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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Vestuário deve desbancar eletrônicos no Dia dos Pais


Valor Econômico

O setor de vestuário poderá voltar a liderar as vendas do comércio no Dia dos Pais. Grifes e associações que representam os comerciantes acreditam que o inverno mais rigoroso tem levado mais pessoas às lojas e as roupas poderão representar a maior parte das vendas da data, superando as de eletroeletrônicos. A Dudalina, principal fabricante de camisas do país, acredita no melhor Dia dos Pais dos últimos 10 anos.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina, Roque Pelizzaro, o frio representa um dos três fatores que impulsionarão as vendas na data. Somam-se a ele o aumento da renda das classes C, D e E e a elevação no nível de emprego. Pelizzaro acredita que as liquidações de inverno em meio ao frio mais intenso que tem atingido parte do país serão o chamariz para o consumo. Depois de anos perdendo espaço para os eletroeletrônicos, a FCDL acredita que será um momento de as vendas de roupas recuperarem seu espaço. "Fazia tempo que o setor de vestuário não tinha uma situação tão favorável no Dia dos Pais", diz.
A mesma tendência foi detectada pela Fecomércio do Rio Grande do Sul. De acordo com uma pesquisa da entidade sobre as intenções de compra para a data, as roupas têm a preferência de 54% dos entrevistados, bem à frente de calçados (13,6%), celulares (6,8%) e eletroeletrônicos em geral (3,6%).
A expectativa é que em Santa Catarina as vendas totais no comércio cresçam 6,5% no Dia dos Pais deste ano em relação a 2006. O tíquete médio deve aumentar 10%, ficando entre R$ 60 e R$ 70.
A presidente da Dudalina, Sônia Hess de Souza, espera um crescimento de 20% nas vendas da coleção primavera-verão, que começou a chegar às lojas com produtos específicos para o Dia dos Pais, com quatro coleções em algodão egípcio, de alto valor agregado, sendo vendidas em embalagens feitas para a data. Além disso, a empresa investiu em mídia cooperada com os pontos- de-venda. Sônia acredita que o consumidor que procurar as liquidações de inverno das 3 mil multimarcas em que a Dudalina está presente poderá se interessar também pelas novidades da próxima estação, que já estão expostas. Segundo ela, a Dudalina lançou a coleção verão em maio, um mês antes do tradicional, e antecipou sua entrega para o comércio de setembro para fim de julho, por conta dos estoques de inverno já reduzidos no varejo.
A grife carioca Reserva, também focada em moda masculina, teve o melhor inverno desde que foi criada, há dois anos e meio. Segundo um dos sócios, Rony Meisler, o comércio se capitalizou com as vendas de inverno e isso já começa a se refletir nas primeiras vendas de verão. Nas multimarcas que atuavam com a grife em 2006, houve aumento de 15% nas encomendas. A marca, que começou a operar sua primeira loja própria no Rio, prevê que as vendas em agosto serão 40% maiores do que nos demais meses do ano por conta do Dia dos Pais.
Em algumas cidades do interior de Santa Catarina, como é o caso de Chapecó, as lojas incentivarão as compras no próximo sábado com programação especial, como parquinhos para crianças em áreas de calçadão e serviços como corte de cabelo gratuito para adultos. Além disso, o comércio vai estender o horário de funcionamento. Em vez de fechar ao meio-dia, fechará às 18 horas.

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