele.É nessa hora que é preciso cuidado, pois o estresse toma conta, a ansiedade aumenta, os papéis se misturam, os problemas crescem e a empresa começa a quebrar. É fundamental que os papéis estejam separados e que apareçam dois aspectos essenciais para o negócio: o técnico e o empreendedor.O papel de técnico é o executor, que tem o conhecimento técnico acumulado para criar e desenvolver os produtos e serviços da empresa, seu pensamento é o agora e a visão focada no seu ambiente de operação. Já o papel do empreendedor é buscar oportunidades, planejar o negócio a longo prazo, investir no desenvolvimento de estratégias, e tem visão e sonhos para a empresa.O problema para a maioria dos empreendedores é que o papel de técnico acaba tomando controle da vida e da empresa. O técnico, como todo executor, gosta de acumular o máximo possível de responsabilidades, pois tem como conceito que devido ao seu conhecimento e experiência é a pessoa ideal para fazer o trabalho bem feito. Essa atitude acaba tomando um tempo precioso do empreendedor que se vê absorvido pelo dia-a-dia operacional do negócio e não consegue ter tempo para que seu papel apareça.Tenho uma empresa de tecnologia há 11 anos, e por amor e formação fui técnico por mais uma década. Quando me dei conta que precisava parar de trabalhar no negócio para começar a empreendê-lo de verdade, as coisas começaram a mudar, a empresa a crescer e comecei a ter mais tempo livre.O papel do técnico é de grande importância para a empresa, mas ele pode e deve ser delegado. Se o empreendedor tiver de ser técnico na empresa, então ele precisa de um sócio empreendedor ou voltar a ser funcionário. Caso contrário ele será escravo do próprio negócio para sempre.A solução existe no equilíbrio desses papéis e no afastamento da Síndrome da Fusão. O lado técnico dos empreendedores precisa aprender que outras pessoas podem fazer o trabalho tão bem quanto eles. Nesse conceito, o empreendedor se foca para a organização crescer cada vez mais, dependendo cada vez menos dele. Algumas ações são fundamentais nesse processo:a) dedicar meio período por semana ao planejamento do negócio e deixar o papel de empreendedor aflorar;c) se afastar do escritório para evitar que essa tarefa seja interrompida.Talvez o lado técnico, diga que é ‘impossível se afastar 1h da empresa’, mas quanto mais o empreendedor aparecer, menos o técnico ficará para arrumará pretextos, pois ele será domado com planejamento, estratégia e delegação. Afinal, para ter uma empresa lucrativa e que funcione bem, é preciso dar tempo ao seu empreendedor!

Um comentário:

Anônimo disse...

ok